| first dates |

2K 94 15
                                    

NA: Desculpem a demora! Esse drabble veio de uma sugestão da leitora Rafaelaoliveira18539! Eu amei a ideia e espero que vocês gostem também!

Os sininhos ricochetearam-se alertando a entrada dos híbridos bar.
"Ei, Joan" Hayley tamborilou os dedos no balcão de madeira requintada, acenando para o barman.
Klaus olhou ao redor, analisando o lugar. As pessoas dançavam ao som de um jazz animado no centro do salão, enquanto outras bebiam, conversavam e riam em algumas mesas espalhadas. A meia-luz dava um ar agradável ao bar.
Ele sentou-se na cadeira alta ao lado dela, enquanto o barman puxava conversa.
"Hayley!" o senhor simpático inclinou-se, alcançando a mão dela por cima do balcão, depositando um beijo nas costas da mão da híbrida "a quem devo a honra?" ele desviou os olhos para Klaus. Ela sorriu, virando o rosto para olhar ele, que ajeitava na cadeira confortável.
"Esse é o Klaus" ela apresentou, enquanto o híbrido esticava a mão cordialmente para cumprimentá-lo "ele é.." ela procurou as palavras "pai da Hope" o barman assentiu, relembrando-se da pequena.
"O que vai ser hoje?" ele apontou teatralmente para a prateleira de bebidas.
"Um hurricane para mim" ela jogou os cabelos. Joan sorriu, virando-se para Klaus.
"E para você?" Klaus torceu o nariz, indeciso.
"Whiskey" ela respondeu, recebendo um olhar bem humorado do híbrido "ele sempre escolhe o uísque" ela rolou os olhos, enquanto Joan ria amigavelmente, pegando os copos na bancada.
"Você ainda está afiada" Klaus comentou, risonho.
"Hábitos antigos não morrem" ela retornou, dando de ombros.
"Esse lugar é ótimo.." ele continuou, enquanto ambos varriam o estabelecimento com os olhos "melhor do que aquela espelunca do Holis para qual você me arrastou alguns anos atrás"
"Você ainda sabe o nome dele!" ela gargalhou.
"Como eu poderia esquecer?" ele retornou, relembrando-se dos momentos bons da curta viagem de carro que fizeram.
Ela sorriu, pegando-se encarando o sorriso nos lábios atrativos dele.
"Aqui está" o velhinho cantarolou, entregando as bebidas, e consequentemente, tirando Hayley de seus devaneios. Analisou os híbridos e coçou a barba grisalha "esses são por conta da casa!"
"Não, Joan.." ela insistiu.
"Ah, ah" ele fez um som gutural, erguendo um dedo pedindo por silêncio "é uma política do bar: serve para quebrar o gelo de um encontro" ele sussurrou, bem humorado.
Hayley torceu o nariz, fazendo uma careta engraçada e coçando a nuca, virando-se para Klaus.
"Apreciamos isso. Obrigado" Klaus agradeceu antes que ela falasse qualquer outra coisa.
Joan sorriu amigavelmente, sendo interrompido por outro cliente que batucava no balcão do outro lado.
"Por que é que todos supõem que nós somos um casal?" ela quebrou uma gargalhada, chacoalhando a cabeça em estranhamento, enquanto Klaus agarrava a bebida sobre a mesa.
Talvez fosse a filha que tinham juntos. Ou talvez a mania de trocarem farpas pelas ruas da cidade.
Ou talvez pelos olhares que trocavam.
"Eu sou todo a favor da bebida de graça" ele ergueu a sobrancelha sugestivamente, bem humorado.
"Quem é que está reclamando?" ela retornou, sarcástica, bebendo um gole de seu copo.
O celular apitou e Hayley desviou os olhos para a tela do aparelho.
"Freya acabou de furar com a gente!" ela encarou nervosamente a mensagem "aquela bruxinha!" Hayley murmurou entre os dentes, relembrando-se da conversa que tivera mais cedo com a loira sobre o irmão e seus.. sentimentos.
Ela tinha armado tudo aquilo.
"Mais bebida grátis para nós" Klaus gracejou, descontraído.
"Claro!" ela encarou-o, mordendo o lábio inferior nervosamente.
"O quê foi?" ele flagrou-a, franzindo o cenho.
"Uh, nada" ela pigarreou, desviando os olhos "ei, Joan?!" ela chamou pelo barman "eu vou precisar de mais uma aqui" ela pediu, bebendo o líquido em seu copo com pressa.
E naquele momento, Klaus desejou poder ler os pensamentos dela.
(...)
Do outro lado da cidade, Caroline Forbes estava perto de ter um ataque.
"Ugh" ela murmurou, colocando a língua para fora "eu acho que aquela criança acabou de engolir uma colher de areia" ela rodopiou pelo parquinho, não perdendo as crianças de vista "Lizzie, deixe a sua irmã brincar!" ela gritou à distância para a filha, colocando as mãos na cintura "oh céus" ela olhou ao redor, impaciente "onde é que a Hope foi parar?" ela procurou pelo rosto familiar no mar de crianças do parquinho, sentindo-se a ponto de surtar "Elijah, como você está tão calmo?!" ela irritou-se com o original, que andava graciosamente até ela, colocando as mãos no bolso do terno.
"Porque eu sei onde ela está" ele apontou com o queixo para alguns arbustos que brilhavam.
Caroline bufou. Andou em passos firmes, pegando a pequena Mikaelson no pulo.
"Hope!" ela exclamou, vendo a menina atrair várias borboletas com magia.
A bruxinha assustou-se, acenando para que os insetos voassem para longe. Ergueu-se apressada, com cara de culpada.
"O que eu te disse sobre usar magia fora da escola?" Caroline perguntou entre os dentes, disfarçando um sorriso para pessoas ao redor.
"Desculpa" a menina retornou, abaixando os olhos "eu gosto muito delas"
"E você pode brincar com elas" Caroline suspirou, olhando ao redor "só.. não aqui." Hope assentiu "por que você não vai brincar com as garotas?"
"Tudo bem" ela deu-se por vencida, correndo na direção das gêmeas.
Elijah aproximou-se da vampira.
"Eu acho que preciso de férias" Caroline ajeitou os cabelos, arfando.
"Se não me falha a memória, Caroline, ficar com as crianças foi ideia sua!" ele retornou, risonho.
Ela fuzilou-o com os olhos.
"Freya me pediu um favor" ela comentou, observando as meninas correndo até o escorregador mais próximo "além do mais.." ela deu de ombros "pais também merecem um tempo livre" ela sentou-se no balanço, já que o parquinho encontrava-se quase vazio agora.
"E quando você vai ter o seu próprio tempo livre?" ele retornou, sentando-se no balanço ao lado, ajeitando a gola de seu terno.
Caroline rolou os olhos, sentindo-se confortável na presença do vampiro.
"Bem.." ela parou para se pensar na última vez em que tinha saído. Sozinha. Ou com alguém "ok, você tem um argumento" ela riu, arrancando uma risada dele "mas e você?" ela retornou a pergunta.
Elijah franziu o cenho, intrigado pela loira.
"Temo dizer que este é meu tempo livre" ele respondeu, recebendo um olhar sarcástico dela.
"Oh, qual é!" ela chacoalhou a cabeça "ficar de babá por aí em um terno caro não pode ser considerado uma atividade de tempo livre" ele encarou o chão, com humor.
"É, sim" ele assentiu "eu praticamente inventei o conceito" ele fez ela rir novamente.
"Estou falando sobre sair, Elijah" ela insistiu "quero dizer, você se lembra quando foi a última vez que você foi em um encontro?" ela exasperou, falando várias palavras por segundo "porque eu...não!" ela suspirou, sentindo-se encabulada por desabafar na frente do vampiro tão cordial.
Um silêncio pairou no ar.
"Ele iria querer que você seguisse em frente, Caroline, você sabe" Elijah murmurou, consolando-a sobre a morte de Stefan.
"Eu sei" ela assentiu, encarando um ponto imaginário "e eu quero, mas.." ela foi interrompida pelo choro de Lizzie.
Ambos os vampiros pularam em susto, correndo na direção das crianças.
"Mamãe!" a garotinha de 10 anos choramingou, com um joelho ralado.
"Está tudo bem" Caroline amparou-a no colo, afagando seus cabelos. Trocou um olhar de súplica com Elijah "não foi nada, filha" a criança ainda soluçava.
Elijah e Caroline se entreolharam, sabendo que o dia seria longo.
(...)
Hayley sentia-se alegre.
Klaus conteve alguns risos ao ver a híbrida naquele estado.
"Do quê você está rindo?" ela riu de si mesma.
"Nada" ele deu de ombros, ainda encarando-a "o quê você fez durante o tempo que eu estive... bem, ausente..?"
"Oh, bem.." ele endireitou-se, sentindo o restinho de sua sobriedade falar mais alto "eu cuidei da Hope" ela começou "arrumei uma casa de verão num cantinho de Mystic Falls, você precisa conhecer, é ótima" pensou "trabalhei em um estúdio de tatuagem por diversão" ela deu de ombros, atraindo a atenção de Klaus.
Ele riu alto, incrédulo "Hayley Marshall!" cantarolou, irritante "eu sabia que você costumava dançar em bares.. mas tatuadora?" ele chacoalhou a cabeça "essa é nova"
"Ei!" ela notou o sarcasmo, deixando que seu lado levemente alterado sentisse-se ofendido "para a sua informação, eu sou ótima" ela desabotoou a jaqueta jeans, pegando o híbrido de surpresa.
"Você não vai dançar nesse balcão, vai?" ele arregalou os olhos, fazendo ela rolar os olhos teatralmente.
"Cale a boca" ela riu, retirando a jaqueta jeans e deixando os ombros nus á mostra. Parou de frente para ele, puxando o cabelo para o lado "eu mesma que fiz"
Ele desceu os olhos pelo pescoço dela, deparando-se com a pequena tatuagem no fim da clavícula.
Uma espécie de símbolo do infinito, diferente.
"É.. bonita" ele retornou, confortável o bastante para tocar o desenho e sentir o calor de sua pele "o que significa?" ele quis saber, erguendo os olhos para encontrar os dela, que sorriam.
"Sempre e para todo o sempre" ela disse, como se fosse óbvio.
Ele sorriu, impressionado. Tentou desvendar o que se passava na cabeça dela enquanto se encaravam.
"Eu estava meio bêbada quando fiz, se não é óbvio" ela examinou a própria tatuagem, fazendo Klaus rir.
"Agora você está oficialmente presa com essa família para todo o sempre" ele gracejou "bem vinda ao clube" ela riu, encarando-o por segundos e desviando os olhos para os inúmeros copos vazios sobre o balcão.
"Eu acho que já tive o bastante de drinques grátis por hoje" ela comentou, sentindo-se levemente zonza.
"E a parte mais engraçada é que nós nunca tivemos um primeiro encontro" ele completou, risonho, tendo suas palavras controladas pelo álcool.
"É verdade.." ela hesitou, erguendo os olhos para olhá-lo, bem humorada "nós fizemos tudo ao contrário, não é?" ela deu de ombros "pulamos direto para a parte de fazer bebês" ele não conteve uma gargalhada, assentindo.
"E depois você ficou com o meu irmão" ele fingiu vasculhar a memória "e depois disso, você casou com outro cara" ele continuou, com humor. Ela rolou os olhos teatralmente "e agora aqui estamos nós" ele completou, encarando-a agora numa expressão genuína, quase carinhosa.
Talvez fosse o álcool.
"Me pergunto como essa história termina" ele concluiu, intrigado.
"Eu não sei como termina, mas.." ela suspirou, pegando-o pelo braço "sei como deveria continuar" ela sentiu borboletas no estômago, sentindo-se uma adolescente estúpida "você quer dançar?" ela cantarolou, arrastando-o para o meio do bar, onde algumas pessoas dançavam um jazz animado.
"Hayley, eu não danço—" ele negou, tentando desvencilhar-se na multidão.
"Qual é, lobo mau!" ele achou graça dela sob o efeito do álcool, rindo do apelido que tinha recebido.
"Eu não estou bêbado o bastante pra isso!" ele foi tomado pela mão, começando a dançar ao lado dela.
(...)
Caroline andou na ponta do pé para fora do quarto, dando uma última espiada nas três meninas dormindo profundamente na larga cama, abraçadas a suas respectivas pelúcias antes de fechar a porta.
Esbarrou-se no original do outro lado.
Ela segurou-se em pé apoiada pelos ombros do vampiro.
"Desculpe" ele sorriu sem mostrar os dentes "como as meninas estão?" ele quis saber.
"E o sorvete salva o dia novamente!" ela cantarolou, orgulhosa.
"Estou impressionado" ele colocou as mãos no bolso da calça social, sorridente "mas temo dizer que a única coisa que pode salvar o dia é uma garrafa de uísque" ele sugeriu.
"Oh, sim!" ela exclamou, animada "ou margaritas!" ela esfregou as mãos, enquanto eles desciam as escadas "o Stefan fazia as melhores margaritas do planeta" ela andou até a cozinha, pegando taças "e hoje é o seu dia de sorte, porque eu sei a receita" ela colocou as mãos na cintura, graciosamente.
Elijah sorriu para a loira, sentindo-se encantado enquanto observava ela revirar a geladeira atras dos ingredientes.
(...)
A música acabou, enquanto a multidão parava de se chacoalhar ao som dos agradecimentos da banda.
"Isso foi ótimo!" Hayley ria "você tem dois pés esquerdos, sabia?" ela retornou, subindo dois decibéis na voz para que ele ouvisse-a "eu esperava mais de um híbrido imortal que já viveu mais de mil anos" ela deu de ombros, provocando-o. Klaus cerrou os olhos, sentindo o corpo esquentar por causa da bebida e fez a menção de retornar a provocação, mas o som inconfundível do piano tomou conta do salão. A banda começara uma balada lenta, e casais de todos os tipos juntavam-se para dançar.
Hayley franziu o cenho, enquanto Klaus aproveitava-se do teor alcoólico em suas veias para puxar ela para perto.
"Klaus, eu não danço—" ela foi interrompida por mãos em seus quadris, enquanto ele guiava seus corpos no ritmo lento da música.
"Vamos ver quem tem dois pés esquerdos" ele retornou, divertindo-se com a frustração dela.
"Eu não estou bêbada o bastante para isso!" ela repetiu-o, não contendo um riso, enquanto deixava-se levar pela batida da música.
(...)
"Quantas margaritas alguém pode tomar numa noite de quinta?" Caroline sentiu-se tentada a pesquisar no Google.
"Depois do dia que nós tivemos, algumas" Elijah respondeu, bebendo do cocktail "está ótimo, a propósito"
"Obrigada" Caroline fechou os olhos, saboreando a bebida "é quase como.. se ele estivesse aqui" ela confessou, sorrindo para a taça.
"Em toda a minha existência nessa terra, Caroline, aprendi que a morte é uma das experiências mais complexas" começou, erguendo os olhos para olhá-la "talvez seja por conta da imortalidade que nós possuímos, ou talvez seja por causa da humanidade que carregamos dentro de nós" ele deu de ombros "de qualquer maneira, eu não acho que você realmente possa superar a perca de alguém, não importa o quanto tempo passe" ela observou-o, atenta "e isso vem de alguém que já teve um número significante de amores perdidos" ele concluiu, sorrindo sem mostrar os dentes.
"E.. como você sabia que estava pronto para seguir em frente?" ela quis saber, umedecendo os lábios.
"Eu dava uma nova chance ao meu coração" ele suspirou "é a única coisa que você pode fazer"
Ela passou as mãos pelos cabelos loiros e medianos, inquieta.
"Eu não sei se estou pronta para fazer isso sozinha" ela estalou a língua "mas também sei que o mundo não vai parar para mim" ela deu de ombros.
Elijah alcançou a mão dela por cima do balcão, sobrepondo suas mãos gentilmente. Apertou-a entre seus dedos.
"Então acho que é bom você não estar sozinha" ela ergueu os olhos para olhá-lo, revirando o canto dos lábios em um sorriso quase tímido "e que bom que nós temos a eternidade, não?" ela riu fraco, sobrepondo a outra mão por cima da dele.
"Obrigado, Lijah'" ela sorriu, chacoalhando a cabeça "você tem sido um ótimo... uma ótima companhia" ela desvencilhou as mãos, fazendo a menção de retirá-las do balcão, mas Elijah segurou uma delas, atraindo sua atenção.
"Você gostaria de sair comigo?" ele disparou, juntando os lábios em um sorriso no canto do rosto.
Ela assimilou as palavras do vampiro, com a boca entreaberta.
Sorriu, chacoalhando a cabeça em uma afirmação.
"Sim" ela retornou, com firmeza, sentindo-se segura "eu adoraria"
Elijah sentiu um calafrio percorrer seu sistema nervoso.
"É um encontro, então" ele reafirmou, ajeitando o terno.
"Um brinde á primeiros encontros" Caroline ergueu a taça, e ele fez o mesmo, brindando entre risadas.
(...)
Hayley sentiu um choque percorrer sua espinha ao sentir a respiração dele bater em sua bochecha. Ele tomou-a pela mão, fazendo-a girar para longe e depois voltar para ele, num típico movimento de dança lenta.
"Você é tão clichê" ela rolou os olhos teatralmente, achando graça.
"Oh, se é assim, tudo bem" ele fingiu estar ofendido, segurando-a pela cintura num movimento rápido e deitando-a em seu braço, arrancando um suspiro assustado dela, que agarrou os ombros dele, já que estava tão próxima do chão – e de seus lábios.
"Isso é clichê o bastante pra você?" ele perguntou em um murmúrio sarcástico, ainda segurando-a em seus braços.
Hayley respirou fundo, fechando os olhos e instintivamente inclinando-se até suas bocas se encontrarem.
O corpo dele contraiu-se com a surpresa.
Hayley arrependeu-se quase instantaneamente por ter tomado a atitude tão repentinamente.
Afastou-se, com os olhos levemente arregalados.
"Foi mal, eu—" Klaus agarrou-a para outro beijo, ainda mais urgente que o primeiro.
Hayley passou o braço por seus ombros, aproveitando o sabor de seus lábios.
Eles afastaram-se simultaneamente, procurando por ar.
"Isso acabou sendo um primeiro encontro, huh?" ele quebrou o silêncio contra os lábios dela.
"Cale a boca" ela rolou os olhos teatralmente "mas se esses encontros nos garantirem bebidas de graça.. nós deveríamos fazer isso mais vezes" ela brincou com a gola de sua camiseta.
"Essa é a parte do encontro onde eu te levo para casa?" ele perguntou, umedecendo os lábios.
"Sim"

Klaus + Hayley - drabblesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora