Quando Edmond está indo em direção a cozinha para conferir se tudo estava preparado para o primeiro desjejum de sua esposa na casa, sua mãe e sua avó o param no corredor, ansiosas.

- E então? - Isabelle pergunta.

- Não aconteceu nada. - Edmond responde desviando o olhar das duas.

- Vocês sabem muito bem que precisam garantir herdeiros.

- Nós já estamos casados, não era isso que queriam? Eu jamais iria pressioná-la com uma questão tão importante. Se ela quiser ter herdeiros meus, então teremos, se não, não teremos. A escolha é dela.

- Você gosta dela...- Olívia dispara.

- Não! Só estou tentando ser cavalheiro e deixá-la a vontade com a situação.

- Não há nada de errado em gostar de sua esposa, Edmond. Só não permita que ela manipule você. Tayla é uma boa menina, mas é muito determinada. Vocês precisam ter herdeiros, converse com ela a respeito.

Tayla não levou muito tempo para arrumar suas coisas e logo que as terminou, desceu. Um tanto perdida por não conhecer a casa, ela vai andando por corredores e mais corredores. Ela chega até um corredor próximo a cozinha e ouve a última parte da conversa. Tayla percebe Edmond ficar um tanto irritado. Ele estava sendo muito gentil em não pressioná-la. Para acabar de vez com as especulações de sua sogra e da avó de Edmond, ela se dirige até ele e lhe dá um beijo apaixonado, acalmando Edmond, diminuindo sua raiva e até mesmo sua frequência cardíaca, deixando-o levemente desnorteado.

- Bom dia marido. - como a melhor atriz que podia ser, ela exibe um sorriso largo e o encara nos olhos. Se Tayla ao menos soubesse como Edmond ficava louco cada vez que tinha que encarar aqueles olhos verdes brilhantes e sentir seu aroma de lavanda por perto. Também não estava sendo fácil para Tayla. Beijar Edmond frequentemente e sentir seu hálito de dentifrício (creme dental), sabor menta comprado no boticário de Watford...

- Bom dia esposa. - Edmond sorri e beija a testa de Tayla, passando seus braços ao redor de sua cintura.

- Bom dia condessa Isabelle e condessa Olívia. - Tayla faz uma reverência e elas o mesmo.

- Nos chame apenas pelo nosso nome, por favor. - Isabelle diz com um sorriso verdadeiro, puxando Tayla para um abraço. Olívia abraça as duas. - É nossa família agora.

- Me sinto bem acolhida aqui e isso muito me agrada. - Tayla retribui o sorriso. - Prometo que teremos herdeiros em breve. - Tayla diz e Edmond a encara surpreso, mas gostando do rumo da conversa.

Eles se dirigem até a cozinha, Tayla sendo guiada por Edmond.

O café da manhã dos vitorianos ricos era muito distinto e refinado. Incluía um tipo de refeição até estranhado nos dias de hoje devido ao horário que era servido. Tayla dirige rapidamente seus olhos para a mesa e analisa aquela fartura toda diante dela.

Filés de peixe ao molho de ervas eram servidos em uma linda vasilha de porcelana azul. Em uma jarra branca, devia haver café brasileiro ou até mesmo leite. Distribuídos ao longo da mesa, estavam algumas porções de salmão defumado, caviar russo e blanquette d'agneau, herança francesa de Isabelle. Os pratos doces, dividiam-se em pãezinhos açucarados, biscoitos de nata e uma torta muito apreciada por Tayla. Ela força seus olhos e logo afirma: sua torta de nozes favorita.

Quando Edmond percebe que Tayla reconheceu a torta, manda chamar discretamente a cozinheira da casa dos York, que ele contratou especialmente para satisfazer os desejos culinários da esposa.

Mrs. Travin aparece na sala de jantar e Tayla olha para ela, surpresa e animada. Ela corre até ela e a abraça forte. Aquela cozinheira era incrível e a mocinha Hughes amava a sua torta de nozes.

Quando Um Conde Se ApaixonaWhere stories live. Discover now