Capítulo VI - A chegada da tempestade

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Realmente não sei para onde essa história vai, já pensei muito e tentei levar ela para outros lugares, mas me parece que ela está se guiando sozinha... Já sentiram isso?

Vamos ver o que o trio descobre nesse capítulo.

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− Estão vendo essa marca mais escura com quase dois metros de altura no paredão de pedras?

− Aquela linha deve estar a uns dois metros de altura.

− Sim e de água corrente. Foi por isso que disse que não tem como entrar nem sair quando chove.

− Com a água nessa altura somente em um bote ou canoa para atravessar, ainda bem que tenho experiência com canoagem, em último caso a gente pode usar esse recurso.

− Meu jovem, eu não apostaria nisso se fosse você, todo o excesso de água do lago desemboca por aqui e a correnteza fica muito forte, nem barco a motor aguenta atravessar.

Odair respondeu com simplicidade e sem intenção de menosprezar Ciro tentando massagear seu próprio ego, mas para minha alegria, ele o fez que sem intenção. De qualquer forma achei bem-merecido. Primeiro, duvido que o Ciro tivesse metade das habilidades que ele dizia ter, talvez uma experiência ou duas, mas não o nível de maestria em todas as áreas, como ele deixava transparecer em suas falas. Segundo, mesmo que ele tivesse habilidades excepcionais de canoagem ao ponto de cruzar o oceano atlântico, eu preferia confiar na cautela do motorista, do que na ousadia de Ciro.

Havíamos enfim chegado ao fim da estrada de asfalto, com um enorme lago que se estendia pela esquerda e um paredão de pedra a direita. Bastava seguir a estrada para chegar ao nosso destino, onde tínhamos esperança de encontrar Denis com Ianara. O clima ao longe ameaçava chuva, e com ela poderia ir todos os nossos planos. E conhecendo Alicia como conheço, sabia que ela não iria querer desistir depois de ter ido tão longe. Ainda mais sabendo que ele ou já fora, ou acabaria indo para Noite Negra. De qualquer forma ir para Noite Negra era nossa melhor jogada, Denis não nos deixou muitas cartas nas mangas. Caso ele ainda não estivesse lá, só teríamos que esperar ele ligar para o próprio telefone, alguma hora ele acabaria fazendo isso. Essa decisão nos ajudava a manter os pensamentos otimistas, era melhor que pensar que ele se envolvera em algum acidente ainda não reportado à polícia, ou dado entrada em algum hospital como um indigente. Mas antes de os pneus tocarem a estrada de terra, Odair resolveu colocar o último prego em nossa esperança de chegar ao nosso destino.

− Tenho uma péssima notícia meus jovens. A chuva está se aproximando mais rápido que eu esperava, o lago já subiu quase meio metro, não vai ter como eu levar vocês até lá hoje.

− Como assim não? Já chegamos até aqui, falta pouco.

− Melhor eu levar vocês para minha cidade, fica perto e vocês podem se hospedar lá até as águas baixarem.

− Falta tão pouco seu Odair, você disse que mais meia hora chegamos lá.

− Não posso moça, se eu levar vocês at− Estão vendo essa marca mais escura com quase dois metros de altura no paredão de pedras?

− Aquela linha deve estar a uns dois metros de altura.

− Sim e de água corrente. Foi por isso que disse que não tem como entrar nem sair quando chove.

− Com a água nessa altura somente em um bote ou canoa para atravessar, ainda bem que tenho experiência com canoagem, em último caso a gente pode usar esse recurso.

− Meu jovem, eu não apostaria nisso se fosse você, todo o excesso de água do lago desemboca por aqui e a correnteza fica muito forte, nem barco a motor aguenta atravessar.

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⏰ Last updated: Jun 13, 2019 ⏰

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