Love Is Not Dead - 2° Parte || Daryl Dixon ||

Capítulo 24

Daryl

Depois que Negan disse que Alpha estava morta, alguns dos Sussurradores correram para longe, outros ainda estavam lutando.

Continuei matando alguns dos zumbis que aproximaram-se.

— Daryl, temos que conter daquele lado.

Rick gritou, o segui em direção ao portão. Carl nos acompanhou. De longe vi Cris, ela estava mancando, tinha que ajudá-la com certeza machucou o pé na luta.

— Rick! Vai pela direita, já sigo vocês.

Corri em direção a ela.

— Você está bem? — Perguntei aflito.

— Sim, apenas torci o tornozelo na briga com Alpha.

Ela sorriu, em seguida beijou-me.

— Precisamos tirar o máximo que pudermos.

— Sim, e eu tenho um plano.

A noite já estava caindo. Corri ao caminhão que tinha ficado próximo a barreira que fizemos para as pessoas que não podiam lutar.

Avancei com ele e segui em direção ao pequeno lago que tinha em Alexandria. Ainda bem que consegui pegar esse caminhão com combustível semana retrasada. Estacionei bem próximo, desci e Ergui a mangueira em direção ao lago. Peguei o fósforo que estava em meu bolso, acendi e joguei dentro do lago. Logo chamas enormes se formaram. Subi no caminhão e vi os zumbis caminhando em direção ao fogo.

Carl e Rick conseguiram fechar o portão, Maggie e os outros de Alexandria tentavam conter os poucos zumbis que ainda andavam por ali. Muita coisa estava resolvida agora.

Voltei-me para Cris que vinha em nossa direção.

— Você precisa descansar machucou o tornozelo.

Ela olhou-me piedosa, senti algo de bom não estava por vir.

— Não precisa me levar para casa, eu estou bem.

— Vocês estão bem? — Rick perguntou.

— Sim.

Respondemos juntos.

— Espera!

Falei antes de Rick sair.

— Quando Ally e Lydia virão?

— Amanhã!

— Por favor, traga as duas hoje, preciso delas agora.

— Meu amor, estamos todos cansados, amanhã iremos pegá-las juntos.

Ela entrou em um choro compulsivo, não estava entendendo nada.

— Eu preciso delas, agora!

Fiquei sem entender. Ela escorou-se no carro que estava atrás dela. Levantou sua calça, uma parte do calcanhar estava dilacerado.

— Não!

Todos olharam surpresos.

— Não, não. — Me aproximei dela e a abracei forte. As lágrimas estavam caindo.

— Eu vou buscá-las.

Negan saiu de perto, Carl foi junto.

Carreguei Cris até a casa de Rick a que estava mais próxima de nós. Entramos e coloquei no sofá.

— Estou com medo de não vê-las.

— Vai dar tempo.

Ela sorriu.

— Pode nos deixar a sós por um momento? — Michonne pegou em meu ombro.

Levantei e fui para fora. Rick estava lá com os outros, Maggie abraçou-me.

— Queria dizer que tudo vai ficar bem.

Eu sorri fracamente.

Aos poucos vi algumas pessoas dando-me uma palavra de conforto, me senti mal, não sei se teria coragem de matá-la logo depois.

As horas se passavam, e Negan e Carl ainda não tinham voltado. Entrei novamente e Cris estava deitada dormindo. Me aproximei.

— Cris... Cris, por favor responda. — Ela ficou em silêncio.

Não teria coragem, não agora, ela deveria ter esperado um pouco mais. Peguei minha arma, destravei, senti um nó enorme na garganta. Levantei a arma até sua cabeça. Naquele instante senti sua mão segurar meu braço.

— Eu ainda não morri. — Ela tossiu e em seguida sorriu.

Beijei-a e sorri.

— Pensei que você estivesse...

— Não, eu preciso ver minhas filhas antes.

Em seguida Rick entrou, Carl estava com ele. Lydia chorava, Ally em seu braço dormia tranquilamente, ajudei Cris a se sentar no sofá.

— Vocês chegaram finalmente. —Cris pegou Ally no colo, uma lágrima caiu.

— Cris, como isso foi acontecer? — Lydia perguntou. — Como eu e Ally vamos ficar agora?

— Foi um descuido meu — Cris suspirou. — Não se preocupe eu sei que Daryl, Michonne e Rick vai cuidar de vocês.

Lydia encostou seu rosto na beira do sofá e chorou.

— Tudo vai ficar bem, todos somos família, e família nunca deixa ninguém para trás, cuidamos uns dos outro e tenho a total certeza de que Daryl fará o seu melhor.

Michonne que estava atrás de mim, chorava.

— Vai ficar tudo bem Lydia, você estará segura. — Michonne falou.

— Meu bebê, meu amor, você não Mr conhecerá. — Ela chorou. — Me desculpa não ter passado o tempo suficiente ao seu lado, me desculpa, não ter tomado cuidado. Mamãe ama você, e saiba que você estará no meu coração sempre.

Baixei a cabeça, não estava aguentando vê-la naquela forma.

— Michonne você pode levar as duas para fora?

Ela confirmou e saiu com Ally no braço e Lydia acompanhando-a.

— Você não tenho nem o que dizer meu amor. Obrigada por ter sido paciente e ter me aturado.

— Você que foi paciente comigo. Vou te amar pra sempre.

— Eu também vou te amar para sempre.

Ela deixou escorrer um lágrima. Seus olhos aos poucos foram se fechando. Agora sim seria o momento mais difícil para mim.

Peguei a arma que tinha colocado no chão, ergui, puxei o gatilho antes que me faltasse coragem. Abracei o corpo de Cris, fiquei por horas ali naquela mesma posição abraçado e chorando a morte da minha amada.

Rick agachou ao meu lado.

— Precisamos fazer o enterro dela.

Levantei minha cabeça olhando para ele, confirmei e levantei.

Esperamos amanhecer para fazermos um enterro para Cris, Rick e eu já tínhamos cavado uma cova dentro dos arredores de Alexandria. Michonne, Maggie e Rosita cuidaram de enrolar o corpo de Cris em um lençol branco. Carreguei pela última vez o corpo da mulher que mais amei naquele mundo, levei até a cova, coloquei-a dentro. Rick disse algumas palavras de conforto, enterramos, fiquei sentado ao lado da cova.

Lydia trouxe Ally e algumas flores, colocou em cima do monte de terra.

— Todos os dias virei trazer flores, foi ela quem me ajudou, ela quem cuidou de mim. — Lydia disse. — Ally sentirá orgulho da mãe que teve, não vai ter um dia que eu não fale o quanto Cris era incrível.

— É, ela era realmente incrível.

Assim Lydia saiu me deixando apenas pensando em cada momento que passei ao seu lado. Cada momento que tive quando ela estava viva. Sua voz sussurrando um “Eu te amo” me fez sorri e fez com que me sentisse mais confortado.

F I M ❤