Capítulo 3

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Cris

- Ainda não consigo acreditar que conseguimos sair daquele acampamento - Falei assim que estávamos bem longe.

- Certo, agora só precisamos pegar o restante das coisas.

Acompanhei ela ate uma parte isolada da floresta que tinha ali perto. Todas as coisas que Lydia havia guardado estavam dentro de uma árvore seca. A bolsa estava cheia mas divida em outra o que dava para nós duas carregarmos.

- Bem para que lado nós iremos agora? - Perguntei, já que Lydia era o meu mapa.

- Temos que seguir para o norte, de lá encontramos uma estrada de terra e seguimos em frente.

- Ok.

Andamos ao norte dali, passamos alguns minutos até acharmos a estrada.

- Você pode cuidar daquele? - Vi um zumbi um pouco distante de nós.

Lydia sacou a arma. Peguei em sua mão e baixei.

- Não com a arma, outros podem escutar e estamos ferradas.

Entreguei a ela uma pequena faca que sempre carregava comigo. Lydia andou em direção ao zumbi, ela enfiou a faca direto na cabeça dele.

- Precisamos encontrar um lugar seguro para descansarmos - Falei assim que cheguei perto de Lydia.

- Tem uma velha casa a uns dois ou três quilômetros daqui.

- Então precisamos chegar logo nessa casa, não quero passar nenhum susto enquanto andamos, Ally precisa comer e nós duas também.

Ela afirmou com a cabeça. O sol não estava aparecendo, o dia ficou nublado, queria eu ter um relógio e ver as horas, mas acho que não temos mas esse luxo. Lydia tirou alguma coisa de sua bolsa, olhei para ela que me entregou duas barrinhas de cereais.

- Achei esses no dia em que sai com Gomez para treinar, guardei, achei que iríamos precisar comer algo no meio do caminho.

Sorri para ela que estava contente andando por aquela estradazinha, era estranho tudo estar dando certo, sempre tem que acontecer alguma coisa de ruim.

- Cris, só para passarmos mesmo o tempo me conta um pouco do seu antigo grupo.

Suspirei, mas sorri ao lembrar de todos.

- Bem, nós éramos um grupo grande, só que as coisas não foram dando muito certo para nós, creio que é difícil algo dar certo. Mas eles são ótimas pessoas, todos eles.

- Sera que tem alguma menina nesse seu grupo que seja da minha idade?

- Sim, mas não é uma menina e sim um menino, Carl o nome dele, garoto assim como você corajoso e bem bonito.

- Isso é interessante. - Ela sorriu.

- Mas vi uma menina em Alexandria, só não lembro o nome, ela era bem na dela. Acho que todos passamos por alguma coisa e ficamos assim, fechados.

- Pretendo conhecer ela também, quem sabe ela me diga o que aconteceu - Lydia andava alegre no meio da estrada.

Eu só espero que tudo esteja bem por lá. Exatamente encontramos a casa de que Lydia falou. Paramos na frente dela por alguns instantes. Vi uma daquelas coisas do lado de dentro da casa batendo na janela.

- Lydia você pega a Ally, vou cuidar disso.

Tirei Ally da pequena bolsa em que ela estava entreguei a Lydia, peguei minha faca e segui para a casa. Parei na porta assim que ouvi um barulho vindo dos fundos. Fiz um sinal para ela ficar ali em seu lugar. Saquei a arma e segui devagar para os fundos da casa.

Percebi que a mesma pessoa que fez o barulho também estava armada, só não sei exatamente com o quê.

- Melhor você sair daí bem devagar e baixar a arma que está na sua mão. - Falei um pouco alto.

- Por favor não me mate - Ouvi a pessoa jogar o que quer estivesse em sua mão no chão. A mulher ruiva apareceu na minha frente com o rosto vermelho.

- Não se preocupe não vou matá-la - Mesmo assim não baixei a arma. - Tem alguém com você?

- Não, eu estou sozinha.

- Me desculpe está apontando a arma para você, mas preciso me certificar que você não tem alguma coisa aí - Me aproximei dela que estava com os braços erguidos.

Revistei e nada encontrei nela, olhei para trás da casa e não havia ninguém.

- Como você se chama? - Perguntei.

- Lilly - Ela baixou suas mãos.

- Me chamo Cristine, mas pode chamar de Cris, o que você fazia aí atrás dessa casa?

- Me escondendo daquelas coisas, consegui trancar duas lá dentro.

- É você as trancou e eu vou matá-las, se quiser ficar comigo terá que seguir o que falo, e se eu ver que você me ameaça, vou enfiar uma bala na sua cabeça, estamos entendidas?

Ela balançou a cabeça em um sim. Voltamos para a frente da casa, realmente tinha duas coisas daquela lá dentro, eu daria conta disso.

Love Is Not Dead - 2° Parte || Daryl Dixon ||Where stories live. Discover now