Léxi me visitou de manhã e explicou como descobrira sobre a Matilde. Uma das primeiras páginas criptografadas no site mencionava que ela tomara conhecimento disso. Agora que sabíamos e não entendíamos como a Matilde descobrira, nos empolgamos mais a continuar o diário.
- Infelizmente, cada página tem um código para ser quebrado, então terei de descobrir os outros. – Alegou Léxi.
Léxi ficou para o almoço e comemos frango à milanesa preparado por mamãe e pela Aline.
- Estava muito apetitoso, senhora Amélia. – Elogiou Léxi.
- Obrigada, mas a maior parte foi feita pela Aline.
Subimos para o meu quarto e liguei a TV. A série que passava era de suspense policial e conversamos enquanto assistíamos.
- E como está com o Perry?
- Estamos bem. Mas eu me sinto mal por tê-lo dispensado na quinta-feira. Tenho medo de que ocorra muitas vezes.
- Francamente, acho que ocorrerá. Você é uma super-heroína, Pê, não estará sempre disponível.
- E ele logo vai perceber. – Choraminguei. – Ai, Léx, o que farei?
- Pensa em contar a verdade? Você foi capaz de contar para as outras irmãs, não deve ser tão difícil.
- Que sou a Salto? Não sei, não me sinto confortável para isso. Eu confio nele, mas não sei... Parece inadequado.
- Inadequado é ele suspeitar de coisas piores enquanto você salva a cidade.
- Também receio por isso. Mas vamos deixar esse assunto para outro dia. – Pedi e tentei expulsar os pensamentos sobre fins trágicos do nosso relacionamento.
- Por hoje, tudo bem, mas você enfrentará isso algum dia. E a Amanda, pretende contar a ela?
- Sim, não seria justo com ela que não contasse, é a única irmã que não sabe.
- É verdade, até a Matilde sabia.
- Sim... Mas não contarei agora, veremos se ela é mesmo uma irmã rosa e será fiel a nós.
Léxi falou sobre seu progresso com a Cristina e tivemos a ideia de treinar um pouco no porão, então descemos e colocamos as minhas luvas. Tomamos distância e esperamos.
- Você me ataca primeiro. – Léxi disse.
Eu não tinha noção de seu nível em uma batalha e relutei em começar.
- Vamos, Pê!
Corri em sua direção e ergui um punho, mas pretendia parar a frente de seu rosto. Quando parei, Léx pegou o punho e me virou, enrolando meu braço no pescoço e chutou minhas costas com força. Caí de joelhos.
- Eu não concordei em ser piedosa também.
- Eu não fui piedosa. – Menti enquanto me levantava.
- Por favor, Pê. Você é incrível em uma batalha. – Léxi suspirou e atingiu meu estômago com dois dedos, empurrando-me para trás.
Ao ver que eu não atacava, Léxi segurou meus braços e chutou meus pés, deslizando meu corpo. Soltei minhas mãos e as coloquei no chão, dando um mortal de lado antes que caísse. Léxi se virou e pulou com um punho indo ao meu peito, cruzei os braços rápido defendendo e deslizei meu pé nos seus pés. Ela puxou meu braço enquanto caía e também me derrubou. Virou-se para cima de mim e colocou o braço em meu pescoço, pressionando-o levemente. Empurrei-a com as mãos no estômago e, quando senti minhas pernas livres por um segundo, escorreguei para cima e escapei de sua prisão. Com as mãos ainda no chão, forcei meu corpo e dei uma pirueta para trás.
YOU ARE READING
Máscaras (Irmandade Rosa 2)
ActionPenélope continua vivendo sua aventura secreta como Salto, agora com o apoio de suas irmãs rosa. A OBA(Organização dos Bons Amigos) continua fazendo vítimas e agora Penélope a tem como prioridade. Enquanto combate a organização, ela tenta lidar com...