Capítulo 6

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 - Você que deveria dar o primeiro passo, Pê. – Léxi disse do outro lado da linha.

- Eu não sei, Léx. Como eu vou falar com ele? Não é tão simples como: Oi, Perry, quer namorar comigo?

- É claro que é! E ele só está esperando isso. Já que você não gostou quando ele pediu.

- Eu não estava preparada!

- Mas agora está. Vamos logo, Pê. Pare de exagerar.

- Não é exagero, Léx!

- É exagero sim! Olhe eu e o Arthur, já estamos namorando e nem fizemos tanto drama.

- Você foi muito apressada.

- Achei até demorado.

Já estávamos no último dia do ano e Perry não me pedira em namoro. Começava a me perguntar se ele desistira de mim ou se estava apaixonado por outra garota e cada vez que pensava assim sentia um desconforto. Léx achava que eu só saberia a verdade se perguntasse. Eu não fazia ideia de como pedi-lo em namoro. Já li algumas dicas sobre isso em revistas de adolescentes e de fofocas, mas pôr em prática era muito mais difícil.

- Não seria lindo iniciar o namoro e ter seu primeiro beijo na virada de ano?

- Seria sim, mas não precisa espalhar que nunca beijei.

Talvez Léxi estivesse certa. Seria mesmo lindo, mas eu tinha de fazer o primeiro esforço. Afinal, apesar de estar preocupada com uma assassina na época, a culpa de não aceitar o namoro ainda foi minha. Eu corrigiria aquele erro e teria meu primeiro beijo embaixo da queima de fogos.

- Isso! Quero ouvir do seu lindo momento na reunião das rosas, amiga. – Léxi gritou quando eu disse que tentaria.

Despedi-me dela e disquei o número de Perry.

- Alô?

- Alô, Perry! Como você está?

- Oi, Penélope, estou bem. E você?

- Eu também! – Dei um riso nervoso.

Passaram-se alguns segundos sem que alguém falasse.

- Então? – Perry perguntou.

- Ah, sim! Você tem algum plano para hoje à noite?

- Vou passar a virada de ano com a minha família. Por quê?

Ah, não! Claro que ele teria planos.

- Posso participar com você? – Não acredito que disse isso!

Perry pareceu hesitar um pouco antes de responder.

- Claro, você é sempre bem-vinda aqui em casa.

- Obrigada. É isso, tchau. – Desliguei o celular, joguei-o na cama e pus as mãos na boca.

Como fui tão audaciosa? Eu não sabia onde me esconder depois daquela ligação. Também não imaginei como reagiria quando chegasse a hora. Liguei para as rosas e contei o meu ato de imediato. Fizeram um suspiro de surpresa e depois me parabenizaram.

- Isso é culpa da Léxi. Anda me passando essa ousadia com garotos.

- Foi uma ótima hora para pegar isso de mim, não me culpe!

- Mas antes do seu encontro, promete que vem aqui em casa junto às outras para tirarmos umas fotos e comemorarmos? – Yasmin pediu.

- Claro! – Respondi e as meninas me acompanharam.

Máscaras (Irmandade Rosa 2)Where stories live. Discover now