Capítulo 13 - Thiago

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—ALPHA.

Não me lembro de nada que aconteceu em seguida, mas ao acordar meus olhos se depararam com folhas verdes, estava novamente na floresta, meu corpo estava colando, minha boca sentia um gosto salgado. Sentei e fiquei olhando para as árvores e reparo que estou nu e meu corpo coberto de sangue. O que aconteceu comigo? Eu só me lembrava de como fui torturado, para onde eu devia ir? Não sabia nem se onde estava era a mesma floresta! Levantei, andei e parei em frente a um lago, acreditei estar do lado oposto ao acampamento, mergulhei no lago, limpei meu corpo do sangue e nadei até o outro lado do lago. Cheguei ao acampamento, já estava escuro, tudo destruído, comecei a revirar as cabanas na procura de comida e roupas para vestir, pois estava com muita fome, nem me lembro da última vez que tive uma bela refeição. Achei um pijama de unicórnio e vesti. Meus olhos estavam inchados de sono, acabei adormecendo dentro de uma das cabanas.

Acordei e estava todo amarrado com Caio, Mayala e Andressa olhando para mim fixamente, então Mayala diz:

— Agora não é mais o fortão? Cadê aquela braveza toda?

— Que? – foi minha reação

— Você degolou o Natan com a boca! – exclamou Mayala.

— Eu estou usando pijama de unicórnio – retruquei – eu detesto brigar e Andressa sabe disso – falei olhando para ela.

— Eles disseram que você e uma gangue de mascarados fizeram isso e mataram todos do acampamento, os únicos vivos somos nós – Andressa explicou.

— Eu vi Well recebendo tratamento de choque em um túnel subterrâneo – disse.

— Isso não vai salvar você! – gritou Caio (ele ficou bravinho) – Qual motivo você fez isso? – questionou ele apontando para o acampamento, já era manhã, pois conseguia ver o acampamento nitidamente.

— Eu não fiz isso! – exclamei – Andressa você acha que eu fiz isso?

— Thiago, a Patrícia era um deles, então existe cinquenta por cento de chance de você também ser um dos mascarados – respondeu ela.

— Você não confia em mim? – gritei.

— Na verdade eu nunca confiei Thiago, você é temperamental, imaturo, age de modo irracional, aposto que tem muita coisa que você nunca disse nem para o Well que ama você como irmão – ela retrucou.

— Eu sou Vir...Gem – disse – é algo que eu nunca tive coragem de contar!

— Não nos faça rir Thiago – respondeu Caio – com esse corpão, esse rosto e esse cabelo loiro, impossível você ser virgem.

— Deixa para vocês transarem outra hora – disse Mayala.

— O que vamos fazer? – perguntou Caio – Deixa-lo morrer?

— Claro, ele matou todo do acampamento, até o João Victor, que nojo – comentou Mayala.

— Thiago, eles não mexeram em sua cabeça? – perguntou Andressa, então reparei que ela estava com o lado direito careca.

— Igual o seu não, mas eu sentia muitas dores de cabeça forte enquanto eles me torturavam, afinal vocês viram que minhas costas estão queimadas? – indaguei.

— Eu vi – respondeu Andressa – está queimado as letras A-L-P-H-A – ela explicou.

— Alfa! – exclamei – O que isso quer dizer?

— Eu lá sei! – respondeu Andressa – No entanto eles estão de olhos em você, assim como estão em mim, precisamos ficar juntos!

— O que vamos fazer? – Caio perguntou.

— Levar Thiago amarrado com os braços nas costas e sair a pé do acampamento – respondeu Andressa.

— Como? – Mayala indagou.

Da mesma forma que chegamos a pé! Devíamos ter feito isso no primeiro dia – Andressa comentou.

E fomos caminhando no meio da floresta, enquanto caminhávamos sem saber ao certo para onde, comecei reparar que já tínhamos passado por aquele lugar.

— Estamos andando em círculos – alertei.

— Claro que não, a floresta é parecida mesmo – respondeu Andressa, continuamos a andar e não saímos do lugar.

— Acredito que estamos mesmo andando em círculos – comenta Caio. Eu olho um pouco mais a frente e vejo a silhueta de um rapaz. Corro até ela e aquele sorriso pleno e grito:

— WELL !! – ele olha em meus olhos e retorna um som gentil de seu sorriso e corre para o meio da floresta, eu grito de volta – WELL VOLTA AQUI!

— Você ficou louco? – perguntou Mayala – Não tem nenhum Well aí, você está falando com as árvores!

— Eu vi ele também – diz Andressa.

— Eu também – comenta Caio. Corro desesperadamente para o meio da floresta atrás do Well, deparo-me com ele descendo um buraco no meio da floresta. Ele ergue o braço e pede para segui-lo. Vou atrás, ele adentra o buraco, ao chegar perto percebo que o buraco é similar a um porão. Well me olha lá debaixo, então me posiciono para descer, ele some de meu campo de visão. Ao adentrar o porão, tem um corredor gigante tanto para direita e esquerda, Well desapareceu, sigo o túnel da direita. Well aparece no meio do túnel, mas como uma imagem falhada, similar a um holograma. Percebo que cai em uma armadilha, começo a voltar para trás, quando pequenos braços me puxam e diz:

— Siga-me! – era Larissa, não pensei muito e apenas fui atrás dela. Larissa mancava com as duas pernas, mas andava rápido. Na sua mão direita tinha uma barra de ferro fina. Um mascarado surgiu em nossa frente, quando eu ia dizer para corrermos para o outro lado, Larissa voou nele com a barra de ferro, acertou a cabeça dele e continuou até estourar os miolos do cara e disse: Cansei de ser a fodida!

— O que houve com você? – perguntei.

— Depois eu lhe explico, vamos por aqui, destruí as câmeras desse lado – disse ela. Apenas a segui e entramos em uma sala bonita e organizada com um computador com quatro monitores na tela. Larissa sentou-se e eu também e ali ficamos. Larissa olha para mim e diz:

— Prazer em conhece-lo projeto Alpha!

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CONTINUA NO CAP 14! Espero que gostem do cap 13 <3 A história está chegando ao fim :(

O SINISTRO (COMPLETO)Where stories live. Discover now