- Se você não namorasse um jogador do time, podíamos ter ficado no dormitório, mas como você tem fogo no cu e não consegue aquietar esse facho, estamos aqui no frio e na chuva. Agora pare de reclamar e me deixa aproveitar.

Com aproveitar Niall queria dizer babar enquanto observava Barbara (a loira na qual ficou no dia da confusão generalizada) tocar no meio do campo, ela fazia parte da banda da uni e tocando o tambor, tomava frente à fileira de alunos com outros instrumentos variados.

A banda cessou por um segundo, tempo suficiente para os jogadores dos Wolves entrarem em campo. Styles parecia mais radiante que nunca ao pisar no gramado, a calça colada branca delineando os músculos de sua coxa (agora ainda maiores devido ao treino diário e levantamento de peso), meias altas sobre a calça na cor azul, contendo listras pequenas e finas em vermelho e branco, a blusa de mangas em um azul escuro, as ombreiras com listras vermelhas e brancas e o peitoral estufado pela proteção contendo o número 28 em branco, delineado em vermelho. Styles escrito nas costas, aonde o cabelo caía solto.

Liam e ele andavam lado a lado, ombros chocando e capacetes na mão conforme olhavam diretamente para a arquibancada. Liam rapidamente achou Zayn, uma vez que ele estava em pé acenando freneticamente, um Niall com a cabeça nas mãos ao seu lado. Harry, por sua vez, demorou sólidos segundos procurando por um certo rapaz de olhos azuis não mais tão vívidos e quando não o encontrou pela olhada por cima que deu, soltou um suspiro, chateado mas não surpreso. Afinal, ainda havia aquela pontada de dúvida.

Vai ver ele havia apenas imaginado mesmo, vai ver Louis nunca tivera aquele flash de veracidade em seu olhar.

Louis não estava ali, afinal.

Eles cumprimentaram os jogadores do Black Panthers e se posicionaram, a banda já ficando de canto e as líderes de torcida se recolhendo ao que o apito soou e a bola foi liberada, como sempre, Liam passando-a por baixo das pernas até as mãos de Styles, firmes.

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- Licença. – Louis encontrou-se murmurando pelo que parecia ser a milésima vigésima vez enquanto tentava a todo custo chegar mais perto da abertura, aonde poderia, finalmente, ver o campo.

As pessoas estavam acomodadas na fila para o banheiro, era o que parecia, e o encarando de forma curiosa e até mesmo receosa (Eles nunca parariam? Okay, ele estava péssimo e havia sumido por um tempo mas, por Deus, ele estava ali, ao menos, sim?), mas, eventualmente, o deixaram passar, alcançando o limite em que começavam as escadas para a arquibancada.

Louis suspirou pesadamente e ali se encostou, a parede dura contra seu ombro mal causando-o incômodo ao que seu coração batia aceleradamente. Ele não estava acreditando que estava mesmo ali. Ele só podia ser idiota. Ele havia prometido para si mesmo que iria livrar Harry de toda a dor, havia prometido que iria afastá-lo pelo seu próprio bem.

E ainda faria isso. O plano todo era não deixa-lo ciente de sua presença ali.

O que acontece é que, ao chegar no apartamento no começo da semana, encharcado e de rosto inchado, ele, após muito custo em desviar das perguntas de Stan (ele sabia que uma hora ou outra teria que contar, mas naquele dia, ainda não estava pronto), deitou a cabeça em seu travesseiro e pensou em como foi bom o contato com Harry.

Por um segundo.

Apenas isso, cada milésimo de segundo depois desse segundo bom foi um inferno. Foi como se fogo ardente estivesse em contato com sua pele, como se estivesse afogando em um mar de suas próprias lágrimas e como se tentasse alcançar um degrau cada vez mais alto que somente o traria pesar. Louis se sentiu péssimo, a dor que o consumiu ultrapassou limites suportáveis e cada toque mínimo de Harry o relembrou de momentos dolorosos.

once upon a plug {l.s}Where stories live. Discover now