meu amor não tem rosto, não é feito de carne como nós, não tem cidade, número, nem rua, anão ser que papel e coração tenham endereço que é onde o meu bem faz morada.
é a única coisa que mantém equilibrada numa corda entre o abismo do caos e a sanidade.
é onde eu posso gritar, mesmo sem voz, onde eu posso ser eu, onde meu coração e alma se encontram livres.
o meu amor se chama escrita e foi o único que manteve meu coração e mente inteiros, quando tudo e todos desmoronaram.
uma declaração ao meu (espero) eterno e verdadeiro amor, porque escrever é amar e eu amo.
com amor pela escrita e por vocês,
joânia.
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palavras, girassóis e outras flores.
Poetry"um grito no escuro na mata na rua no gueto em casa um grito das que eles chamam de vadia de inútil de fútil de dramática de mentirosa um grito da Ana da Lúcia da Maria da Joana um grito das que precisam ser ouvidas das que têm de ser ouvidas ...