Capítulo 18 - Poliana

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----- Alô? Gastón? Sou eu,Nina!

----- Nina? Onde você está? Estamos preocupados com você.

----- Eu estou na casa da minha vó Clara e vocês? Onde estão?

----- Estamos na casa daquela vizinha.

----- Eu estou longe demais, um bairro diferente, a casa da minha vó é meio longe.

---- Quando você vem?

---- Ainda não sei, mas você deve me esperar.

---- Vou te esperar com maior prazer..

Quando descobri onde eles estavam, fiquei ansiosa para chegar logo e poder ver minha amiga, meu irmão, meus pais e especialmente meu namorado.

Estava a caminho da casa, de repente eu vi uma casa abandonada, sou muito curiosa e não pude deixar de entrar, encostei na porta, estava aberta, então entrei e estava completamente escura, peguei meu celular, liguei a lanterna, subi as escadas e tinha um quarto, entrei nele, era bem simples, cama, guarda-roupa, uma janela e uma cômoda, onde tinha um retrato de uma senhora com cabelos cinzas, lábios rosados, olhos escuros, pele branca e ao lado dele tinha um bilhete, escrito:

---- Talvez ainda não seja  a horaquando descobrir a verdadeàs consequências virão átona!

Fiquei pasma com aquele bilhete, pensei que era para mim, sai do quarto, desci as escadas rapidamente e quando fui abrir a porta parecia estar trancada, entrei em desespero, sentei no sofá e liguei para Gastón, mas ele não atendia, foi quando me toquei que tinha algo na cozinha, uma sombra negra, parecia de um homem, pensei que poderia ser aquele mesmo homem que me "sequestrou"? Cheguei mais perto, com calma e não tinha nada! 

Mas e aquela sombra negra? Estava anoitecendo, vi que estava tarde para voltar, então subi naquele quarto e deitei na cama, ela fazia muito barulho, me assustei ao ver na janela, uma sombra nas cortinas, não consegui dormir, mas depois foi passando algumas horas e capotei.

 No dia seguinte, acordei no sofá, levantei do sofá o mais rápido possível, tentei abrir a porta novamente e não dava, fui abrir as janelas e não consegui, parecia estar emperrada, fui pra cozinha abri, os armários e estavam todos vazios, estava com fome, sede e levei um susto com alguém batendo na porta.

----- Socorro! Não consigo sair, tente abrir a porta!

----- Quem atreveria entrar na minha casa? - ouço a voz de uma mulher

----- O que?! - pergunto sem entender nada - Pois então abra, acabei entrando sem querer e estou presa aqui dentro!

Então, uma mulher, parecida com a senhora da foto, abriu a porta, estava com sacolas nas mãos, ofereci ajuda, mas ela não quis, ela colocou as sacolas na mesa da cozinha e disse no tom de voz brava:

---- Por um acaso você, entrou em todos os cômodos da casa?

----- Porque? Não podia? Estou com fome, sede e achei estranho quando fui dormir, pois eu acordei na sala.

----- Talvez você seja.. Sonâmbula.

Ela disse gaguejando, talvez esteja escondendo alguma coisa..

----- Aliás, tinha um bilhete na cômoda ao lado de um retrato, nele tinha uma foto de uma senhora parecida com você.

----- E por um acaso esse bilhete estava escrito em um papel vermelho?

----- Sim, como você sabe?

----- Ahh é.. Cuidado com essa casa, ela não é segura para você , deve ficar longe e estar com sua família, em breve tudo estará esclarecido!

---- Qual seu nome?

---- Por que quer saber?

---- Curiosidade!

---- Meu nome verdadeiro é Poliana, mas todos me conhecem como, Pâmela.

---- Nome falso? Você por um acaso é uma assaltante? Fugitiva da polícia?

---- Não, nada disso, eu uso um nome falso, para minha segurança.

---- Aqui está longe da casa onde quero ir, será que posso passar mais um dia aqui?

---- Claro, mas só mais um.. - a mulher faz uma cara pensativa - não você não pode, deve ir embora imediatamente!

---- Mas, por que mudou de opinião tão rápido?

---- Não conte para ninguém, mas.. eu sou a mãe do seu irmão Felipe, a mãe biológica dele e tenho a sensação de que algo errado vai acontecer e pode ter uma invasão daqui a uma hora e você deve sair daqui, pois dois homens vão me matar.

---- Como sabe disso tudo? - pergunto completamente confusa - E por acaso um deles é moreno, alto, forte e de olhos claros?

---- Sim, é o pai biológico do Felipe.

---- Agora estou ligando os pontos, preciso ir mesmo, vou ver se consigo um táxi e valeu a pena ter conhecido a verdadeira mãe do Felipe, posso tirar uma foto sua? Ele sempre quis conhecer a mãe.

---- Claro! -  tiro uma foto de Poliana

---- Pronto! Quando eu chegar em casa, vou mostrar para ele e investigar mais, mas essa era a verdade que eu deveria saber?

---- Não! Ainda não, tem mais informações que vão te ajudar a descobrir.

---- Mas, quando irei saber dessas informações?

---- Amanhã mesmo, receberá alguns bilhetes e guarde-os para que encontre a verdade sobre sua origem e a do seu irmão. Rápido, falta apenas 20 min para eles chegarem, corra! Mas antes de ir, poderia me dar um abraço?

---- Claro.

Dei um abraço apertado em Poliana e sai correndo, peguei um táxi e fui para casa da vizinha Benta..

Juntos Para Sempre. [Concluído]Where stories live. Discover now