Capítulo 4: MENTE BARULHENTA

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Olho o garoto caindo do prédio, fecho meus olhos e depois abro bem rapidamente, uso minha habilidade para que segurasse o garoto no ar, ele estava a mais ou menos 3 metros do chão, todos ao redor me olhavam e ponho o garoto no chão e todos ao meu redor me olham inclusive o Johnny que me olhava com aquele seu maldito sorriso que apenas me dava vontade de socar seu rosto, sinto algo escorrer do meu nariz, esfrego a lateral da minha mão de leve e logo depois olho a mesma com um pouco de sangue, sinto uma leve tontura e olho o Johnny.
-Johnny...- meu corpo fica mole e desmaio, antes que eu caísse no chão o Johnny me segura.

Acordo deitada em um lugar totalmente branco, me levanto e olho ao redor mas a única coisa que eu vejo é o branco infinito, aquele lugar era vazio, eu estava sozinha ali, começo a andar sem rumo nenhum, meus olhos estavam ficando bem pesados por conta do cansaço.
-Olá - Alguém fala atrás de mim e me assusto no mesmo instante, me viro e olho um senhor de meia idade usando um terno preto, seu terno dava um contraste forte naquele lugar que era totalmente branco.
-Quem é você? E que lugar é esse? - Falo com bastante medo e olho o senhor me olhando, ele parecia um homem muito importante.
-Sou o Rick, dirigente de Chicago, um dos líderes da C.C.R - O mesmo fala bem sério e aquele lugar em branco se transforma em uma avenida, a Michigan avenue, eu conhecia aquele lugar, foi naquela rua que o caminhão com as pílulas foi destruído e eu peguei uma delas.
-Michigan avenue? Mas o que estamos fazendo aqui?- digo com um certo receio e vejo uma imagem minha pegando uma das pílulas e ingerido
-Lembra desse dia garota? O dia que você e outras mil pessoas espalhadas por toda Chicago cometeram um erro - Olho minha imagem ali e fico escutando o senhor falar, me viro e olho mesmo, tento usar meus poderes ali mas não funcionava nada, afinal ali não tinha nenhum dos elementos.
-Um pedido garotinha, tenha cuidado com as pessoas que você anda, a morte da sua avó foi algo necessário...- Escuto o que ele diz e aquilo me enche de raiva, como ele teve coragem de matar uma mulher inocente?
-Você matou a minha Avó!!!- vou até ele e tento socar seu rosto mas aquilo não foi muito efetivo afinal meu pulso atravessou seu rosto, ele ri com o que eu faço.
-Eu só estou usando uma das minhas tecnologias para poder entrar na sua mente. - Ele diz aquilo enaltecendo a palavra "minhas" - E eu não matei a sua avó, eu só usei minha tecnologia para controlar algumas pessoas, o número de idosos na cidade está muito alto e isso poderia causar um colapso.
-Sério que o número de idosos está muito alto? Porque não começou se matando? Seria uma bela de uma iniciativa - digo aquilo com uma risada debochada o que deixa o senhor extremamente zangado.
-Muito engraçado Maia Haffmann... -Ele dá uma risadinha mais depois o mesmo fica sério e me dá um olhar mortal - Eu até poderia dizer quem matou a sua avó, mas infelizmente isso é algo muito confidencial, agora é hora de acordar - ele some e sinto algo estranho e apago.

Abro meus olhos lentamente acordando na minha verdadeira realidade, pisco várias vezes e olho aquele local, era a enfermaria da escola, movo a cabeça para o lado e olho o Johnny em uma cadeira me olhando com um sorriso bobo.
-O que foi? Perdeu alguma coisa aqui? -falo já incomodada com aquela situação, me sento e ele fica sério depois do que eu acabei de falar.
-Você é linda até dormindo - ele dizia aquilo tentando me agradar e franzo o cenho.
-E você é um idiota tanto dormindo como acordado... - me levanto meio tonta e me apoio na parede, Johnny se levanta preocupado e me ajuda colocando meu braço ao redor do seu pescoço.
-Obrigado pela consideração Maia, você desmaia e adivinha quem te trouxe carregada até aqui?-escuto o que ele diz e reviro meus olhos -o idiota aqui que te trouxe, você não tem um pingo de consideração.- Ele fala aquilo já querendo fazer drama.
-Se você continuar fazendo esse draminha tosco por nada eu juro que eu vou desmaiar de novo- falo já estressada com ele.
-Okay, desculpa Maia- ele dá um breve suspiro e vai andando comigo para fora da enfermaria e andamos pelos corredores vazios.

Ao chegarmos para área externa da escola um garoto vem andando apressado na nossa direção, era o garoto que eu tinha salvado hoje mais cedo, seus cabelos eram tão brancos, ele tinha um estilo meio estranho, seus olhos tinham uma cor de ambar e suas roupas tinham tons escuros.
-Você me salvou, eu nem sei como agradecer - ele vai abrindo os braços para me abraçar mas Johnny coloca sua mão na frente de Kevin fazendo com que ele parasse e se afastasse. - Desculpa cara, eu não vou dar em cima de sua garota, até porque eu sou gay...
-Tudo bem Johnny, eu já to bem melhor - me afasto do Johnny e dou um braço no Kevin que não demora 10 segundos, me afasto e dou um breve sorriso - Por que você se jogou do prédio?
-Eu...Eu não sei, eu só me lembro do meu corpo no ar, eu não lembro com eu fui parar em cima do prédio, era como... -Kevin não consegue mais falar por está com medo e dúvida de tudo aquilo, olho para o Johnny e ele me encara logo em seguida.
-Como se você estivesse sendo controlado? - Olho para o Kevin e ele faz um sinal de positivo balançando a cabeça.
-E você lembra de alguém? Alguma pessoa? Ou nomes? - Johnny pergunta já muito curioso com toda aquela situação, lembro do lugar vazio que eu estava no "sonho".
-R, só lembro de um nome que começa com a letra R - Kevin fala tentando se lembrar e olho o mesmo, lembro do senhor do "sonho" que havia falado comigo.
-Rick?- Digo
-Sim! esse mesmo!- Kevin fala se lembrando de algo que eu não sabia bem o que era -Como você o conhece?
-É uma ótima pergunta Kevin, como você o conhece Maia? - Johnny diz com um olhar desconfiado para mim e apenas dou de ombros para sua expressão.
-Eu sonhei com ele, é digamos que foi um sonho, foi meio estranho - Digo aquilo já me arrepiando só de lembrar, só de lembrar do Rick falando da minha vó já me dava um desconforto.
-Se eu encontrasse esse cara eu iria matar ele - Dizia Kevin com bastante raiva.
-Ele matou a minha vó, e eu vou encontrar ele, nós vamos encontrar... - Dou um sorriso para Kevin e Johnny e saímos andando

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