Capítulo 14

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Um mês depois

Deixo meu corpo cair ao seu lado na cama, eu sei que não deveria fazer isso com Alex, mas o que temos é muito intenso e incontrolável. Desde que cheguei, estabelecemos uma relação de amor e ódio, sempre brigando e reconciliando do melhor jeito. Tento me levantar de sua cama para poder tomar um banho antes de sair com Kol (O vampiro queria comprar algo interessante para Davina), seus braços me prendem contra o colchão.

"Tenho que levantar Klaus." Resmungo.

"Não tem não, Kol pode se virar sozinho." Rio alto e selo seus lábios antes de tentar levantar de novo, ele continua me segurando. Passo um tempo o encarando e novamente uma onda de culpa me atinge. "O que houve?"

"Isso não é certo..." O híbrido bufa e se afasta, não era a primeira nem a segunda vez que conversávamos sobre isso. "Eu devia pelo menos terminar com ele."

"Então termine, não é tão difícil." Klaus começa a se vestir.

"Não vou terminar com ele por telefone." Me levanto e recolho minhas roupas do chão. "Acredito que já está na hora de voltar..."

"Vai mesmo embora? Por causa do pirralho?" Com sua velocidade não demora muito para que estejamos quase colados de novo.

"Estou aqui a um mês Klaus! Além disso, seja lá o que acontece com a gente, não vai mais acontecer se eu estiver namorando ele. Eu vou voltar e terminar com ele." O homem concorda lentamente, suas mãos envolvem minha cintura e ele sela meus lábios.

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Me despeço dos irmãos e vou embora, dessa vez eu não estava tão animada para ir ouvindo músicas, eu estava mais preocupada em como contar para Alex que estava o traindo a um mês inteiro. Minha cabeça começa a latejar e descido pensar em outra coisa. 

Depois do meu encontro com Kay confirmamos que ela era uma vampira e, depois de tirar toda a verbena de seu organismo, Klaus a fez contar tudo e era tudo verdade. No mesmo dia ela foi viver em uma casa mais isolada com Marcel, eu não tenho ideia de onde é. Eu me dei muito bem com Rebekah, saiamos quase todos os dias para festejar e fazer compras; por ajudar bastante com Davina, Kol resolveu esquecer do meu parentesco com os Salvatore e viramos amigos (ele vive me chamando de Mikaelson); Elijah não falava muito comigo, eu que ia até ele, fiquei sabendo de bastante coisa sobre a família por ele e foi assim que nos aproximamos; conheci Hailey também, ela carregava a filha de Klaus (o que foi meio confuso para mim no início).

Saio de meus pensamentos com o telefone tocando, era Bonnie. Atendo rapidamente e coloco no viva-voz, fecho as janelas e ligo o ar para não ficar abafado e não ter barulho atrapalhando a ligação.

"Emilly, quando vai voltar?" A voz da bruxa soa alto pelo carro.

"Estou bem BonBon, valeu por perguntar!" Escuto sua risada e a acompanho. "Estou a caminho neste exato momento. Achou mesmo que eu esqueceria seu aniversário?" Na verdade, eu esqueci mesmo, lembrei quando vi seu nome brilhar na tela e dei a sorte de estar voltando hoje.

"Que bom, estamos com saudade! Nós estamos reunidos na casa da Elena hoje porque tem uma festa no colégio, provavelmente chegaremos tarde." Sua voz soava bem animada.

"Tudo bem, então eu vejo vocês amanhã. Algo me diz que essa noite vai ser longa." Rimos juntas.

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Paro em um posto de gasolina e entro na lojinha, compro um energético da marca que eu gosto e salgadinhos, pego uma garrafa de água e pacotes de bala.

"Mais alguma coisa Srta.?" O rapaz por volta dos 30 pergunta, dou uma olhada pelo caixa e não vejo mais nada que eu queira.

"Não, obrigada." Pago as compras e volto para o carro e coloco as comidas no banco do passageiro, dou uma olhada no tanque e resolvo abastecer.

"Olá, pode nos ajudar?" Uma mulher anda até mim, ela tinha uma expressão cansada e seus cabelos ruivos estavam bagunçados, o cheiro de seu sangue era forte e isso levou meu olhar para sua perna machucada. A mulher tentou desviar minha atenção da área, a cada segundo mais nervosa ela ficava, sempre olhando para o carro preto estacionado um pouco longe de nós.

"Claro, do que precisa?" Sorrio sem desviar meu olhar do carro.

"Preciso do caminho para New Orleans, estamos perdidos." Sua voz falha, seus olhos imploravam por ajuda. Respiro fundo e caminho em direção ao carro preto, ela caminhava apressada me pedindo para parar.

"Abre!" Bato contra o vidro que desce e me mostra um homem com barba rala e cabelos negros com um olhar sério, vi duas crianças no banco de trás, uma ruiva de olhos claros e outra de cabelos negros e olhos claros. "É pai dessas crianças?"

"Wanda, entre no carro!" O homem me ignora, Wanda me olha e reluta em entrar. "Estou mandando entrar agora!"

"Quem pensa que é para falar com ela assim?" Elevo a voz.

"Sou o marido dela, não se meta nisso, cadela!" Aperto os punhos, Wanda se afasta assustada e abro com raiva a porta do motorista. "O que pensa que esta fazendo?"

"Acabando com um filho da puta!" O jogo para fora do carro e soco seu rosto varias vezes até que ele fique zonzo. "Wanda, não é? Pegue as crianças e espere ao lado do meu carro." A mulher acena com a cabeça e pega os filhos.

"Você não pode fazer isso!" O homem se levanta tonto, seu rosto sangrava.

"Posso sim, tanto que fiz!" O puxo para mais perto. "Você nunca mais vai chegar perto deles, vai cortar as relações e se entregar para a polícia por tudo que cometeu. Esqueça essa conversa e vá embora!" O hipnotizo e volto para o meu carro, as crianças entram nos bancos de trás e Wanda se senta no banco do passageiro, pego meu energético e entrego o resto para as crianças, dou a água para a mulher ao meu lado.

"Obrigada, não tem ideia do quanto nos ajudou!" Wanda sorri.

"Não precisa agradecer, ele nunca mais virá atrás de vocês. Para onde querem ir?" Me viro para a mulher.

"Tenho uma casa de família em Mystic Falls, pode nos deixar lá." Ela sorri e coloca o cinto.

"Ótimo, já estava indo para lá!" Começo a dirigir.

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Depois de deixar Wanda e seus filhos em frente sua casa com uma boa quantia de dinheiro para que pudessem recomeçar tranquilamente, parti para a mansão. Por precaução dei meu endereço e contato para a ruiva, para prevenir caso algo acontecesse.

Fecho a porta da mansão e deixo as malas na entrada, por já estar avisada não estranhei o silêncio na casa. Começo a subir as escadas enquanto cantarolo uma música que Rebekah tinha me mostrado, escuto barulhos estranhos vindo pelo corredor e travo. Não devia ter ninguém em casa... Caminho cuidadosamente e paro na frente do meu quarto, os barulhos eram gemidos e estavam mais altos por trás da madeira. Respiro fundo e abro a porta com força, Alex rolava entre os meus lençóis com outra mulher.

"Alex..." Seus olhos se arregalam ao me ver na porta.

𝒜 𝑓𝑖𝑙ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝒟𝑎𝑚𝑜𝑛 𝒮𝑎𝑙𝑣𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒Donde viven las historias. Descúbrelo ahora