Capítulo 16

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   Me deparo apaixonada e apegada a Ricardo de uma forma exorbitantemente intensa. O medo de tudo um dia acabar batia em minha mente a cada dia que se passava, porém, eu continuava me permitindo sentir tudo o que aflorava no peito.

*

     Como de costume, aguardo deitada a mais uma visita agradável de Ricardo.
Ele provavelmente estaria em casa tomando banho ou já se arrumando para vir à meu encontro e, eu já pronta e cheirosa, penso em algo para comer com Ricardo.

Ele chega, envolvendo-me em um abraço apertado seguido de um selinho.

— Oi, princesa!

— Oi, meu bem! Como foi no serviço? - Pergunto fechando o portão.

— Estressante, como sempre! As obras estão muito atrasadas e meus pedreiros sendo irresponsáveis com horários. Não aguento mais eles!- ele ri - Mas e você, como está?

— Bem melhor agora que está aqui! - respondo sem graça por não ter tido o que dizer sobre o problema em seu serviço.

— Essa frase é minha, engraçadinha!

Rimos.

Convido-o a entrar e meu pedido é recusado, Ricardo preferiu ficar no quintal mesmo devido ao calor infernal daquela noite.

— Eu ia preparar um sanduíche pra gente, não quer comer nada? - Pergunto.

— Não, que isso! Acabei de lanchar em casa, obrigada.

O carro do meu padrasto estava na garagem, então Ricardo encostou no mesmo e eu o agarrei, beijando seus lábios.

— Faz um tempo que não sinto teu corpo suado coladinho no meu, gatinha... - Diz.

— Não fala assim que cê me atiça, meu amorzinho. - confesso dengosa.

— E se eu comer você agorinha mesmo? - Pergunta.

— Onde?

— Aqui!!!

— Surtou? O quintal tá escuro mas ainda assim é impossível. - Exclamo.

— Confia em mim, são 29 anos de estrada...

— Pode sossegando! Minha mãe pode aparecer na janela.

— Não acha que ela ficaria sem graça ao abrir a cortina pra nos vigiar? Pelo amor de Deus, princesa!

— Sossega.

— Pois então você tá proibida de me encontrar com esse shortinho safado, entendeu? - Ricardo impõe com um tom safado.

*era um short azul escuro de malha bem curto, o qual combinei com uma t-shirt cinza larga e longa.*

— A partir de agora vou usar mais ainda. (Risos)

— Esse é o short da nossa primeira vez, não é? - Pergunta.

— Ele mesmo! - Respondo.

— Você me deixou louco naquela noite... até me desconcentrei no baralho.

— Minha sina... (Risos) - Convenço-me mordendo os lábios.

Viro-me de costas para Ricardo, encostando meu traseiro em sua intimidade com um tanto de pressão.
Ricardo então demonstra uma expressão surpresa...

— Sua safada do caralho... - Sussurra bem baixo em meu ouvido.

— Ainda se surpreende comigo? - Ironizo.

Ricardo achega seu rosto ao meu cangote e nuca, passeando suas mãos cautelosamente pelo meu corpo.
Arranho seus braços, tratando de pressionar seu órgão já rígido vagarosamente com meu traseiro, o que o faz suspirar e me apertar cada vez mais...

— Não vou aguentar sair daqui sem me sentir dentro de você, meu amor... - Confessa sussurrando.

— Seria uma delícia fazer amor em meio a esse perigo... - digo, já excitada.

Ricardo então dá um jeito de invadir minha roupa íntima com sua grossa e leve mão e, ao alcançar minha intimidade, invade-a com seu dedo do meio.

— Você tá louca de vontade de me dar, sua safada. Olha essa bu****, toda molhada no meu dedo.

— Não vou negar... - confesso, fechando os olhos e sentindo aquilo tudo.

Ricardo afasta meu short devagar e sem a menor dificuldade. Põe seu órgão para fora da cueca, se posiciona e me instiga esfregando o mesmo na entrada da minha parte íntima.
Aquilo havia me deixado fora de órbita.
Sem aguentar nem mais um pouco sem Ricardo dentro de mim, empurro-me para trás, fazendo-o penetrar em milésimos de segundo.
Ricardo olha para cima suspirando, dá uma pausa para concentração, segura em minha cintura e prossegue no ato o mais disfarçadamente possível.

Respiro ofegante pelo tamanho prazer que me tomava conta.
Tratei de estimular meu clitóris enquanto Ricardo me penetrava, pois o momento e menos ainda o local eram propensos a uma transa.

Eu sentia meu short encharcado de lubrificação, olhava as mãos de Ricardo segurando minha cintura com toda a sua masculinidade e precisão... só conseguia sentir um prazer exorbitante, não pensava em nada além.

Ricardo pediu que eu encostasse no carro, mas aquilo era de alta periculosidade. A forma com que estávamos transando era a opção mais viável para aquele momento, pois caso alguém olhasse pela janela, avistaria apenas Ricardo encostado no carro abraçando-me por trás. Portanto, neguei o pedido.

Ele prosseguiu no ato, ofegante, suspirando deliciosamente - do jeito que me faz sentir que o levo ao delírio. E é isso que faço questão de proporcionar a Ricardo em toda transa.

Em dois minutos de relação, alcanço um dos melhores orgasmos da minha vida. Soltei um gemido alto, o que fez Ricardo tampar minha boca.

— Baixinho, cachorra! - Exclama em baixo tom, continuando a me invadir deliciosamente.

Minhas pernas tremiam, eu me encontrava fraca e suada. Porém me concentrava em instigar Ricardo.

— Vou gozar agora! Quando eu te empurrar, se afasta. - Ele me ordena.

Me afasto então, vendo seu gozo ser jorrado no chão.

Viro-me para Ricardo e me jogo em seu corpo, selando sua boca com um beijo quente e voraz.

— Você acaba comigo, garota!

Abraço-o em silêncio, ainda de olhos fechados.

— Tu é a melhor de todas! Sem dúvida. - Declara.

— Você é demais, seu cachorro. Eu amo você. - Confesso.

Continuamos ali, jogando conversa fora, observando a noite quente e estrelada.
Como sempre, mais um momento agradável vivido com Ricardo.

Quando menos pensamos, já eram 9h40PM. Ricardo precisava ir embora, afinal iria à pé.

— Vou partir, princesa. Amanhã é um longo dia, provavelmente vamos encarar engarrafamento na Ponte Rio-Niterói. - Diz.

*no dia seguinte faríamos uma viagem de uma semana à Cabo Frio.*

Nem me fale! Vai lá então, meu bem. E descanse. - Digo.

— Me dê um copo d'água? - Pede.

— Vou lá pegar.

Sirvo-o e o levo até o portão. Ele se despede agarrando vorazmente meu traseiro, levando-me junto a seu corpo e selando sua boca na minha.

— Me avise quando chegar, gato. Até amanhã à tarde!

— Tchau, princesa. Se cuida.

Tranco as portas e findo minha noite com uma ducha bem fria e um copo de achocolatado, como de costume.
Penso no quão maravilhoso havia sido aquele momento com Ricardo e, ao viajar nos pensamentos, me inquieto e acabo me tocando, pensando nele e naquela transa inesquecível.

—————————————

continua.

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⏰ Last updated: Feb 13, 2018 ⏰

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Um Amor Impróprio (quase ao fim)Where stories live. Discover now