Capítulo 3

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As coisas ultimamente têm ocorrido muito lentamente. Pra se ter uma ideia, hoje já é dia 28 de abril e nunca mais vi Ricardo nem fui à Cabo Frio. Mas finalmente, vamos pra lá hoje à noite, e confesso que não vejo a hora.

Ricardo têm perguntado muito por mim ao meu padrasto sempre que se vêem, o que pra mim é ótimo, e prova que depois desse tempo todo ele ainda se recorda das nossas trocas de olhares da última viagem.

Despertei às 9h00AM hoje, com o despertador da Nathalia, filha mais velha de meu padrasto - a qual também considero minha irmã. Sim, meu padrasto tem muitos filhos mesmo - com o Heitor (que está na barriga da minha mãe) e o Arthur que também tiveram juntos há quase um ano atrás, são 5. Pois ele ainda tem um de 22 anos que não mora conosco. E só pra esclarecer, a Nathalia, de 17 anos, mora com a gente, e a Clara mora no condomínio de Cabo Frio com a mãe, que também possui uma casa lá.

Tratei de imediatamente adiantar as coisas antes da viagem, deixando meu quarto todo arrumado. Afinal, estava inspirada. Ainda não acreditava que veria Ricardo novamente e, o melhor de tudo, sem minha mãe por perto. Eu teria liberdade total para que as coisas se desenvolvessem em relação a ele.

Estava extremamente agitada e ansiosa naquele dia, fazendo tudo depressa desnecessariamente. Precisava me acalmar.
Após o almoço, tratei de secar meus cabelos e deixá-lo bem liso, do jeito que gosto. Fiz minhas sobrancelhas à pinça, depilei o buço e cuidei de minhas higienes íntimas, por pura vaidade. Pus as melhores roupas e sapatos na mala e tudo o que uma mulher precisa para estar impecável. Ótimo. Malas prontas! O que poderia dar errado? Nadinha.

Deitei-me no sofá e passei um tempo assistindo TV, mas confesso que o filme era a última coisa que ocupava minha mente naquele momento, pois só o que eu conseguia era imaginar mil e uma possíveis cenas de Ricardo e eu na casa de praia...
Pensei, pensei, até que adormeci.

Acordei com Alexandre entrando pela porta da sala com um pacote de pão quente e aromático, apressado, comunicando-nos que após o café da tarde partiríamos.
Tratei de imediatamente me levantar e me adiantar.
Peguei uma legging preta cós alto, um top preto, um casaco vermelho quadriculado e entrei no banho.

Eu me encontrava em um sorrisinho bobo e feliz ao lembrar de Ricardo e seu jeitinho agradável... que rapaz encantador!

A água morna caía sobre meu corpo, me fazendo relaxar.

Concluindo o banho, sentei em mesa para rapidamente tomarmos um café e em seguida fui escovar meus dentes. Escuto o celular de Alexandre tocar, e, adivinhem quem era? Ricardo. Deixei a porta do banheiro entreaberta disfarçadamente para escutar a conversa, quando de repente...

- A Karen vai comigo! - Comunicou Alexandre à Ricardo.

Suponho que Ricardo respondeu algo maldoso ou de duplo sentido, pois em seguida escuto uma gargalhada de Alexandre seguida da frase "Tu é um safado mesmo!".

COMO É QUE É?

Dei um sorrisinho sagaz e segui me arrumando.
Não quis caprichar na maquiagem pois estava me sentindo muito bem comigo, afinal, minhas sobrancelhas estavam impecáveis.
Passei um BBCream básico com um pó pra selar, e caprichei apenas no rímel.
Soltei meus cabelos, coloquei umas pulseirinhas de couro e pus o melhor perfume possível, pois passaríamos para pegar Ricardo em sua casa.

Todos prontos, quando Alexandre resolve buscar Ricardo e o pedreiro para trazer pra cá, invés de passarmos todos na casa deles e dali partir. Assim foi feito.
Uns quinze minutos depois, eles chegam e, imediatamente, ponho minhas malas no carro, em seguida me sento. Adivinhem aonde fui obrigada a sentar? Isso mesmo. Ao lado de Ricardo.
Vocês estão pensando que Ricardo ou eu poderíamos ter sentado no banco carona, não é mesmo? Pois não. Meu padrasto planejou tudo, pondo Nathalia no carona. Consequentemente, fomos Ricardo, o pedreiro, Arthur e eu no banco de trás. Mas confesso que gostei da situação.

Um Amor Impróprio (quase ao fim)Onde histórias criam vida. Descubra agora