Capítulo 11 - A Caçada

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Sabe quando você está dormindo tranquilamente e começa a acordar e por alguns milésimos de segundo você não tem ideia de onde está e nem qual é o seu próprio nome. Você não consegue se lembrar dos seus problemas, nem do seu passado e por alguns milésimos de segundo você simplesmente se sente feliz e em paz. Não porque você está dormindo, mas porque nesse pequeno tempo você é como uma folha em branco pronta para ser escrita. Sem cicatrizes emocionais ou melodrama. É como estar deitado ao sol em uma manhã fria. Você não consegue abrir os olhos porque sabe que não está preparado para o que verá. É então que tudo acaba.

Você se lembra de que precisa trabalhar e que não foi o despertador que te acordou. Abri os olhos e senti meu coração palpitar. Respirei fundo e vi que o sol batia na cama. Eu estava com uma puta ressaca, minha cabeça doía e por alguns instantes mesmo acordado eu não me lembrei do que tinha acontecido noite passada.

Me sentei na cama e foi quando percebi que eu estava completamente nu enrolado nos lençóis. Tentei puxar na memória o que tinha acontecido e me lembrei do jantar que eu tive com Hugo, mas essa não era a questão. A questão era: o que aconteceu noite passada? Tudo o que eu me lembro foi de estar um pouco bêbado e de ter levado Hugo para meu quarto. Me lembro de me deitar e sentir ele beijar meu pescoço. Foi então que senti um sono horrível e o resto eu não me lembro mais.

– Hugo? – Perguntei me levantando da cama e enrolando o lençol na minha cintura. Abri a porta do meu quarto e vi que estava vazio. Ninguém na sala e nem na cozinha – o que diabos aconteceu? – Perguntei para mim mesmo vendo que as louças da noite anterior estavam lavadas.

Tudo parecia normal. Não é que fosse normal eu levar um homem para minha casa e me oferecer para ele. Morgan e a bebida invadiram a minha mente e eu acho que fiz uma coisa estúpida. Eu acho porque não me lembro de nada. Exatamente nada. Fui até a geladeira e bebi um copo de água da jarra. Minha boca estava seca. Tomei dois copos grandes de água e olhei em volta tentando novamente me lembrar, mas sem sucesso.

Voltei para o quarto e vi que os dois copos de uísque ainda estavam em cima do criado mudo. Um estava vazio e o outro estava cheio. Era como se eu tivesse bebido, mas Hugo não. Peguei o copo vazio e aproximei do rosto. Eu vi uma coisa estranha. Tinha um pó branco. Eu esfreguei o dedo no fundo do copo e levei a boca. Tinha um gosto amargo.

– Não! Não! Não! – Falei caminhando de volta até a sala e foi quando eu vi que o armário de bebidas estava completamente vazio. Nenhuma das minhas garrafas estava lá. Incluindo a garrafa que ganhei do meu professor no valor de 17 mil – merda! – Falei indo até o meu notebook. Eu tentei acessar a internet, mas a minha senha não estava funcionando. Dizia que tinha alterada à algumas horas. Vi que meu celular estava do lado do notebook aberto sem a bateria.

Meu coração bateu forte na hora. Olhei para o relógio da cozinha e ele marcava três horas da tarde e doze minutos.

– Meu Deus – falei voltando para o quarto. O relógio no criado mudo marcava nove horas da manhã e trinta e oito. Alguém tinha alterado os relógios.

Peguei o controle da televisão e apertei o botão tentando ligá-la, mas não funcionava. Fui até ela para apertar o botão e foi quando eu percebi que o cabo de energia tinha sido cortado. Não preciso em dizer que o telefone fixo também não estava lá. Apenas o cabo. Entrei no banheiro e vi que o telefone estava jogado dentro do box de vidro e o chuveiro estava ligado.

– Meu carro! – Exclamei soltando o lençol e indo até a sala. A chave do meu carro ficava dentro de uma gaveta. Abri a gaveta e a chave não estava lá. Voltei para o quarto e abri o guarda roupa para vestir algo e eu tive outra surpresa. Nenhuma das minhas roupas estava lá. Meu guarda roupa estava completamente vazio. Eu estava em choque eu estava parado em frente ao guarda roupa completamente nu sem saber o que faria.

Príncipe Impossível (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now