Um pequeno grande amigo

13 2 21
                                    

Thomas acordou naquele dia inspirado e animado, iria finalmente finalizar a sua primeira criação.

TLN-001, Harpy. A primeira criação independente de Thomas. Ele tinha somente 12 anos e já havia feito uma inteligência artificial funcional e com personalidade própria. Ele estava orgulhoso de seu projeto, e os cientistas da base não estavam diferentes. Ele ainda estava de pijama quando de sua porta, ouviu algumas batidas, e esta foi aberta pelo mecânico da unidade, Douglas. Este estava escorado na porta, junto a Alia e as outras navegadoras.

--E aí? É hoje o dia? -- perguntou Douglas.

--Sim! Aniversário de 1 ano que fomos acolhidos aqui... -- disse Thomas, inicialmente animado, até lembrar do motivo pelo qual foram acolhidos. -- Parece que foi ontem que tudo aquilo aconteceu.

--Sentimos muito pelos seus pais, Thomas. -- disse Layer, a navegadora de cabelos purpura.

--Mas, bem, você vai dar esse bichinho pra Fancer, né? -- perguntou Pallette, a navegadora platinada.

--Ah sim. É pra animar ela, sabe? Ela ainda está triste pelos acontecimentos desse último ano. Então ele não só servirá como um amigo, como alguém que pode ajuda-la caso aconteça algo ruim, um "guardião" ou algo do tipo. -- ele disse, pegando a ave com penas verdes escuro, com detalhes brancos nas asas, na cabeça, e grande parte de sua barriga. Estava orgulhoso que havia conseguido colocar penas artificiais, para ele parecer mais um pássaro.

Harpy tinha quase 80 centímetros de altura, ou seja era até que bem grande, e pesava uns bons quilos. Mas ele conseguiria voar... ou era o que o pequeno cientista esperava.

--Ele ficou muito bom! Quase não parece um mechaniloid! -- comentou Alia, observando o animal mecânico.

--Eu fiz a I.A. dele como eu faria a de um reploid, ou seja, ele tem personalidade própria. -- disse Thomas, colocando a ave no chão. -- Eu colocarei uma roupa decente, enquanto isso poderiam leva-lo para o laboratório? Quero fazer uns testes.

Os maiores assentiram e Douglas pegou o animal e junto as navegadoras o levou para o laboratório mais próximo. Thomas podia ouvir Pallette à metros de distância, pedindo para Douglas deixa-la fazer carinho no animal, e sua típica frase de "Me escute!" Podia ser ouvida.

Thomas colocou uma blusa preta com um suéter azul e um shorts brancos. Deixou seu cabelo bagunçado, não se importava com os cabelos, levemente encaracolados, sendo rebeldes por um dia, colocou também um tênis e correu para o laboratório.

Chegando lá, Alia e Pallette limpavam a área e Douglas e Layer avaliavam o seu projeto.

--Impressionante que ele conseguiu fazer algo assim em tão pouco tempo, cientistas experientes levariam pelo menos 2 anos para fazerem toda a estrutura e I.A. --comentou Douglas.

--Alia havia dado alguns projetos parecidos para ele ter uma base, e ela deu uma aula de quase 1 dia explicando como funciona o sistema interno de um reploid. -- falou Layer, observando Harpy.

--Obrigado pelos elogios, mas agora é hora de ativar essa coisa aqui! -- disse Thomas, dando um leve susto nos dois, o que fez Pallette rir bastante e Alia dar uma leve bronca na platinada com partes rosas em seu cabelo.

Thomas pegou um computador e começou a digitar algumas coisas a mais, e então, conectou o gavião-real ao computador e transferiu os dados, quando os dados estavam em 90% concluídos, o robô tremeu levemente, dando sinais que iria despertar logo. Quando os dados foram completamente transferidos, o pequeno gavião abriu os olhos, que eram numa cor acinzentada meio azulada, e começou a olhar em volta. Abriu e fechou seu bico algumas vezes e finalmente disse:

MemoriesWhere stories live. Discover now