Capítulo 21

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Saulo Pellegrini

Eu voei para o hospital que Dulce foi levada, e olha que demorei mais uma hora e meia para chegar. Deixei Graziela e os pais dela, junto com meus homens e mandei leva-los para minha casa. Ela queria ficar aqui, mas não quero ela aqui.

Ela ficou chateada por saber que eu estou com outra pessoa, mas ela não pode me culpar por isso. Eu era um homem livre.

Eu chego na sala de espera e está Anne e minha mãe.

-Mãe! - eu chamo ela que está visivelmente abalada.

-Filho! - ela me abraça.

-Oi Anne. - abraço ela. - Já tiveram noticia?

-Nada! - fala desanimada.

Eu não tenho tempo de sentar e o médico vem na nossa direção.

-Parentes de Dulce Lima?

-Somos nós! - falo apressado. - O que aconteceu, como ela tá?

-Senhor....?

-Saulo!

-Então senhor ela está agora bem, como ela teve uma queda estamos monitorando pois ela bateu cabeça... Mais está tudo bem agora.

-E o bebê? - pergunto.

-Conseguimos conter o aborto, o bebê está bem. - diz me tirando um peso das costas. - Mas ela vai ter que ficar de repouso absoluto Saulo, qualquer movimento mais bruscos, nervoso, não poderemos fazer nada para salvar a vida da criança.

-Ela vai ficar de repouso sim doutor. - Anne fala aliviada. - Podemos ver ela?

-Um de cada vez.

-Então pode ir Saulo, você é namorado e pai da criança. - sorri Anne.

Eu abraço ela e minha mãe e vou para o quarto onde Dulce se encontra. Abro a porta e ela está de olhos fechados passando a mão na barriga.

-Psiu! - chamo fazendo ela abri um sorriso assim que me vê. - Não faz mais isso não amor, quase matou a gente de susto. - eu beijo sua testa. - Como está se sentindo?

-Aliviada por saber que nosso bebê está bem, eu não iria me perdoar se perdesse essa criança. - fala triste.

-Você tropeçou na escada foi isso? - questiono sentando na cadeira ao lado dela.

-Não... - ela soluça. - Pode ser que você não acredite em mim, mas é a verdade.

-Não acredite em que? - olho pra ela intrigado.

-Foi Fabiana que me empurro da escada Saulo, eu pedi ajuda para ela que claro, não me ajudou e disse que queria que eu perdesse meu bebê. - chora. - Ela é louca! Nós batemos boca mais cedo e ela disse que eu atrapalhei a vida dela, que se não fosse eu você estaria com ela.

O ódio que eu sinto não cabe no peito, eu sei que a essas horas ela já deve ter sumido da minha casa, mas eu sei onde essa puta mora e ela não me escapa. Se ela tivesse conseguido fazer Dulce perder o bebê, eu nem sei do que eu era capaz de fazer. Mas mesmo assim, ela terá o dela.

Ela pode esperar.

-Eu acredito em você meu anjo, pode deixar que com ela eu me entendo. - falo beijando seu rosto. - O importante é que você está bem.

-Mais você não. - ela me olha. - Achou os pais de Graziela? Achou ela?

-Vamos deixar essa conversa para outra hora, você não pode ser alterar. - ela balança a cabeça em negação.

Coração Rendido - Livro BônusOnde as histórias ganham vida. Descobre agora