APENAS DEGUSTAÇÃO
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Como uma faxineira e o presidente de uma empresa de construção civil entrariam no mundo um do outro? A vida é imprevisível. Tudo muda quando Carla...
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Segue a atualização. Decidi modificar algumas coisas durante a madrugada e acabei aumentando um pouco. Espero que vocês gostem.
Beijos da sua amiga Tess91
Capítulo sem revisão
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A chuva caía sem dar trégua e Gustavo não viu outra alternativa a não ser parar o carro no acostamento e aguardar. O breu que a tempestade transforamou aquela via expressa só era interrompido por raios que, de tempos em tempos, cortavam o céu. Forçava a visão para enxergar através da densa chuva, mas não reconhecia aquele lugar e não conseguiria dirigir com a intensidade do formigamento que tomava seu corpo a ponto de quase o deixar entorpecido pela dor. Já havia perdido a noção de quanto tempo estava ali. Seu corpo todo latejava e sua visão aos poucos se tornou turva, porém não conseguia discernir se eram os vidros do veículo que estavam embaçados ou se era apenas um sintoma comum de suas crises. No fundo, pensou que isso pouco importava. Quando percebeu que irremediavelmente precisaria pedir ajuda, se deu conta que a carga de seu telefone celular estava baixa. Na pressa de impedir a irmã de destruir um dos itens de sua coleção ou até de se matar dirigindo aquele que era um dos modelos mais velozes do planeta, Gustavo não notou que o aparelho tinha pouca bateria.
A lembrança de uma frase dita muitos anos atrás chegou nítida à memória dele. Como uma maldição que se confirmava:
- Guarde minhas palavras, Gustavo Grael. Eu viverei para ver o dia em que você vai sofrer tanto ou mais quanto me fez sofrer.
Aquelas palavras saíram dos lábios da mulher que mais amou na vida. Da única mulher que amou.
- Ah... meu amor... Se todo esse sofrimento que eu preciso enfrentar pudesse reverter todo o mal que eu te fiz. Eu sinto muito... Eu sinto tanto...Queria ter a chance de falar com você apenas uma única vez... Queria conseguir chegar perto o suficiente para pedir o seu perdão. - sussurrou para o vazio, respirando fundo e apoiando a cabeça no volante do carro. Não tinha mais o que fazer só esperar que a chuva passasse e que a dor que o afligia também fosse embora. Esperar era tudo que lhe restara.
