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-Quem é Harry Styles vovó? - Ao ouvir minha pergunta percebo como Sicília fica tensa.

-Como assim minha filha? De onde você tirou esse nome? - O nervosismo em sua voz é nítido.

-Uma garota me falou sobre esse nome ontem, gostaria de saber quem é, e como a senhora mora aqui deve saber.

-Não é ninguém Odessa, esquece isso. - Ela diz e entra na cozinha.

Decido ir para o meu quarto pegar um casaco para ir conhecer melhor o centro daqui; ao passar na frente da janela do meu quarto que dá bem em direção a floresta vejo um homem parado, é como se ele estivesse me observando e ao me ver ele sorri e mexe seus lábios, mas pela distância não consigo entender, assustada me afasto da janela.
Entro no banheiro para arrumar o meu cabelo e me assusto com o que vejo no espelho do banheiro:

Você me pertence, e não há nada nem ninguém que possa mudar isso. H.S.

Quando eu acabo de ler as letras somem e eu saio rapidamente do banheiro, pego um casaco e vou rapidamente até a cozinha na esperança de falar com vovó, mas a casa está vazia, chamo por ela, mas ninguém responde, até vejo na mesa de centro da sala um bilhete.

"Tive que sair querida, não volto tarde."

Por medo de que eu posso ver mais alguma coisa assustadora e saio correndo de dentro de casa e vou andando até o centro da pequena cidade.

Passo na frente de várias casas, em algumas seus donos estavam no jardim e quando me viam, me encaravam com medo e alguns até com raiva, decidi aumentar meu passo para sair rápido de todos aqueles olhares, porém uma menininha para em minha frente

-Ele não vai desistir de você até te-la em suas mãos.

-Ele quem? Quem é você? - perguntei com medo e confusa.

-Ele! - ela apontou para algo atrás de mim e quando me virei vi o mesmo homem que estava me olhando, ele está na beira da floresta, não consigo reparar em detalhes, mas pude ver um sorriso em seus lábios.

-Quem é ele? - quando me viro de volta a menina não estava mais em minha frente.

Olho para a floresta onde o homem estranho estava, porém, não havia mais ninguém ali.

Volto o meu caminho tentando ignorar o medo que estou sentindo.

Não precisei andar muito para chegar no centro, já que aqui as coisas são bem próximas.

Passo em frente de lojas e entro em um super mercado para comprar algo para comer enquanto conheço melhor o lugar.

Ao passar no caixa para pagar a mulher que está ali fica me olhando sem nenhuma reação, as pupilas de seus olhos estão dilatadas, me assunto com isso e dou um passo para trás mesmo que ela esteja apenas parada me olhando.

-Você tem que ir embora daqui. - ela diz e passa a bolacha que eu comprei. -Se ele não te pegar, as pessoas daqui irão, todos sabem que foi você quem libertou aquela maldição. - Dou o dinheiro pra ela e saio rapidamente de perto dela.

Maldição? Que maldição? Por mais que eu esteja curiosa para saber eu não vou voltar lá para perguntar, talvez tenha sido uma péssima idéia sair de casa.

-NÃO ENTRE NUNCA MAIS NAQUELA FLORESTA!

Olho para trás pra ver quem gritou e vejo a mesma mulher do caixa, ela está parada na porta do mercado, seu olhar está assustado e sangue começa a sair de seu nariz manchando a blusa branca que ela veste; saio correndo enquanto algumas pessoas que estão no estacionamento me olham, antes de sair do patio do mercado eu olho para o lugar onde a mulher estava, mas ela não está mais lá, há apenas uma mancha de sangue no chão.

É, definitivamente não foi uma boa idéia sair de casa.

The Midnight MonsterWhere stories live. Discover now