Helena e Luigi mal conversam, os dois tem um clima tenso e lamento que seja assim.

O carro para em frente ao bar, Pietra fica confusa. O lugar aparentemente está vazio, mas é porque as pessoas estão escondidas.

- Porque estamos aqui?

- Enrico pediu para passarmos aqui porque ele queria te dar um abraço, ele queria ir a colação mas surgiu imprevistos. - minha sogra diz de forma natural.

Descemos todos juntos, Pietra busca minha mão e quando entramos ela leva um susto com os aplausos que recebe.

Vejo sua confusão e ela ri com a mão livre no peito. A felicidade que ela está sentindo faz tudo valer a pena.

Pietra ganha abraços e carinho da família, dos amigos que não poderão ir até a cerimônia.

- Olha só a mais nova designer de Verona aqui no meu humilde bar! Que honra. - Enrico brinca a abraçando. - Parabéns Pietra, obrigada por ter sido uma ótima funcionária e amiga durante todos esse anos.

- Eu que agradeço, sempre foi um chefe bom e um amigo que dava ótimos conselhos. - eles se abraçam mais uma vez.

Meus pai e minha madrasta se aproximam, Pietra os abraça forte, com ela não tem meio termo. Ela gosta muito deles, como se também fossem da família e talvez seja mesmo isso, somos uma família, uma que aos poucos vai se tornando maior.

Praticamente um mês de namoro, um mês de muito carinho e companheirismos.

- Obrigada, Anthony. - os braços de Pietra rodeiam os meus. - Não participei da minha formatura, mas ganhei a melhor festa, a mais linda. Graças a você.

- Não foi graças a mim, foi graças a você.  Essas pessoas, todas que estão aqui te amam, e estão aqui porque se importam com você. – toco seu rosto com carinho e me curvo para beijar ela de leve. - Minha estrela.

- Porque me chama assim? - Ela pergunta com a voz delicada, carinhosa. - Sempre que vou perguntar isso alguém atrapalha ou acontece algo.

- Quem sabe um dia eu te conto. - brinco fazendo ela revirar os olhos. - Vou contar, mas não quero que deixe seus convidados de lado para me dar total atenção.

- Está se colocando em alta conta moço. - ela ri me beijando. - Vou ficar um pouco com meu pai, ele não foi muito presente nos últimos quatro anos, mas eu o amo e sei que um dia tudo vai se resolver.

Fico olhando Pietra se afastar, é linda e sempre arranca sorrisos das pessoas. A simplicidade como leva a vida é como eu levo a minha, somos parecidos nesse quesito. Nunca conversamos sobre nosso futuro, gostamos do presente e não tem porque se preocupar com os dias que ainda viram. Ninguém sabe o dia de amanhã.

As pessoas dançam alegres, Pietra está feliz e descalço enquanto pula pelo bar. Minha irmã a acompanha e sorrio para o jeito exagerado em que as duas riem, eu gosto.

Pietra me olha um pouco, joga um beijo para mim e pisca, meu coração reage. Ele sempre reage a minha estrela.

- Você ama ela. - meu pai percebe parando ao meu lado.

- Está tão na cara assim? - pergunto me virando para ele.

- Escrito na sua testa.

- Então acho que ela não sabe ler muito bem. – ele ri e eu o acompanho. - Ela é perfeita pai, não acha?

- Não sei se existe alguém perfeito, mas se seu coração acha que ela é, quem sou eu para dizer que não?

- Pietra é vida pura, é minha maior aventura. - conto e ele arqueia a sobrancelha. - Uma aventura permanente. Não conseguiria esquecer ela nem se eu quisesse, no começo eu tentei, mas agora eu não consigo nem me lembrar como eu era sem ela.

Duologia: Curados Pelo Amor - Um Novo ComeçoWhere stories live. Discover now