8 de dezembro (08/12)

1-Tudo tem um início

Segunda-Feira, 9 de dezembro.

O ar dentro daquela que é conhecida como selva de pedra estava mais cinza do que o normal, o vento estava gelado, Dylan estava no pior local possível, no cemitério, sempre teve medo de fantasma quando era criança, mas quem não tem? Tinha aprendido a lidar com isso.

Só uma palavra estava em sua mente nesse por que?
O luto é algo extremamente normal, porém extremamente triste e tratado como tabu na sociedade.
O dia anterior tinha sido o pior da sua vida até então, não sabia o que estava por vir, sua querida mãe April McLaren havia falecido misteriosamente, já seu pai emocionalmente e fisicamente ausente Kylo McLaren, só sabia que ele morava do outro lado do continente na Califórnia, nunca tinham se encontrado pelo menos Dylan não se lembrava, graças a isso jamais poderia sonhar que ele estaria ali presente, e para sua surpresa ele não estava, não que isso deixasse Dylan mais triste do que já estava o que era impossível, mas custava ele estar lá e estender um ombro amigo ao seu filho?

Lá ao seu lado estava a sua avó, que incrivelmente não sabia o nome já que a mesma nunca havia lhe falado, chamava ela apenas de vovó, talvez ela não gostasse do seu nome, bem isso não é importante, o que realmente importava era a sua presença.

Nesse momento começou a lembrar da sua vida, ele era o típico garoto norte-americano de 15 anos alto (algo em torno de 1,75cm), praticava esportes (estava na equipe de natação e futebol da escola), tinha boas notas ( não eram excelente mas... Da pro gasto) morava em um apartamento de classe média com sua mãe, é seu lugar favorito era o quarto da sua mãe que tinha uma visão de cinema com a Times Square ao fundo.

Enquanto estava pensando nisso um carro parou em frente a onde ele estava, provavelmente um Uber, pensou Dylan.
Dentro havia um homem, alto, cabelos longos, tatuagens a mostra, porte físico normal, junto a ele estava uma mala com figuras de vários estados do país.
Quem era esse homem?
Era isso que sua mente pensava...
Mas a sua boca aparentemente criou vida própria e disse:
-Pa, pa, Pai?

O homem permaneceu lá parado, estático tentando entender o que estava a acontecer, não disse uma palavra...

Dylan podia estar pela primeira vez frente a frente com seu pai, sua mãe sempre evitava falar sobre a paternidade de Dylan, o máximo que ele sabia é que o seu pai tinha abandonado sua mãe com 3 meses de gravidez e se mudado para Hollywood em busca do sonho de ser ator.

Não sabia o que fazer... Rir? Chorar? Dar um soco na cara desse homem? Ou correr para recuperar o tempo perdida? Seu cérebro estava parado, congelado em um rio de emoções.

Segundos depois já sabia o que fazer e fez, tomou uma atitude já que aparentemente o homem não iria fazer absolutamente nada. Pela sua expressão pensava o mesmo que Dylan.