Capítulo 3

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É um lugar espaçoso e aconchegante.
Há duas beliches, todas já haviam malas na parte cima, então resolvi dormi em uma das partes de baixo.

Vi que haviam quatro cômodas de madeiras espalhadas pela cabana.
Procurei por uma cômoda que estivesse vazia, por sorte essa foi a primeira que achei.
Separei as blusas na gaveta de cima, em ordem de cores de forma que coubesse todas; as calças na gaveta de baixo, organizadas por jeans, leg e calça moleton; vestidos, saias e roupas de festa na terceira gaveta. Como eram poucos meus vestidos, sobrou um pequeno espaço onde guardei meu laptop; na última gaveta guardei minhas meias e roupas íntimas. Separei por ondem de cores novamente. Esses sistemas de organização sempre me ajudam na hora H.
Minhas blusas de frio e chapéus (boinas e um boné, para o calor) ficaram pendurados no cabideiro ao lado.

Coloquei alguns livros sob a cômoda para identificarem que estava lá. Não queria que alguém "sem querer" abrisse minha cômoda e olhasse meus posters do Zac Efron; não que tivesse.

Alguém entrou.

–Ah, Oi. Estou atrapalhando algo?

–Não, que isso. Sou Minna, aliás.

–Sou Bianca, Bia.

Ela colocou as malas no chão e me deu a mão, cumprimentei de volta.
Será que pergunto quais são os poderes dela? Será muita intimidade? Pensei.

–Ler mentes, e não é muito intimidade. Adoro conhecer gente nova.

Fiquei de queixo caído. Que incrível.

–É, é incrível – ela acrescentou ao meu pensamento.

Gostei de ela ter essa habilidade. Podia pensar em qualquer coisa que adivinharia.
Legal.

–Alguns campistas irão se encontrar no lago para nadar. Você quer ir?

–Sim, acho...sim okay.

Concordei rápido, queria conhecer gente nova quanto antes possível.

–Vou pegar minha roupa.

–Okay – concordou Bia.

Me troquei no banheiro da cabana. Coloquei um maio preto de babado e um shorts jeans por cima.

♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

Bia e eu fomos caminhando até o lago que ficava do outro lado do acampamento.
Nossos passos estavam lentos, não sei ela, mas eu estava acompanhando seus paços.
Fiquei com medo de pensar em algo que não devesse, então fiz a seguinte pergunta:

–Você lê os pensamentos o tempo todo?

–Não, apenas quando quero.

–E quando você quer?

–Na maioria das vezes eu quero quando vejo que a pessoa não fala muito.

Fiz cara de impressionada.

*
*
*

Quando chegamos, haviam vários adolescentes nadando. Eu optei por não nadar, não sou boa. Sentei no gramado junto a outros banhistas que resolveram não se molhar com eu.
Como fui sagaz, trouxe uma toalha também. Minha toalha era rosa da Moranguinho.
Não me orgulho disso.

Estiquei a toalha no gramado, assim como todos que estavam sentados.
Sentei sob a toalha e observei as pessoas.
A maioria estava no lago, jogando água para os lados e salpicando os outros banhistas.
Ao redor do lago — no gramado — ha- viam vários refrigerantes espalhados pelo lugar, copos e pertences.

Perto de onde estava havia uma garrafa de Pepsi, há uns três metros de longitude.
Senti uma pequena sede ao ver aquele líquido gelado e refrescante.
Pensei em levantar para pega-lo, mas tive outra idéia.
Estava precisando treinar.

Acampamento De Magia [Livro 1] Onde as histórias ganham vida. Descobre agora