Cap 28 A visita

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— Como aceitou? — fico indignado e também confuso.

— Ela o reconheceu. Então lhe contei que ele queria vê-la e ela está esperando por vocês no escritório.

Ao menos, Carol não quer ele perto da Duda e acho que nem eu.

— Então vamos.

Seguimos para o escritório e minha mãe vem junto. Entro e vejo Carol de costas para a porta olhando pela janela.

— Amor, tem certeza que quer falar com ele? — pergunto me aproximando dela.

Ela se vira e o encara

— Tenho sim. Pode falar senhor Carlos.

— Obrigado Carolina, tenho ciência que não mereço sua consideração. — Carol se senta eu e minha mãe também. Meu pai continua falando de pé...

— Eu sei que fui egoísta querendo que meu filho realiza-se meus sonhos...

— A questão não é essa. Porque disse à ele que tinha me dado dinheiro para partir? — Pergunta Carol sem rodeios.

— Se eu falasse que você se foi por causa do que verdadeiramente eu disse, ele nunca ia me perdoar. Assim que falei aquelas mentiras para ele, me arrependi e o mandei  atrás de você.

— Eu já estava no taxi e parti acreditando que ele tinha me enganado.

— Menti e não tive paz por 12 anos, passei um mês te procurando e até pouco tempo atrás ainda ia lá em Teresópolis na esperança de que alguém da família de dona Maria à amiga de sua tia, aparecesse. Deixei meu contato com os vizinhos mais próximo e até hoje não tive retorno. Era horrível ver que fui culpado pela infelicidade dele.

— O senhor não tem ideia do que fez a mim? Sabia que entrei em depressão, fui chamada de vadia, apanhei na cara e ainda fui expulsa de casa.

— Amor, quer que eu o peça para ir embora? — Pergunto olhando pra ela.

— Não kadu.

— A depressão eu entendo. Mas o resto, me perdoe. Disso eu não tive culpa. — meu pai se defende e ela dá uma gargalhada curta.

— Talvez o senhor tenha razão, já que foi meu pai que fez o resto pelo fato de eu estar grávida do seu filho.

— Meu Deus! O que eu fiz? Você perdeu o bebê, seu pai te obrigou atirar.

— Por que você acha que ele me obrigou?

— Pelo amor que vi em seus olhos naquele dia, você não faria isso por vontade própria. — Fala meu pai de cabeça baixa e me deixando mais triste com ele.

Ele chora e se vira para mim.

— Realmente não mereço perdão. Vou me afastar, eu só trouxe sofrimento a vida de vocês. Obrigado por me receber, eu realmente desejo do fundo da minha alma que vocês possam ser finalmente felizes.

Minha mãe está o tempo todo calada, ele pede perdão a ela e vai em direção a porta.

— Aonde o senhor vai? -Pergunta Carol me surpreendendo.

— Embora.

— Eu também agi errado. Eu poderia ter colocado meus medos de lado e ter ido procurar por vocês, só que a ferida não tinha fechado. — Carol desabafa.

— Eu te entendo...

— Chama ela Kadu. O senhor tem uma neta de 11 anos que se chama Maria Eduarda e é por ela,  vamos tentar fazer o certo desta vez. — Carol o corta falando comigo e me deixando alguns segundos sem reação.

SÓ O TEMPO...   🔞 Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang