ʙᴀᴄᴋ ʜᴏᴍᴇ|ɢᴏᴛʜᴀᴍ

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Quando eu tinha seis anos, eu quebrei minha perna

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Quando eu tinha seis anos, eu quebrei minha perna. Eu estava fugindo da minha irmã e suas amigas. Provei o doce perfume da grama da montanha enquanto rolava até lá embaixo.

Lembro de ter chorado, mas foi divertido. Foi uma boa história e lembrança. Minha mãe ficou brava, mas não foi novidade de qualquer maneira.

Eu era mais jovem naquela época, uma criança extrovertida e engraçada. Doce infância. É que a gente quer crescer, e quando cresce quer voltar do inicio, porque?

Maldita Gotham.

Meu primeiro amor foi nesse lugar. Encontrei meu coração e o parti aqui. Todo mundo tem sua primeira desilusão amorosa, aquela que nunca vamos esquecer. Então, é essa mesma.

Fiz amigos e os perdi ao longo dos anos. Era estranho e chocante quando eu recebia as notícias, sempre foi difícil de acreditar. Eu nunca conseguia acreditar.

Há muito tempo não vejo aquelas ruas e becos, aquela neblina e ar poluído! Mal posso esperar pra voltar às ruas e fazer o que mais gosto! Bater em bandido!

Quando eu tinha 20 anos saí da Gotham rumo a Metrópoles. Depois que saí de lá, nunca mais voltei. Ainda falava com minha família por meio da internet e chamadas de vídeo, mas não é a mesma coisa. 17 anos se passaram.

Estou no meu caminho, dirigindo a 90 km/h atravessando a ponte de Gotham e cantando Tiny Dancer.

Com 15 anos eu comecei a fumar cigarros enrolados a mão, com meus amigos. Sentávamos nos telhados e nos matávamos aos poucos com aquela nicotina. Fugíamos da lei e ficávamos bêbados o dia e a noite toda. Dei meu primeiro beijo em uma sexta-feira à noite, acho que não fui muito bem. O que eu posso dizer em minha defesa? Eu era mais jovem naquela época.

Seu nome era Jason, como posso descrevê-lo? Ele era irmão de um dos meus amigos. Era um ano mais velho que eu e foi ele quem tomou a iniciativa.

Eu não mantive contato com alguns dos meus amigos, com o tempo deixei de falar com outros e quando percebi, tudo não passava de uma lembrança.

Uma boa lembrança.

Fiquei sabendo que um amigo, Dick Grayson, casou. Chamávamos ele de pai, porque ele sempre cuidava de nós. Eu fico feliz por ele.

Barbara teve dois filhos, mas vive sozinha. Espero que ela esteja bem, sempre foi a mais decidida de todos nós.

Roy já está em sua segunda mulher, o que me deixou surpresa. Na verdade, fiquei mais surpresa ainda quando soube que ele casou. Ele nunca teve cara de pai de família.

Jason morreu. Ele foi assassinado e o crime nunca foi solucionado. Lembro que no dia do velório sequer deixaram o caixão aberto. Confesso que morri um pouco aquele dia.

Distraída, uma lágrima caiu enquanto eu mantinha meus olhos fixos na estrada, a melodia soando em meus ouvidos.

Abri um sorriso.

Estou no meu caminho, eu ainda me lembro dessas velhas e sujas estradas, mais velhas agora depois de anos. Quando avistei o enorme outdoor escrito Bem-Vindos a Gotham, acelerei o carro.

Eu só quero voltar pra casa.

Eu só quero voltar pra casa

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