Capítulo 4- Vamos na Policia

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Alberto

A mensagem me deixa transtornado, de fato eles voltaram e estão atormentando meu amor. Eu jogo o telefone longe, mas percebo que o assustei.

_ Dan, não era a minha intensão de assusta-lo.

_ Eu sei Alberto, então calma.

Daniel sai do meu abraço, e decidimos ir à delegacia.

_ Você tem certeza Alberto? E se não adiantar?

_ Olha, mesmo sendo apenas suspeitas, nós precisamos levar isso para eles. Não quero que aconteça o que já aconteceu da outra vez.

Saio ao lado de Daniel, já esta tarde, mas não quero deixar para o outro dia. Duas mensagens e a segunda ainda com imagem. Não! Não vai acontecer de novo.

Chegamos à delegacia e está tudo calmo. Tinha me esquecido como são as coisas numa cidade do interior.

O policial que estava no balcão vem nos atender.

_ Boa Noite, o que vocês precisam?

Daniel está quieto, e entendo que sou eu que vou falar.

_ Viemos denunciar, meu namorado recebeu duas mensagens o ameaçando e temos forte indício que seja a mesma pessoa que o sequestrou há alguns anos.

O policial percebendo a minha voz um pouco afobada nos leva direto para a sala do delegado.

_ Delegado Augusto, acho que temos um caso para o senhor.

Entramos e eu vejo um delegado que aparenta ter seus 40 anos, um corpo forte e um cara marcada, aquele homem. Eu o reconheço.

_ Boa Noite, eu não conheço vocês?

_ É você, você foi o policial que me ajudou.

Assim que Daniel termina de falar eu consigo me lembrar. Aquela tarde, há seis anos.

O delegado Augusto se aproxima da gente e Daniel o abraça. Aquele homem ajudou a salvá-lo.

_ Sentem - se, o que os traz aqui?

_ Bom, o senhor lembra do que aconteceu há seis anos? Quando você salvou o Daniel?

_Sim, me lembro daquele dia, todos os dias da minha vida. Vocês dois eram um jovem casal.

_ Bom, o mesmo cara que sequestrou o Daniel mandou mensagem hoje, e ele ia ser solto hoje não ia?

O delegado se vira para o computador e digita por alguns segundos.

_ Não, o Frederico está preso. Ele iria ser solto hoje, mas, durante a ultima semana ele se meteu em uma confusão com outro preso. Mas por que vocês pensam que é ele?

_ Olha, as mensagens estavam assinadas com a letra F. e a letra A. O F. era a marca dele.

_ Posso ver as mensagens?

_ Eu quebrei o celular quando a segunda mensagem chegou. Mas ele está aqui, só não sei se vai funcionar.

Entrego o telefone para Augusto que observa como ele está.

_ Bom, acho que o pessoal aqui consegue descobrir o número ainda é talvez o teor das mensagens.

Daniel assim que ouvi a última parte fica vermelho. Não quero que ninguém veja aquela foto.

_ Delegado, tem uma foto na última mensagem que foi da época que Daniel foi preso e não quero que ninguém a veja.

Augusto olha para mim e para Daniel, que nesse momento está quieto.

_ Ok! Vou levar o telefone e avisar que quando abrirem as mensagens, a última é pra ficar fechada até que você a veja e a apague.

Augusto sai da sala levando o celular.

_ E agora Alberto, se não pode ser o Fred, quem é?

_ Não sei, pode ser o Arthur.

_ Sim, mas como ele teria meu número?

_ Não sei, mas ele pode estar no meio.

O delegado volta e pede que os acompanhemos.

_ Olha foi fácil, o celular não estava tão danificado assim. As mensagens foram abertas facilmente. Eu pedi para que todos saíssem da sala. Não sei qual o teor da foto, mas como vocês não querem que ninguém veja. Deve ser algo difícil.

_ Obrigado.

_ Que isso Daniel, depois de tudo que presenciei.

_ O único problema é que o número da mensagem está codificado e não tem como acharmos de onde é. Mas podemos ver o que foi escrito.

Daniel se aproxima e abre a última mensagem sem abrir a mídia. O delegado ler a mensagem e nota as assinaturas. A penúltima mensagem é lida.

_ Bom, vamos começar uma investigação. E se vocês preferirem um policial pode ficar na porta da casa de vocês.

_ Não, eu quero uma vida normal. Não quero reviver tudo de novo.

_ Daniel, eu sei disso, mas não posso sonhar em te perder de novo.

_ Mas...

Eu chego perto dele e dou um beijo de leve em seus lábios.

_ Meu nerd, se algo acontecer com você eu não vou suportar.

_ Mas eu quero minha vida normal como foi nesses anos todos.

O delegado se aproxima da gente e explica que ele pode por policiais disfarçados e que logo já vão descobrir mais sobre o que vem acontecendo.

Deixo a delegacia ao lado de Daniel. O delegado Augusto promete nos ajudar. Aquele senhor sempre está nos salvando...

Livro II- O Professor e o Viajante Where stories live. Discover now