1.O AMOR DE INFÂNCIA

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Olaaaaaa povo, eu sumi, muitas coisas aconteceram que me impediram de fazer o que pretendia que era editar a história e publica-la novamente. Como não consegui, vou retornar da maneira que estava antes, por respeito a todos que gostaram da estória. Desde já minhas imensas desculpas pela demora!!!!

Recordem-se!!!

Por Elisa

MERDA! MIL VEZES MERDA! Foi com essa espécie de mantra que fui dormir e com ele eu despertei.

Onde eu estava com a porra da minha cabeça em ouvir os conselhos da Joana? Que vontade de a esganar!  - Pensei.

A Joana? É só a louca da minha melhor amiga, mas que naquele   momento, poderia classificá-la como a pior de todas.

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Tudo começou quando eu resolvi abrir a minha ENORME boca e pedir a Joana um conselho. Bendita a hora em que eu a ouvi...

Durante todos esses anos, guardei um segredo que eu não havia dividido com mais ninguém, além da Joana, é claro. O fato é, enquanto guardei esse sentimento dentro de mim, trancado a sete chaves, eu transcendia alegria e felicidade, estava esbelta, magnânima, plenitude era o meu sobrenome, estava muito bem obrigada! Ok, nem tanto assim! – Diga-se de passagem – Mas, aquilo era tão torturante, me sufocava de uma maneira, de um jeito... eu precisava dizer a ele (Joana estava certa) antes que eu enlouquecesse de vez a ponto de explodir e cometer uma insanidade (entenda por insanidade algo como pirar geral o cabeção e sair por aí, nua, correndo e gritando: "Olhem para mim, eu sou uma quenga, uma ordinária, uma perdida, uma trouxa..."). A minha vida até parece uma adaptação de uma das histórias de Nelson Rodrigues; achava que não poderia ficar pior, mas a tal lei de Murphy é clara:  "Se existe a possiblidade, por mais remota que seja¸ de algo der errado¸ certamente dará! ", e não deu outra ...

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Sempre dou ouvidos ao que a Joana me diz e fiz exatamente o que me orientou a fazer. Resultado de tamanha confiança: lágrimas, lágrimas, lágrimas e mais lágrimas, um rio de lágrimas; eram tantas, que juro, transbordaria a Cantareira em tempo de seca; fiquei com a cara tão inchada, que mais parecia um Baiacu depois de um Botox. Pai amado! Que merda eu fiz? Me sentia a criatura mais ridícula de todo o universo.

Eu deveria ter seguido a minha intuição e nunca ter dito nada à Alexandre. Agora, ele pensa que sou uma idiota, uma louca, desejando ficar a quilômetros de distância de mim... – presumi em meu pensamento. Mas essa possiblidade era praticamente impossível, já que o mesmo é meu vizinho e meu sócio nos negócios.

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Alexandre, huum... – é o meu amigo desde que me conheço por gente; nós estudamos, brincamos, choramos, nos ferramos e, acima de tudo, ganhamos muito dinheiro juntos.

Sempre fomos os amigos inseparáveis, unidos e o tempo todo juntos. A única diferença entre nós dois é que, desde o primeiro dia em que eu o vi, me apaixonei. Começou com um sentimento puro, inocente, doce, um tanto quanto infantil, diria; mas esse sentimento cresceu junto com a gente, no caso, comigo.

Sempre tivemos os mesmos ideais e objetivos de vencer na vida e nos tornarmos muito independentes. Alex, como costumo me dirigir a ele, é um pouco mais ganancioso, sempre me diz que devemos ser mais sagazes quando se trata em alcançar os nossos objetivos. Ele e essa sua mania de querer e ter tudo, tanto financeiramente quanto pessoalmente, e foi exatamente o que conseguimos, ao menos no meu ponto de vista.

Sempre estudamos e trabalhamos demasiadamente, por vezes, chegamos à exaustão, no limite, mas, admito, ele era o que mais corria atrás, e se fosse necessário, era até mesmo capaz de abrir mão de alguns luxos, situações importantes, momentos únicos para conseguirmos o que nós temos hoje; admiro isso nele, essa garra, toda essa determinação. Contudo, a verdade é que no início era algo sem grandes pretensões, e de repente, quando nos demos conta, já havíamos ganhado um espaço considerável naquilo que fazemos.

Que cor é o amor [CONCLUÍDO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora