23 - O PIOR DOS PESADELOS - Daniel

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Oi leitores lindos!

Peço-vos que, para os que lerão agora o capítulo 23 (em tempo real de publicação), releiam o 22 que fora atualizado!

No mais, confiram esse dramático e revelador capítulo! - Um inanimado, porém tangível objeto importante retorna e volta a nos surpreender!

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O ambiente nunca estivera tão lotado em todo esse tempo que estou aqui... E já faziam quase dois meses! Por um lado, eu estava aliviado por isso. Eu não sabia como agir direito com a Victória após saber de tudo o que eu soube a seu respeito... Minha irritação e tristeza não poderiam ajuda-la. Na verdade, eu não poderia fazer nada por ela e isso me desnorteava. Por outro lado, ter os antigos membros da banda, pela qual Victória também fizera parte, era de uma nostalgia atordoante para mim. Além de me lembrar de como ela era, havia o meu irmão...

Eu já esperava que Natiel fosse pouco me falar, apenas me cumprimentou com a cabeça quando chegou, sem nem retirar a touca. Ele estava bravo comigo por eu pouco me comunicar e não responder a maior parte de suas chamadas. Era preciso, afinal, ele nunca foi a favor da minha vinda para cá. Eu estava evitando todos os sermões possíveis naqueles últimos tempos, até porque eles pareciam mais certos do que as minhas certezas. Eu, também, bem sabia que ele não se dava lá muito com a Victória e até me impressionaria ele ter aparecido para visita-la. No entanto era de conhecimento público que, se havia algo que meu irmão não guardava consigo por muito tempo, era mágoa. Isso me dava esperanças de que ele voltasse a falar comigo normalmente após aquela visita inesperada.

Victória pareceu se animar com a presença dos amigos. Vez ou outra, o tal do Nic lhe falava algo próximo ao ouvido e ela ria divertida e cândida logo em seguida. Os outros se encarregavam de fazer planos para quando ela melhorasse, dizendo que voltariam para as noitadas e a levariam nas melhores que conheceram durante o período de viagens em turnês; Natiel era um dos que mais se animava e atiçava a ideia. Eu não queria pensar, mas isso começava a me incomodar! ... Ela parecia não sentir a minha distância! Mas, era bom assim, afinal ela poderia deixar de ser tão melancólica quando a sós comigo e voltar para a vida e companhias que tinha. Acho que era o que melhor eu poderia fazer por ela; deixa-la com os amigos, com suas confidências e farras. Nós não tínhamos histórias assim! Foi o modo que ela escolheu para superar suas dores do passado e eu passaria a respeitar isso... Quanto a mim, eu tinha que esquecer e também superar a nossa lógica distância. Nossos mundos eram diferentes e eu não podia cair na cilada de acreditar no contrário outra vez.

Decidi sair do cômodo, quando ainda no corredor, ouvi outra voz familiar. E como falava! Adiantei-me para a sala e percebi Helena ouvindo o falatório da Natalie, a namorada do meu irmão Natiel.

– Natalie? – Sorri ameno. – Como vai?

– Daniel!

Percebi a intenção que tinha em se levantar e gesticulei para ficar. Eu sabia da distrofia muscular... Também sabia que, por onde Natiel ia, ela ia também, então não foi lá grande surpresa vê-la ali.

– Quanto tempo não o vejo – falou agitada, me apontando um espaço no sofá para sentar, próximo de si. – Que conta de novo?

Meio sem jeito me aproximei e falei:

– Acredito que você saiba de tudo... Mas, e você?

– O irmão e ela reconstruirão a academia – Helena se manifestou, sorridente.

FRAGILIZADO - Livro 3 [COMPLETO] - Trilogia Irmãos AmâncioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora