— Gente, vou ir encontrar minha mãe, mais tarde eu volto okay? — eles concordam e eu vou para meu quarto tomar banho. Após me trocar ligo para minha mãe, e ela meio que atende instantaneamente.

" Oi filho"

" Você tá livre agora?"

" Daqui a pouco pego meu intervalo, por que?"

" Pode me encontrar naquele café próximo ao hospital?"

" Sim, daqui cinco minutos chego lá"

"Okay, estou indo "

Desliguei a chamada e calcei meus tênis, desci as escadas e após me despedir dos meninos eu fui para o carro. O caminho foi tranquilo, o dia estava normal e parecia morbidamente fofo. Estacionei o carro em frente ao oásis coffe e caminhei lentamente para dentro, pude ver minha mãe próxima a janela no canto direito. Mamãe era elegante, e isso nunca lhe faltava, estava usando uma blusa social e uma calça jeans. Fiquei aliviado por ela não estar de jaleco, acho uma falta de higiene andar com aquilo fora do hospital levando em consideração que você vai voltar em seguida.

— Oi — digo e em seguida me sento a mesa e um silêncio estranho se instala.

— Pedi chocolate quente pra você, e café com creme pra mim — assenti após murmurar um obrigado.

— Como tem passado? — dou de ombros.

— Bem e você? Como está no hospital e o restante? — ela suspira e esfrega as mãos uma na outra.

— Bem, só é meio difícil superar tudo que aconteceu — assenti.

— Sobre isso, me desculpe — digo e ela me fita, suspiro pesadamente e continuo — você não é a única culpada, você se ausentou mas teve motivos sendo que só te dava problemas. Imagino que tenha sido uma merda lidar comigo, principalmente pelo meu comportamento rebelde e imaturo. Eu sei que não deve ter sido fácil aguentar a barra entende? Me criar longe do Richard e depois as meninas, apesar que só fez isso para me proteger e evitar traumas ou problemas. E obrigado por tudo que fez por mim, apesar de ter dado dor de cabeça para você, você nunca me negou nada ou me destratou e eu me arrependo de ter sido um idiota com você mãe — termino e sinto como se um peso enorme fosse tirado das minhas costas, minha mãe está calada mas posso ver seus olhos marejados e ela limpar na manga da camisa.

— Tudo bem, eu amo você mais que tudo, e só prezo sua felicidade — minha mãe diz e aperta minha mão com carinho. Nossas bebidas são servidas, e tomo um gole considerável após soprar para esfriar a superfície.

— E o namoro de vocês? Como está? — por mais que ambas as partes tenham aceitado sem problemas, ainda era estranho falar disso pessoalmente, e sempre ficava envergonhado.

— Bem, vamos viajar para um festival, mas eles ainda não sabem — digo dando de ombros.

— Sim, eu recebo a fatura do seu cartão — ela diz com um sorriso divertido, e sinto minhas bochechas esquentarem.

— Vou para universidade com Caio — ela me encara e parece surpresa.

— Sério? Já sabem qual curso? — assenti.

— Vou fazer Administração e o Caio me surpreendeu escolhendo moda — ela sorri.

— Já posso até imaginar uma guarda roupa exclusivo — franzi o cenho com a ideia de minha mãe escravizar meu namorado.

— Lou já está no último ano, então logo ele também vai estar na universidade — ela assente.

— Sim, e também poderá revogar o domínio da empresa que está com os acionistas, mas uma grande parte eu estou administrando também — ela dá de ombros e eu sorrio, doutora bruna mil e uma utilidades.

Um Amor ProibidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora