SÓ O TEMPO... 🔞

Cap 4 Ainda dói.

— Nossa Maria! que susto! Vamos embora.

— Quem a senhora queria ver?

— Um amigo que eu não vejo a muitos anos. Meus olhos se enchem, mas respiro fundo e guardo a agenda. saio com Maria me olhando desconfiada.

Já em casa...

—Homens da minha vida, chegamos.

— Dá um beijo aqui no pai Maria. -Fala Toni entrando na sala.

— Mamãe, eu nunca vi você namorando ninguém.

Opa! De onde saiu esse papo agora?

— É mesmo filha? Então veja o beijão que vou dar na sua mãe agora.

António encosta seus lábios no meu rosto por alguns segundos e pergunta:

— Satisfeita agora mocinha? Cadê meu beijo?

— Não valeu.

Ela pula no colo dele e beija muito o seu rosto, no fim beija seu olho e diz:

— Te amo muito paizinho, nunca vamos te deixar tá?

— Por que está falando isso Filha? —  Toni pergunta o que eu também quero saber.

O que está acontecendo com a Maria?

Ela pensa respira e diz:

-— Hoje no recreio, a professora Ágata, perguntou com quem íamos viajar, ai eu disse, que íamos meu pai, minha mãe, meu dindo e minha dinda Carla.

— Sim, e o que tem isso demais?
— Questiona António.

— Ela disse para a tia da cantina que você não era meu pai.

Ela se cala abraça ele é chora.

— Maria, mamãe já conversou com você, lembra?

— Lembro mãe, mas eu não tenho outro pai, eu nem conheço esse tal de Eduardo, ele fugiu do Brasil e deixou a gente aqui.

— Maria, ele não fugiu filha. Ele foi estudar, já te expliquei isso.

— Foi e nunca mais voltou, eu o odeio, ele nem me viu nascer, te deixou sozinha.

Desce do colo de António e vem me abraçar, só ai percebo que estou chorando.

— Sua mãe não ficou sozinha, eu e Quim vimos você nascer esqueceu? E foi o melhor presente de nossas vidas.
Ele se afasta vai até o aparador e pega o porta retrato.

Nele tem uma foto de nos dois saindo com ela da maternidade.

— Está vendo Maria como estávamos felizes com o seu nascimento, vamos esquecer isso okay. Lembre-se que você é muito amada por nós.

— Eu sei pai, ele não vai voltar né? Eu nunca quero saber dele, nem ouvir o nome dele, se ele não sabe que eu existo, eu também não quero saber que ele existe.

Continuo calada chorando em silêncio.

—Mamãe não chore eu estou bem e te amo mais que tudo nesse mundo. -Beija meus olhos. -Agora cadê minha gargalhada em mãe?

— Te amo mais filha. -minha bebê está crescendo. -Agora vamos tomar aquele banho gostoso que está um calor danado, hum! Cê tá fedendo. - Brinco com ela.

— Tô nada! Sou uma jóia muito cheirosa.

—É mesmo! Minha jóia preciosa e cheirosa. — falei sorrindo alto.

Ao ouvir minha gargalhada os olhos dela brilham e vejo nitidamente ela relaxar. Ainda bem meu Deus!

— Filha vai indo tomar banho, que vou conversar com a sua mãe. — Pede Toni.

Assim que Maria sai ele fala:

-Quero Ágata na rua segunda-feira.

— Deixa aquela cobra lá, ela tem a mãe doente para manter.

— Vou mandar Clara(diretora) ficar de olho nela, na próxima ela está fora, ela sabe que você quem você é, e mesmo assim fica no seu pé. Eu que sou o dono daquela porra!

— Se acalma Toni. Acho que ela me trata assim porque tem uma queda por você.

— Já percebi. No entanto, aquela lá não me quer nada, ela quer é a diretoria.

Depois de rirmos juntos falo:

-Deixa eu ver Maria, ou então ela acaba com à água do planeta.

Ele me abraça forte e segura meu queixo .

— Te amo Carol, você sabe, te amamos preta.

— Também te amo muito.

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