Ceci e Duarte - Parte Final Feliz

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liiafrica Achei que letra da música combinou e essa versão rock do HIM é um charme.♥


Mais tarde naquele mesmo dia, ele desceu à área de vendas e trouxe um pão de queijo para ela, segurou em seus dedos delicados e a olhou triste. Uma semana depois, permitiu que encerrasse o aviso prévio deixando-a sair de perto dele. Quem ficou no mercado sentiu a alteração do humor daquele homão, que estourava fácil e diante de tantas reclamações sobre sua namorada Paola, se obrigou a dar uma "chamada" nela.

— Antes quando a Cecília ajeitava aqui em cima, você só implicava e falava que pela aparência dela devia ser usuária... Pediu para eu dispensar a moça umas cinco veze e disse que estava na hora de passar mais tempo aqui me auxiliando.

— Eu não vou trabalhar como sua contratada.

— Sim, mas um dia a gente vai casar e como que fica.

— Casamento é casamento e negócios são à parte. Não vou trabalhar no mercado nunca.

— Tá. E porque fica se metendo e plantando a discórdia aqui dentro? Nem apareça mais durante o dia.

— Por mim, eu fico mesmo longe dessa merda aqui. Você nem tem tempo pra mim, é só esse mercado. Olha tomara que nunca consiga abrir uma filial ou é capaz de morrer logo em seguida.

— Onde você vai?

— Não te interessa.

— Acabou de dizer que não é pra eu vir aqui de dia e estou dando glória e graças a Deus.

Paola saiu da sala do namorado e bateu a porta. Duarte não deixou de se sentir culpado por deixar a mulher sair daquele jeito. Nunca havia traído Paola, não era desse tipo de homem. No entanto, quando pensava em mulher, em abraçar alguém, convidar para um programa mais calmo que não envolvesse as baladas caríssimas que a namorada cultuava, enfim, ele pensava em Cecília...

— Lia... — Falou baixinho o nome dela, sorriu ao lembrar-se de como a conhecera. A doçura e o carinho com o qual ela cuidava daquela pequena recepção perto do seu escritório. Os lisos e longos cabelos verdes, as tatuagens, sendo que umas ele não conseguira ver por inteiro e morria de curiosidade. 

Mas o que mais lhe encantava era o rosto de menina.

....


Um ano depois...

Muitas pessoas sonham em ser empresárias. Olha de novo o glamour em cima do empresário. O cidadão dono de um comércio varejista que fatura uns duzentos mil tem pelo menos uns cinquenta por cento desse valor de contas a pagar referente ao estoque, depois tem a folha de pagamento, impostos, retirada do sócio para despesas pessoais e finalmente o lucro liquido que deve chegar perto de uns trinta mil, depende do regime, claro... 

Duarte, sendo um homem centrado conseguiu manter-se mesmo quando uma rede atacadista se instalou na redondeza. Viu seu movimento despencar, precisou demitir e queimar um pouco do estoque da empresa. Seu relacionamento acabou desgastado até dissolver e a separação fazer muito mal a ele.

Perdeu muito sono, perdeu a namorada, uns quilos e saúde. Não deixava de ser um cara muito atraente e charmoso, no entanto seu rosto não demonstrava muita felicidade em viver o dia a dia. 

Pensou em vender o mercado e ao mesmo tempo gerencia-lo para o seu primo Braz, que é forte na região litoral norte do estado. Seu primo lhe apoiou e aconselhou a segurar por mais um tempo que tudo daria certo.

Duarte e Braz tinham apenas cinco anos de diferença, sendo Braz o mais velho e eram primos por parte de pai. Também eram muito parecidos fisicamente, ambos bons representantes de urso. Tinham amizade, mas pouco contato devido às próprias rotinas com seus estabelecimentos.

Mini Romances - LightWhere stories live. Discover now