"Alô? Quem está falando?" (parte 3/3)

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Relatório deixado pela polícia:

"Às 2:16 da madrugada recebemos uma ligação de uma senhora (que pediu para manter o anonimato), afirmando ouvir gritos e sons de tiros vindos da casa vizinha. Mandamos uma viatura com poucos policiais para cuidar, momentaneamente, da situação.

Após realizarem uma rápida busca ao redor da casa, ouviram um barulho vindo do jardim e encontraram um homem (descoberto posteriormente como Jonathan Carter) trancado no porão da casa. Sua roupa estava toda ensanguentada e ele segurava uma pistola na mão direita, ao mesmo tempo que olhava fixamente para a parte mais escura do pequeno cômodo.

Após senhor Carter ser levado ao hospital, uma dupla de investigadores chegou ao local.

Foram encontradas algumas armas de fogo escondidas nos móveis do quarto, além da presença de sangue nas paredes e no chão da cozinha. No bolso da roupa da vítima foi encontrado um celular com a tela trincada.

De acordo com o relato dos vizinhos, um casal havia se mudado há poucos meses para a casa ao lado, e em algumas noites da semana era possível ouvir sons de objetos sendo quebrados e móveis sendo revirados."

Segunda parte do documento (após 15 dias do ocorrido):

"Para obtermos mais detalhes do situação, pegamos algumas amostras do sangue encontrado na cozinha e nas vestimentas de Jonathan Carter. Foi descoberto que o tipo sanguíneo é o mesmo do próprio senhor Carter.

O psiquiatra responsável por cuidar da vítima afirmou, após alguns exames, que ele tinha transtorno de dupla personalidade, justificando, portanto, os cortes encontrados em seu corpo e no cômodo da residência e seu problema de insônia (que poderia ter levado ele a ter delírios e alucinações).

Procuramos também investigar a respeito de sua suposta esposa, Evelin Carter, descrita pelos vizinhos como uma mulher loira, pele e olhos claros e de altura mediana. Entretanto, não encontramos nada a respeito de seu paradeiro ou qualquer documento no qual podemos identificá-la com mais clareza.

Após alguns testes o celular que foi descoberto não apresentou nenhum sinal que pudesse ligar novamente. E o seu interior estava quase totalmente danificado. Nada pôde ser recuperado.

Na casa, realizamos uma última busca em seu interior e exterior, porém nada que pudesse fornecer uma pista importante foi encontrado. O porão estava completamente vazio, sem rastros ou qualquer indício da presença de sangue.

Nenhum corpo foi encontrado na casa ou nos arredores da residência."

Não Leia Este Livro!Where stories live. Discover now