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Suspirei pesadamente retornando a BradFord depois de alguns meses após a morte de Arthur, iria visitar Bruna e meu filho, William estava próximo a completar um ano de idade. Um marco importante, e também iria ver Caio que nos meses seguintes completaria a mesma idade também.

Entrei pelos fundos para não fazer alarde, e encontrei Bruna na sala cantando uma música bem baixinha, o menino nos braços dela brincava com um brinquedo de borracha, era uma gargalhada tão gostosa, tão confortante.

- Oi - digo sentando na frente dela, e ela me olha triste, o que era de se esperar.

- Ele cresceu - digo esticando os braços enquanto ela me entrega ele.

- Você está tão lindo, olha só essas bochechas, nunca entendi porque bebês tem cara de joelho, mas você é o joelho mais lindo que já vi - digo ele me encara com aqueles olhinhos enormes, bruna ri e eu acompanho.

- Acho que ele está te dando um corretivo - ela diz e percebo algo morno molhar minha blusa.

- Oushi, que menino mijão - digo rindo e devolvendo ele pra bruna.

- Simon me procurou - ela diz cansada e meu corpo trava.

- Como assim? Nunca ele soube que eu tivesse família nem nada - ela dá de ombros.

- Ele seguiu vocês, ao que tudo indica ele já iria entregar vocês dois - assenti.

- O que ele queria? - pergunto enquanto ajudo ela trocar o bebê que não fica quieto um segundo.

- Um acordo com você, mas ele não me disse nada - assenti.

- Vou encontrar ele, não se preocupe tudo bem? - ela sorri me dando um beijo e em seguida sobe as escadas, acompanho ela até o quarto azul, cheio de coisinhas para criança. Sorrio ao ver que eu era pai, era uma sensação estranha e tão boa. Meu coração apertou ao lembrar que nesse exato momento existe outro garoto que não teve a mesma sorte que William.

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- O depósito na sua conta foi certinho? - laura assentiu.

- Tudo bem, como estão as coisas? Está precisando de algo pro Caio? - pergunto enquanto seguro o menino no meu colo.

- Estão bem, não se preocupe - assenti segurando caio contra o peito - laura me fitava, tinha algumas olheiras embaixo dos olhos, imagino que esteja sendo difícil para ela.

- Vou ir encontrar Simon, ele propôs um acordo e preciso descobrir o que é - ela balança a cabeça concordando.

- Se cuida por favor - assenti.

Fiquei mais algumas horas conversando e ajudei ela a dar papinha para Caio, liguei para Simon de um celular descartável e marcamos um ponto de encontro distante. Deixei minha pistola na barra da cintura caso fosse preciso.

- Richard, quanto tempo - ele diz sorrindo.

- Cara, se fode, me poupa de formalidade eu deveria encher você de bala, o que você quer? - ele riu e se sentou em um pedaço de tronco.

- Propor um acordo, bom quero que saia de Brad Ford, suma no mapa e nunca mais retorne. Meu pai soube da merda que fiz, e estou servindo feito um desgraçado. Mas o que isso tem haver? Quero que sofra assim como estou sofrendo por estar longe da minha família - ri, gargalhei até lágrimas se formarem nos meus olhos.

- Não mesmo, meu filho está prestes a completar um ano - ele deu de ombros.

- Não ligo, apenas pense que seria trágico laura sair para passear e por acaso uma bala perdida atingir ela, ou pior, que triste seria o carro da bruna explodir enquanto ela leva seu filho para passear - meu sangue gelou, eu não podia recorrer a máfia pois me desliguei, sendo assim não podia pedir nada.

Um Amor ProibidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora