Me respeite, seu chinês safado!

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É como dizia aquele ditado: "se correr,o bicho pega. Se ficar, o bicho come". E se tinha uma coisa que eu queria fazer com Zhang Yixing, era pegá-lo e/ou comê-lo. Não no sentido safadenho da coisa gente. No sentido de bater e de morder pra machucar mesmo.

A muito tempo esse infeliz mexe comigo, e não do tipo "ah meu Deus, meu coração vai explodir perto dele". Não! É do tipo "ele vai acabar me fazendo matá-lo enfiando uma caneta nesse pescocinho lindo e imaculado que implora marcas". Ok, a última parte pode ser esquecida.

Zhang Yixing é a prova de que Deus é justo, porque não consigo encontrar outra explicação cabível para ter um embuste desse em minha vida. Eu já pedi perdão a Deus muitas vezes por ter xingado a idosa que me acordou pra sentar no meu lugar no ônibus, por ter empurrado um bêbado que se escorou em mim, e principalmente por ter deixado meu chinelo virado. Mas parece que o rei dos reis decidiu que seria bom eu sofrer um pouco pelos erros que cometi.

—Hey, Junma. Por que sua cara de idiota está mais aparente? Tá pensando em mim? —o infeliz é audacioso, como é possível perceber. O pior é que eu realmente estava pensando nele, o que anda acontecendo bastante. Senti meu rosto ruborizar e mostrei a língua —Quem mostra a língua, pede beijo, Junma. –okay, eu olhei para a boca bonita dele,e senti 0,01% de vontade de saber como é beijá-la.

—Hyung, Yixing. Me chame de Hyung. Minha mãe não teve o trabalho de me parir antes para você não me respeitar, estrupício. —Revirei meus olhos — E sim, estou pensando numa forma de te matar, asfixiado, talvez.

—Você pode me beijar até ficar sem fôlego, Junma Hyung. —Sorriu exibindo aquela covinha ridícula na cara, me fazendo ficar semelhante aquela menina estranha do EXO Next Door.

—Parem, seus ridículos. —Jongdae bateu em nossas cabeças.

Yixing, Jongdae e eu, somos vizinhos desde pequenos, crescemos brincando na rua e aprontando na vizinhança. Bom,pelo menos era o que Jongdae e eu fazíamos, até o fatídico dia em que a família Zhang, com toda sua estranheza, decidiu mudar-se para uma das casas da rua, o que resultou num furto de melhor amigo.

Jongdae e eu sempre fomos melhores amigos, desde bebês. Chen, o apelido do meu amigo, sempre foi a pessoa em que eu mais confiava para todas as situações. Ele sempre estava comigo quando eu precisava, e eu sempre estava lá para ele. Nós dois éramos grudados, inseparáveis... Até Yixing chegar.

Quando o caminhão de mudanças apareceu na casa 525, Dae e eu ficamos animados com a ideia de termos um amigo para brincar, afinal mesmo sendo grudados, sempre fizemos amizade fácil. Quando um garotinho de cabelos negros, a pele um pouco mais morena que a nossa e uma covinha fofa na bochecha surgiu na nossa frente falando um coreano embolado, imediatamente o puxamos para nós.

Yixing era ingênuo, sempre acreditando nas histórias malucas que Jongdae contava, era até fofo. E mais, além de ingênuo, o chinês também era criativo, e sempre inventava as melhores histórias na hora da brincadeira.

Nós dois convivemos bem pelas duas primeiras semanas após a mudanças. Mas então, eu comecei a notar algo. Jongdae e Yixing ficaram mais próximos, e começaram a me deixar de lado em tudo, até nas brincadeiras de papai e filhinhos. Eu era o papai, ninguém ignora o papai!

Então simplesmente comecei a odiar Yixing, ele estava sempre tentando roubar meu Chen, seja o levando para a casa estranha dele e ouvindo as histórias malucas da tia —também estranha— dele, ou então, pedindo para sua mãe, uma senhora bem legal e que eu gosto muito, fazer as comidas preferidas do meu nenê, vulgo Jongdae.

Jongdae sempre arrumava um jeito de me colocar nos planos, alegando que éramos um trio de amigos. Tão inocente.

Meus sentimentos em relação ao chinês só pioraram, principalmente quando me descobri apaixonado pelo meu melhor amigo.

Me chame de HyungTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon