XXVI.✓

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Acaricio os cabelos avermelhados da Cee e sorrio, mas meu coração aperta ao lembrar do Chris e do bebezinho que eu antes carregava. Meus filhos. 

— Di? — Myrcella senta na cama coçando os olhos. — Melhor nós sairmos daqui, Deus, perdi a hora! A Barbara deve estar chegando. — Suspira levantando e eu vou atrás, mas antes que eu possa levantar da cama, a porta do quarto abre e a Barbara entra nos encarando aparentemente impaciente.

— O que estão fazendo aqui? — Engulo a seco.

— Desculpe, eu acabei me distraindo enquanto mostrava a casa pra ela — Myrcella diz. Barbara revira os olhos.

— Que seja, agora venham — sua voz sempre é autoritária e intimidadora. Ela se vira e começa a andar, Myrcella me olha com os olhos arregalados e me puxa seguindo a Barbara.

Chegamos até o quarto deles onde Cee disse que era proibido entrarmos sem autorização. Barbara entra e vamos atrás, quem está na cama é o Armand, ele me encara e sorri. Meu estômago embrulha ao lembrar do que ele fez comigo e com meu bebê, além da Lorena que ele atirou e matou. Barbara senta no colo dele e ele a abraça, ela me encara fixamente e começa a falar:

— Você ainda vai passar por alguns exames médicos para saber se restou alguma coisa da criaturinha que carregava. — Myrcella me olha de olhos arregalados, eu abaixo a cabeça tentando não chorar. — E depois disso, vai passar pelo nosso processo seletivo. — Franzo a testa. — Enquanto isso permanecerá naquele quarto com alguém a acompanhando se precisar ir ao banheiro, e levando sua comida. Agora vão!

Saímos ligeiramente, Myrcella segura meu braço quando eu começo a andar mais rápido, suspiro e a encaro.

— Você estava... grávida? — Afirmo lentamente. — Oh, meu Deus! — Ela encara minha barriga. — Eu... Eu não fazia ideia! Sinto muito, Di. — Me abraça com força, com seu jeito espontâneo e carinhoso. Sorrio agradecendo.

°

— Na verdade seria meu segundo filho — falo quando entramos no meu mais novo quarto, Cee volta a arregalar os olhos.

— O quê?!

— Eu tenho um bebê... Um menininho. — Meu sorriso é automático.

— Di... — Vejo os olhinhos azuis escuros dela brilharem.

— Ele é um amor, Cee. É loirinho como o... Ivan. — Ela faz uma careta. — Isso foi a única coisa boa que ganhei com tudo isso. Meu bebê. Mas é a melhor criança do mundo!

— Mas ele...? Onde está?

— Christopher. O nome dele é Christopher, Chris. — Ela sorri. — Ele ficou com o Ivan, mas ninguém fez nada com ele graças a Deus. Não suportaria continuar vivendo sabendo que fizeram algo com meu filho. — Balanço a cabeça negativamente me livrando das imagens ruins. — O Ivan disse que cuidaria do Chris e não o transformaria em alguém como ele. — Cee franze a testa.

— Como assim?

— Não sei ao certo... Foi o que o Ivan disse. — Suspiro. Ela assente. — Sabe o que a Barbara quis dizer com "processo seletivo deles"? — Faço aspas com os dedos.

— Infelizmente sim. — Seus ombros caem e sua expressão é triste. — Eles vão... te olhar, cada detalhe. Das cabeças aos pés e se gostarem do que veem, você... Bom, você vai ter que fazer sexo com o Armand.

Minha boca se abre em surpresa.

— Oh... Você passou por isso? — Ela assente suspirando.

— Algo assim.

Insano✓ - Livro 4 da série Corrompidos. حيث تعيش القصص. اكتشف الآن