21. Sou Obrigado a Viver

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OI, GENTE. DESCULPA O ATRASO!!!! A Beula ta totalmente atolada e sem tempo nenhum de escrever, socorro! Tenho três coisas pra falar:

1. Vocês já foram ver minha página de fotografia no Facebook? É só colar beulasartes depois do link normal do FB. (https://www.facebook.com/beulasartes/)

2. Leitores! Vocês gostam de histórias sobre serial killers? Conhecem o quadrinho Dahmer? É muito massa e baseado em uma história real! Aqui um texto bem legal sobre ele: http://sentaai.com/dahmer-e-o-mundo-psicotico-dos-serial-killers/

3. Eu sei que alguns não entenderam o que aconteceu com a Tessa, desculpa se não ficou claro. Não sei também se a personalidade dela ficou clara pra vocês. Eu não vou contar a história dela, isso vocês imaginam. Só sinto muito, eu a adorava. Sei que apareceu pouco, mas o sentimento do Cícero era forte e parecia que ela estava conosco o tempo todo. 

ENFIM.................. 

Beijos com gosto de chocolate <3


Às vezes, sinto necessidade de um botão de desligar. Mas não sei se seria para me desligar de tudo, ou desligar tudo de mim.

Desligar a dor, principalmente.

Às vezes, apenas preciso disso. Só um botão.

Só por alguns segundos.

Nunca havia perdido alguém.

Acho que é a pior dor que existe. Ela não te atinge em um só lugar. Ela toma conta de tudo. Ela te rouba a vontade de viver e, de repente, você precisa sumir. Repete para si mesmo que deve seguir em frente, mas não consegue. Existe aquele muro que te impede de continuar, um muro cheio de espinhos.

Nunca pensei que fosse perder alguém tão cedo. Eu sei que um dia todos nós vamos morrer e que é a ordem do universo. Eu sei que vou perder meus pais quando já for adulto ou bem mais velho, também sei que uma hora alguém vai me perder.

Nunca pensei que fosse perder alguém no Ensino Médio. Nem que essa pessoa fosse minha melhor amiga e que eu já tivesse me apaixonado por ela. Nem que essa pessoa fosse Tessa.

E a dor me consome de uma forma inexplicável.

Faz mais de duas semanas que praticamente vivo como um zumbi. Acho que nem tive férias. Acordo, chego atrasado no colégio, encaro os cadernos sem anotar coisa alguma. Sou obrigado a falar com a mesma psicóloga que atende Eduarda, meu melhor amigo e todos os amigos próximos de Tessa, mas mal abro a boca. Gregório tenta conversar comigo, mas nem ele parece estar em condições de me consolar. Ele também precisa disso.

Então volto para casa, me arrastando pelas ruas e subo para o quarto. Não preciso mais supervisionar minha avó - recebi folga -, tendo assim, tempo de sobra para me afogar no desespero que é estar se sentindo esmagado.

Ouço música o dia inteiro. Faço os deveres que valem ponto, mas não estudo para prova alguma. Só quero que acabe logo a tortura de ir para o colégio e não ver Tessa lá.

Não vou mais à loja de discos, também. Não que antes eu fosse frequentador assíduo de lá, mas diminuí mais ainda minha cota de idas. É torturante. Principalmente porque a loja é da família dela.

Poderia ter parado de ouvir música, por me lembrar tanto de Tessalia, mas, sinceramente, é a única coisa que me mantém vivo. Ouço Blur tentando recordar todas as vezes que ela cantarolou algum verso, mas foram poucas as vezes. Ela adorava música, isso era um fato. Cantar já era outro assunto.

Cícero Quer Ir à Praia [completo]Where stories live. Discover now