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Olá, só gostaria de dizer que se você for cardíaco recomendo que você leia devagar, e espero não ter pegado muito pesado ou até ter sido muito demais. Porém, pode ser meio forte...

Boa leitura amores!

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Todos nós seres humanos temos nossas preferencias, a principal é com dias da semana, você leitor pode odiar a famigerada Segunda-Feira e amar nossa querida Sexta-Feira! (NA: Sextou) . Ou você pode ser um alien e gostar de Terça-Feira, nunca se sabe... Porém, nossa querida Galek odeia, Quinta-Feira, por motivos óbvios, explícitos e amedrontadores...

A manhã estava sendo estressante, ela sempre acordava aérea e levemente receosa sobre como seria o dia, toda semana era a mesma coisa, porém diferente. Sua ansiedade a fazia imaginar todas as possibilidades e ramificações dos acontecimentos, tudo e nada poderia acontecer naquele lugar. Isso era o que mais a assustava. Ver aquele rosto novamente. Suplicava internamente que ele estivesse de bom humor, mesmo que no fundo, não se ajuda em nada.

O turbilhão em sua mente a atordoava, até para conseguir se arrumar, estava em pé se olhando nua no grande espelho, em meio ao caos pelo closet. Calças jeans no chão, camisetas espalhadas e meias por todo canto.

Sua visão a desagradava como sempre, mesmo comendo menos nunca emagrecia o suficiente. Seu corpo nunca lhe caíra bem, todas aquelas... Lembranças.

Flashes incômodos que insistiam em passar por sua mente.

Marcas em sua pele... Os pulsos escuros das amarras, os cortes distribuídos pelo corpo, os furos em seus braços a lembravam que hoje mais estariam por vir. Uma lembrança ruim para um ser inocente.

Ao chegar, na cozinha, Linda estava preparando o café da manhã como de habitual. A mulher mais velha achava engraçado a afobação da garota, era sempre assim.

- Porque não come? O táxi já vai chegar, se acalme minha menina.

- Eu não consigo! Me sinto extasiada e ao mesmo tempo ansiosa. - Ela tamborilava os dedos em cima da bancada.

- São apenas exames de rotina, normal da semana. - Ela respondeu passivamente. - Fique tranquila, sempre é a mesma coisa.

A menor apenas assentiu, gostaria de poder compartilhar isso com a mulher, dizer a verdade sobre o que acontecia naquele lugar... Porém, as marcas da punição por abrir a boca, ainda lhe assombravam...

- Sim... A mesma coisa...

Pode se ouvir o som de buzinas vindo de fora, a garota pegou a mochila e o almoço preparado pela empregada e saiu pela grande porta, ao ver o veículo que a esperava adentrou o mesmo, cumprimentando o motorista com um maneio de cabeça. Colocando os fones de ouvido para apreciar a paisagem cinzenta. A batida se tornou contagiante aos poucos, a letra era inspiração para um filme mental.

Weep for yourself, my man

You'll never be what is in your heart

Weep little lion man

You're not as brave as you were at the start*

Os prédios passavam rapidamente pelo vidro do veículos, se distinguindo apenas pelas tonalidades de cinza, todos grandes com vidros reluzentes e imponentes. Inalcançáveis. As pessoas caminhavam pela rua rapidamente, automáticas, robóticas e inertes a qualquer coisa. Completamente alienados a todo o caos acontecendo. Ignorantes sobre oque realmente são e como chegaram ali. As vezes a mesma queria ser assim. Ignorante. Ela considerava a ignorância como uma das maiores virtudes do ser humano, a inocência de uma criança de achar que a vida pode ser simples e boa.

ColorsWhere stories live. Discover now