Colors

O Instituto

A manhã estava fria e preguiçosa, um perfeito dia para não se fazer nada, Galek dormia tranquilamente abraçando Naya. Tudo parecia estar em uma tranquilidade confortável... Mas nada que é confortável dura por muito tempo.

O alarme do celular soou barulhento e estridente, Naya acordou prontamente e latiu para o aparelho na mesinha ao lado da cama. Galek acordou assustada caindo da cama, ela gruniu e procurou o aparelho que estava no criado mudo o desligando, suspirou fundo e tirou o edredom do rosto vendo Naya sorrindo em cima da cama, a cachorrinha ao ver o rosto da dona pulou em cima de Galek que xingou baixinho pelo peso do animal em cima de si.

- Bom dia para você também filha. - A garota acariciou o pequeno filhote sentado em seu torso.

Ela se sentou colocando Naya no chão e levantou jogando os edredons em cima da cama, se dirigiu até o banheiro para fazer suas higienes, indo em seguida para o closet. Vestiu seu habitual moletom, jeans e tênis, se olhou no espelho com uma cara de insatisfação pensando consigo o quanto não era bonita como as outras garotas. Em uma tentativa falha tentou arrumar os cabelosos deixando cacheados e desgrenhados. Se olhou novamente e sorriu, pelo menos estava apresentável.

Ao sair do closet pegou a mochila e se dirigiu a porta segurando na maçaneta, olhou para trás dando uma ultima olhada no quarto, viu uma Naya dormindo, um Ciel estava da mesma maneira e Zeus estava nadando pelo aquário, suspirou e se despediu de seu santuário. Foi em direção a cozinha, a casa estava vazia e Linda ainda dormia, ela abriu a geladeira pegando uma maçã, lavou a fruta e mordeu, ela iria sobreviver o dia todo apenas com ela. Pegou seu celular e as chaves e saiu pela grande porta.

Andar pela cidade fazia Galek relaxar, ela gostava de apreciar as paisagens e as pessoas para desenha los depois, era um hobbie interessante. Estava no quarteirão do instituto, poucos metros a frente estava o parque, ao chegar na esquina do grande prédio ponderou, ainda faltavam 5 min para bater o sinal ela podia não faltar... Mas ver Cassia era tentador... Ela estava parado olhando para os dois caminhos quando um grupo de alunos passou, uma garota a olhou e sorriu debochado, fez sinal para que se aproximassem da menor.

- Olha se não é o nossa preferida! Vai faltar? Que feio, sua mamãe não gostaria disso. - O grupo que estava com ela gargalhava.

Galek se encolheu recuando até encostar na parede, sua respiração começou a acelerar.

- Hey S, ela merece uma punição por não ser uma garota obediente! - Um dos garotos gritou e todos riram mais.

A menor apenas fitava o chão buscando o ar que parecia cada vez parecer mais escasso. A ruiva chegou perto de Galek e levantou seu rosto ficando centímetros da garota.

- Temos que cuidar dela lembram? Se não nao iremos ganhar a grana. - Segurou o queixo da menor.

- Eu lhe disse que eu cuidaria de você, amor. - Ela soltou o queixo de Galek e saiu andando parando na metade do caminho.

- Rapazes por favor tragam ela. - Olhando por cima do ombro pegarem os braços da menor que se debatia. - Vamos leva-la até a sala, eu me encarrego de avisar a Senhorita Val que ela terá uma visita. - Continuou andando até a entrada do grande edifício.

Não era possível ver cores, mas um branco reluzente predominava o edifício, Galek estava sendo levada pelos braços com as pernas arrastando pelo chão de de mármore reluzente.

Cada sala que eles passavam podia ser visto alunos impecávelmentes vestidos, assistindo a aulas de como seguir um padrão em posto, manipulados a absorver ideias falsas e a deixarem que outros pensem por si. Algo como lavagem cerebral.

Ela nunca tinha assistido as aulas com os outros, apenas tinha aulas particulares , e algumaa com a Senhorita Val... Aquela mulher lhe dava arrepios, sua estatura alta e magra lhe davam um corpo digno de uma modelo, sustentava sempre um sorriso contido e um olhar caloroso, passando despercebido como uma boa professora, mas seus métodos de ensinos eram amedrontadores. Para os outros apenas uma psicologa e conselheira do instituto e para Galek, sua carcereira.