Eu o amava, nunca deixei de ama-lo. Mesmo com todas as confusões que ocorreu no nosso passado, nunca deixei os sentimento de lado, por mais que dizia e me esforçava para jogar fora.

Depois de um tempo pensando em tudo, resolvi perguntar para ele, para saber se estava bem mesmo. Optei por ligar.

_ Eddye!
_ Oi, Audy _ disse meio para baixo.
_ Eu queria saber se você está bem mesmo, em relação ao que me disse _ ele parecia nervoso.
_ Estou sim, foi só um surto estranho _ falou inseguro e apreensivo.
_ O que eu disse é verdade, ela pode te corresponder sim.
_ Acha mesmo?
_ Acho. E eu estou indo te ver em uma semana _ falei alegre.
_ Sério?!
_ Sim. Ficarei quatro dias ai, é o suficiente? _ ri.
_É sim _ falou euforicamente.
_Tudo bem, eu preciso desligar, só liguei para falar isso mesmo.
_ Ok. Nos vemos em uma semana?
_ Uma semana.
_ Tudo bem então, até mais.
_ Até.

O meu coração palpitava. Uma semana.

O grande dia chegou. Eu estava ansiosa e nervosa, pois tudo poderia tomar um rumo. Eddye iria pedir para alguém me buscar no aeroporto, o que ficaria mais fácil, já que nunca sai do continente.

_ Obrigada por me trazer no aeroporto, Chris.
_ De nada. Está ansiosa? _ perguntou sorridente.
_ Eu não tenho especificação para explicar o que eu estou sentindo _ ri.
_ Espero que de tudo certo.
_ Espero que sim.
_ Vai dar.

Logo a famosa voz do aeroporto indicando o voo preencheu o saguão.

_ Bom, é hora de ir _ abracei ela.
_ Me ligue quando quiser e precisar.
_ Ligo sim.
_ Só não esquece do fuso horário. Não quero acordar com você me telefonando de madrugada _ riu.
_Tudo bem.

A viagem seria bem longa e cansativa, então forneci para mim mesma um kit de sobrevivência, que era baseado em livro, filme e ipod. Antes de decolarmos, mandei uma mensagem para Eddye: "Estou indo. Te vejo em breve :) x Audy."

A viagem foi tranquila no final de tudo, entretanto nunca pensei que seria tão demorada. Usei todo o meu kit e por fim sem ter nada para fazer, acabei adormecendo. Acordei com a aeromoça dizendo que estávamos chegando, então arrumei as minhas coisas e esperei.

Ao sair, peguei a minha mala e fui  procurar de quem iria me buscar. Alguns minutos se passou e eu não vi ninguém. Tentei ligar para Eddye mas ele não atendia. Mandei uma mensagem mas ele não me respondia. Minha única solução seria pegar um táxi e ir para a casa de show onde ele iria se apresentar.

Chegando na casa, o lugar era imenso e eu mal sabia por onde procurar por ele. Vi um segurança e fui em sua direção.

_ Olá, eu sou amiga do Eddye, eu vim de Framlingham para me encontrar com ele. Pode me dizer a onde ele está? _ o segurança era bem alto e moreno e também não tinha uma feição amigável, era típico.
_ Essa é velha _ disse em um ar de riso.
_Oi?
_ Pode se retirar,por favor _ falou em um tom nada simpático.
_ Não, eu estou falando sério... eu _ avistei Stu ao longo do corredor que o segurança me barrava e o chamei _ Stu! _ ele me avistou e veio na minha direção.
_ Você conhece ela? _ perguntou o segurança ainda desconfiado.
_ Sim, é amiga do Ed.
­­_ Sinti muito, isso é muito comum _ sorriu.
_ Tudo bem, eu entendo _ sorri e segui Stu pelo corredor.
_ Não sabia que era hoje que viria.
_ É sim. E como vai? Faz muito tempo que não nos vemos.
_ Faz mesmo. Estou bem.
_ E onde está o Eddye?
_ Está no camarim.

Andamos mais alguns metros e me deparei com uma porta amarela.

_ Está se preparando.
_ Obrigada _ ele sorriu e continuou a andar pelo enorme corredor.

Meu coração estava acelerado como uma bubina. Minha mão estava suada e minha respiração estava ofegante. Peguei na maçaneta da porta e a girei.

_Oi!
_ Audy! _ deixei as coisas no chão e o abracei. Era muito bom sentir o calor, o carinho e o cheiro do perfume que eu conhecia muito bem. Ficamos ali por alguns segundos.
_ Eu esqueci de pedir para alguém ir te buscar, que falha minha. Como chegou aqui? _ disse preocupado.
_ Táxi _ ri. _Tudo bem.
_ Eu sinto muito. Eu estava com tanta coisa na cabeça e ocupado. Devia ter pedido a ajuda de alguém para ter deixado tudo planejado.
_ Tudo bem, sério.

Eddye colocou o violão na mesinha de centro, se sentou no sofá e indicou que eu fizesse o mesmo.

_ Como foi a viagem?
_ Bem, mas longa e cansativa.
_ Sei como é. Aliás, não me ligou quando não viu ninguém no aeroporto?
_ Eu liguei e mandei mensagem, mas você não me respondeu _ em seguida o celular dele tocou. Ele colocou a mão no bolso e desbloqueou.
_ Cinco chamadas não atendidas de Audy e uma mensagem "Estou indo. Te vejo em breve :) x Audy."
_ Não acredito... sério? Agora? _ rimos. Eddye digitou alguma coisa no celular e em seguida meu celular tocou. Era uma mensagem dele "Já chegou, ehhhh".
_ Não creio _ começamos a rir como dois babacas.

Percebi que só estávamos nós ali no camarim, e era uma hora perfeita para falar sobre o texto estranho, as músicas e os sentimentos.

_ Eddye... _ olhei para ele e ele tinha os olhos em mim.
_ Sim_ era difícil manter manter o foco com aqueles olhos azuis me encarando.
_ Eu... eu queria te perguntar uma coisa.
_ Pode falar.
_ Eu estou querendo te perguntar a semana inteira, mas quero te falar outras coisas que está em mim a muito tempo também. Você... _ a porta se abriu e uma moça morena, bem vestida e simplesmente linda entrou no camarim.
_ Ed, vamos?
_ Vamos. Essa aqui é a minha amiga, Audrey _ ela veio até mim e me cumprimentou.
_ Prazer, o meu nome é Lindsay _ sorriu.
_ Audrey. O prazer é meu.
_ Vamos? _ disse Eddye pegando o violão.
_ Vamos _ ele passou pela porta e eu fui logo atrás deles.

Em um momento seguindo pelo grande corredor, Eddye passou a mão na cintura de Lindsay enquanto ela explicava alguma coisa para ele, e confesso que meu sangue borbulhou de raiva.

O show finalmente começou. Eu ouvia os fãs agitados e enlouquecidos com presença dele. O show foi incrível como todos os outros que eu já tinha visto. Até escorreram algumas lágrimas pois era impossível não relembrar dos bons e maus momentos que tivemos. Infelizmente, Lindsay ficou puxando assunto comigo durante o show inteiro, o que me deixou irritada e nervosa, mas fui educada e atenciosa para não passar nenhuma impressão negativa e estragar tudo.

_ Nós vamos para o hotel e depois... _ me olhou como se eu tivesse entendido.
_ Pub _ rimos.
_ É claro.
_ Ok vou pegar minhas coisas.

Fui até o camarim e  peguei minhas coisas. Do corredor, o vi quase sem ar de tanto rir de alguma coisa engraçada que Lindsay disse. Eu amava ver ele rindo mas quando eu fazia isso. Revirei os olhos e continuei em direção a eles.

_ É por isso que eu gosto de você _ falou meio aos risos.
_ Eu sei _ falou meio convencida. Eu queria vomitar.
_ Vamos?

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