Capítulo 15

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Dias depois Any se preparava e tomava aulas sobre a cultura do Marrocos e como as mulheres de lá se comportavam, enquanto que por insistência de Julia continuava provocando Alfonso com ataques de ciúmes que ele correspondia.

Por sua vez Maite ainda estava decidindo se parava de tomar as pílulas ou não, seu medo era que se o marido descobrisse iria ficar furioso com ela, Chris também queria ser pai, mas não no momento. O problema era que nunca haveria um momento certo, pois, ele só aconteceria se ambos saíssem da Poseidon e isso parecia estar muito longe de acontecer.

E enquanto Julia curtia o desenvolvimento de seu filho ou filha com alegria e tristeza por não ter o namorado com ela, Enzo permanecia escondido dentro da agencia sem ninguém saber. Fugia algumas vezes à noite com Alfonso, que tentava sem sucesso fazê-lo relembrar de seu passado.


Julia sentou na cadeira da sala de dança e Any a encarou.

- Falta muito pra desenfaixar?

Julia: Só mais uns dias, graças a Deus! - respondeu aliviada.

Derrick se aproximou nesse momento e puxando Any a inclinou, quase derrubando-a no chão e lhe deu um beijo de língua de tirar o fôlego. Todo mundo olhou surpreso, rindo e batendo palmas pro mais novo "casal". Julia olhou pro lado a tempo de ver Alfonso sair furioso de lá com um olhar triste, decepcionado e de ódio. Any bateu em Derrick até ele soltá-la.

- Por que você fez isso? - perguntou, limpando os lábios.

Derrick: Any você pensa que eu sou idiota? Você só anda me tratando bem pra provocar ciúmes no Alfonso, acha que não percebi? Você pensa que eu sou palhaço é? - esbravejou ofendido.

Julia: Não é nada disso, ela não tem culpa, a ideia foi minha, desculpa Derrick.

Any: Não interessa de quem foi à ideia, se você sabia disso, viesse falar comigo, não tinha nada que ter me beijado. - respondeu brava.

Derrick: Ué, a ideia não era armar um teatro pra ele achar que tínhamos algo? Por isso te beijei, tenho certeza que depois desse beijo o teatro ficou bem mais "convincente". - respondeu sorrindo.

Any ergueu a mão pra bater nele, mas parou no meio do caminho. Deu um empurrão em Derrick e saiu apressada atrás de Alfonso. No fundo ela sabia que essa história uma hora ia acabar mal e já tinha passado da hora de parar. Aquilo já tinha ido longe demais.

Quando chegou ao corredor, Any suspirou aliviada ao encontrar Alfonso num corredor vazio, conversando com Greta. Ao ver os olhares de ambos Any percebeu que alguma coisa estranha estava acontecendo entre eles. Aproximou-se mais e ouviu quando Alfonso perguntou:

- O que ta me dizendo? O crime não pode ter prescrevido... Assassinatos não prescrevem!

Greta: Alfonso o crime que prescreveu foi o de sequestro, já passou mais de 10 anos e você não conseguiu pegá-lo e mesmo que o pegasse agora você não poderia fazer nada. Só tem provas de que ele sequestrou seu pai e esse crime já prescreveu.

Alfonso: Mas não de assassinato.

Greta: Crimes de assassinato não prescrevem você sabe disso, mas não tem provas pra acusá-lo disso.

Alfonso: Ele sequestrou meu pai dois meses antes dele e minha mãe morreram.

Greta: Isso não é prova suficiente pra você condená-lo. Lamento Alfonso, mas sem provas você não pode prender Alejandro por matar seus pais. E com o crime de sequestro preescrito você não pode nem prendê-lo. Sinto muito! - respondeu entregando os papéis e saiu.

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