13º Capítulo - Ele é que está armado em parvo

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- Este não é o namorado da Carolina? – perguntou a Olívia - Sim é.

- Hummm então depois vamos ter uma conversinha - o Pedro ficou um pouco apreensivo, mas depois viu que a Olívia estava na brincadeira com ele

- Como correu ontem a festa de Natal?

- Correu muito bem, a tua equipa ganhou o jogo- A sério? Fixe, ando a fazer um bom trabalho com eles

- E tu como estás?

- Estou bem, obrigada.

- Eu não te disse que era má ideia ires para Lisboa – disse o Tomás

- Disseste mas nada apagará aquilo que vivi durante os dois dias que lá fiquei

- Ui isso cheira-me que tiveste com o coiso.

- Quem sabe...

- Andamos com segredos, agora? – perguntou logo o André

- Não é segredo nenhum que tenho saído com ele

- Quando o convidas para ir jantar connosco?

- Acho que é cedo demais. Mas vamos mudar de assunto. Então Olívia como vai o namoro?

- De vento em poupa, ele é muito querido e estou muito feliz ao lado dele.

- Ainda bem, fico muito contente. E tu, André como anda a Margarida?

- O que tu te foste lembrar! Já sabes que não falo com ela desde os 16 anos

- Eu sei, mas é sempre engraçado ver a tua cara quando se diz o nome dela

Estava na brincadeira com o André quando ouço as enfermeiras

- Desculpe mas não pode entrar, já tem muitas ... – naquele instante vejo a porta abrir e não contava nada com aquela visita

- Olha o argentino – disse o André

- Chamo-me Nico Gaitán caso não saibas – respondeu ele com ar de chateado

- Vamos lá ter calma – disse o Tomás

- O que fazes aqui? Não ias ter com a tua família

- Vim ver como estavas, mas já vi que estás bem – cumprimentou o Pedro – e já tens companhia – dirigiu-se para a porta

- Já vais embora? – perguntei eu

- Sim, não estou aqui a fazer nada

- Ok tu é que sabes, vai lá apanhar o avião – disse eu em tom de irritada enquanto o via a sair do quarto

- Pareces uma criança com essa atitude – disse o Tomás

- Ele é que está armado em parvo

- Vai lá falar com ele, masé

- Não vou nada – ele voltou a entrar no quarto

- Esqueci-me de te entregar isto. É a minha prenda de natal, espero que gostes – entregou-me uma saca e virou costas

- Espera – ele olhou para mim – obrigada pelo presente, não era necessário. Vieste sozinho?

- Dou-te de bom grado. Não, o Lisandro veio comigo mas foi ver a tua amiga

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Lisandro enquanto estava no quarto com a Carolina

- Hola chica, como estas? – fez uma pausa – o que se passou? Isto é tão estranho – agarrou na mão dela – ainda noutro dia estávamo-nos a rir ao almoço, e agora estás aí, deitada numa cama de hospital sem reagir, sem exibir aquele teu sorriso lindo que contagia qualquer pessoa – respirou fundo – não merecias nada que isto te acontecesse. Só espero que acordes rapidamente, para nos podermos conhecer melhor e tornarmo-nos bons amigos – fez-lhe uma festa na mão - Lembraste de me dizeres que querias que o mister me desse uma oportunidade para mostrar o que valia? – olhou para ela a sorrir – ontem foi o dia, dei o melhor de mim, foi pena tu não teres visto mas fica para uma próxima. Tenho outra coisa para te contar – fez uma pausa como esperasse que ela fosse perguntar "o que?" – eu contei ao Toto o que me disseste sobre ele, que era o teu ídolo, o teu exemplo. Ele sorriu e pediu para te agradecer pelas palavras e carinho. A melhor parte, é que ele ontem marcou dois golos e decidiu dedicar o segundo golo a todos os fãs mas em especial a ti porque eu lhe contei que tiveste o acidente e ele ficou preocupado – a voz dele tremia – eu também fiquei muito preocupado quando o Zico me disse, eu não quis acreditar no que te tinha acontecido. Volta rápido por favor, eu preciso do teu apoio, da tua amizade, desse teu sorriso maravilhoso, dessa tua energia. Despierta por favor – olhou para o relógio e depois para ela – bem tenho que ir. Hasta luego – levantou-se, deu-lhe um beijo na testa e saiu do quarto

Rumo novo nesta estradaWhere stories live. Discover now