10º Capitulo - São só amigos?

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(Magda)

Hoje vai ser um dia especial, finalmente o Nico vem cá para lhe apresentar a minha bela cidade do Porto. Estou tão nervosa!!!

Contei aos meus pais que ia sair com ele, disseram logo que não era uma boa ideia e que ia dar problemas porque os portistas ainda iriam arranjar confusão, eu disse que não ia acontecer nada e que eles nem eram assim tão más pessoas. O meu pai também disse que primeiro queria ter uma conversinha com o Gaitán para o avisar que comigo não se metia, eu disse logo que não ia fazer nem dizer nada e para ele ter masé juízo. Imaginem a vergonha que não iria passar!!!

Hoje também é o último dia de aulas, espero que sejam interessantes para ver se o tempo passa a correr. Fui para as aulas e por ser as últimas do semestre foram mais práticas e o tempo passou a voar, felizmente. Olhei para o relógio e pensei "ei já é 12h tenho que me despachar ele já deve estar a minha espera". Arrumei as minhas coisas, dirigi-me à porta e o meu telefone apita, recebi a seguinte mensagem:

De: Nico

- Hola Chica, estou aqui no carro à tua espera ;)

Despedi-me dos meus colegas e fui. À medida que me aproximava da porta o meu coração batia mais depressa, parecia que estava pronto a sair disparado. As pernastremiam, por momentos achei que nem conseguiria sair do sítio, mas respirei fundo e pensei "vá Magda tu consegues".

Quando ele me viu aproximar esboçou aquele sorriso encantador que tem, o que me deixou ainda mais constrangida porque só estava habituada a ver nos jogos ou em fotos nunca ao vivo. Ele fez questão de sair do carro e disse:

- Hola – aproximou-se para me dar dois beijinhos e eu retribui

- Vamos? – disse eu. Ele acenou, cavalheiro que é, fez questão de me abrir a porta do carro e lá fomos nós - onde vamos almoçar?

- Tu escolhes, tu é que és de cá

- Mas foste tu que ficaste de ver um restaurante para não irmos a um sítio muito movimentado – disse eu assustada porque não conheço assim muitos sítios para comer, normalmente quem trata disso é a Carolina

- Estou a brincar contigo – sorriu

- Por momentos assustaste-me

- Viu-se na tua cara – sem avisar parou o carro junto ao passeio com os quatro piscas – espera um pouco que já volto – saiu do carro, foi falar com um senhor que estava a porta de uma casa e voltou – pérdon, fui pedir para colocar o carro na garagem para depois irmos passear a pé como combinado

- Estou a ver que trataste de tudo, muy bien.

Estacionou o carro na garagem, entrámos na casa, que afinal era um restaurante. Sentámo-nos, escolhemos o que cada um queria e durante todo o almoço fomos conversando. Como tinha corrido a viagem dele até cá, como tinha corrido o meu último dia de aulas, como é que nós estávamos, sobre o Benfica, sobre futebol no geral, sobre os nossos gostos musicais, filmes, entre outras coisas. Foi um momento para o conhecer melhor e para ele me conhecer. No fim do almoço foi uma guerra porque ele não me deixou pagar o almoço, nem dividir a conta. Saímos do restaurante e ele disse:

- Agora é contigo, para onde vamos? – olhei a minha volta para me localizar, agarrei no braço dele e disse

- Vamos por aqui – começamos a descer a rua e estávamos na mítica Rua de Santa Catarina, expliquei-lhe que era uma das ruas mais movimentadas da cidade, que antigamente o comércio passava-se todo ali, mas que infelizmente hoje em dia são cada vez mais lojas a fechar. Seguimos em direcção à Batalha, onde fica um dos cinemas mais antigos da cidade.

Rumo novo nesta estradaWhere stories live. Discover now