10º Capitulo - São só amigos?

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Fomos visitar a Sé, onde lhe mostrei a vista magnífica para o rio Douro, descemos pelas ruelas até a ribeira. Ele tirou umas fotos àquela vista maravilhosa, também tiramos uma selfie para registar o momento. Subimos até à Praça do Infante D.Henrique onde temos o Palácio da Bolsa, o Mercado Ferreira Borges e a Igreja de São Francisco, continuamos a subir pela Rua Mouzinho da Silveira até à Estação de São Bento. Depois seguimos até a Torre do Clérigos.

- Esta é a Torre Eiffel – disse eu

- Torre Eiffel? – perguntou ele

- Enganei-me, desculpa, é a Torre dos Clérigos - ele sentou-se nas escadinhas em frente à torre, agarrou-me a mão, puxou-me para junto dele – estás bem? Dói-te o pé?

- No, está tudo bem

- Como te sentaste fiquei preocupada, não quero ser culpada por piorares

- Nada disso, só és culpada pela minha recuperação rápida - olhamo-nos olhos nos olhos, foi muito bom ouvir aquilo que nem tive coragem de dizer o quer que fosse aprenas sorri - Como te disse por mim já voltava a jogar, mas o médico acha melhor só voltar em Janeiro.

- Faz ele muito bem, voltas a 100% - ele sorriu, levantou-se, deu-me a mão, corei imediatamente e ele disse

- Vamos continuar? – acenei que sim e seguimos caminho de mão dada.

Fomos pelo meio do Jardim da Cordoaria até a Praça dos Leões, onde fica a Reitoria da Universidade do Porto e a famosa praça dos estudantes. Estávamos junto à fonte dos leões quando o meu amigo André passa, larguei de imediato a mão do Nico e disse:

- André? – ele olhou para mim - por aqui?

- Sim – respondeu ele e ficou a olhar com cara de admirado – este não é o argentino?

- É, ele tem nome. É o Gaitán – olhei para ele e disse – Nico este é o meu amigo André, André este é.. bem não precisa de apresentações – riram-se e cumprimentaram-se

- O que faz ele aqui? – perguntou o André

- Veio conhecer a cidade e tu que fazes aqui?

- Vim tomar café com o pessoal, mas já vou embora.

- Não queres vir connosco à Sincelo? – olhei para o Osvaldo e pela cara dele acho que não gostou nada deste meu convite.

- Não quero estragar nada

- Oh deixa-te de coisas, anda

- Está bem – fomos os três até a uma das melhores gelatarias do Porto situada na Rua de Ceuta.

Desta vez, fiz questão de ser eu a pagar eescolher os sabores dos gelados. O Nico não achou piada, mas já não havia nada a fazer. Pedi um Magnólia, que é uma taça com 6 bolas de gelado (eu escolhi panacota, coco com chocolate, zambaglione, limão, café, amora), chantily, chocolate quente, nozes e cornflackes. Ficamos ainda um bom bocado a conversar, mas senti que o Gaitán estava mais calado desde que o André ficou connosco.

- O que tens feito? – perguntou o André

- Faculdade, escuteiros e ir ver o Benfica e tu?

- Já não sabes? Faculdade e sair com o pessoal

- Noutro dia fui acampar para Aveiro e sabes do que me lembrei?

- Ei não acredito...

- Quando tu perdeste o bilhete do barco na ria e depois o telemóvel

- E a Carolina que trouxe o prato para casa? – eu e o André rimo-nos imenso ao relembrar essa nossa aventura até Aveiro. Olhei para as horas e disse:

- Não é melhor irmos embora? É que ainda temos que ir a minha casa buscar as malas – o Nico abanou a cabeça dizendo que sim

- Vais de viagem? – perguntou o André

- Vou aproveitar a boleia dele para Lisboa. Vou ficar uns dias em casa da Carol e depois vimos juntas para cima antes do Natal

- Então depois temos que combinar um jantarzinho

- Claro que sim – levantamo-nos e fomos embora.

Descemos até aos Aliados, despedimo-nos do André que foi para o metro e fomos até ao carro que deixamos na garagem do restaurante. Quando já estávamos a caminho de minha casa, perguntei:

- Nico, passa-se alguma coisa?

- Não, porque perguntas isso?

- Estás muito calado desde que convidei o meu amigo para nos fazer companhia

- Não tinha nada a dizer e preferi deixar-vos a falar à vontade

- Oh não era preciso, podias, perfeitamente, ter falado

- Posso fazer uma pergunta?

- Claro

- Tu e o André são só amigos?

- Sim. Porquê?

- Reparei que havia muita cumplicidade entre vocês

- Conheço-o desde os 15 anos e tornamo-nos bons amigos – fez-se silêncio durante uns momentos até eu interromper - Estaciona ali que vou lá em cima buscar as malas e seguimos viagem

- Não precisas de ajuda?

- Não – saí do carro, fui buscar as malas e fizemo-nos à estrada.

Durante a viagem viemos a falar, mostrei-lhe algumas das minhas músicas preferidas e ele mostrou-me as suas favoritas. Como vínhamos entretidos o tempo passou a correr e já estávamos em Lisboa. Pedi-lhe para me deixar no Colombo,pois combinei com a Carolina encontrarmo-nos lá para depois seguirmos para casa dela. Ele ficou comigo à espera dela e nem demorou cinco minutos até ela chegar. Despedimo-nos dele e fomos para casa.

Já eram quase onze da noite quando recebo a seguinte mensagem:

De: Nico

- Muchas gracias pelo dia de hoje. Gostei muito da tua companhia :) Espero que também tenhas gostado. Buenas noches Chica ***

Para: Nico

- Eu também gostei muito da companhia :) agora é a tua vez de me apresentares a tua cidade emprestada :b boa noite ***

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Como correrá a estadia da Magda por Lisboa?

Será que ela estará mais uma vez com o Nico?

Rumo novo nesta estradaWhere stories live. Discover now