Claro como água

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E eis que busquei
Durante todo o tempo
A sua paz nos sorrisos errados,
Em braços não afáveis
Visto que, por um descuido,
Te lancei ao vento.
Devia ter amado mais,
Demonstrado mais
Ter dito todo os "eu te amo"
Que durante tempos horrendos
Sufoquei no meu "eu"
Correndo o risco de me engasgar com tais palavras,
Assim morrendo.
E ainda busco meu lugar
Em alguém disposto
À me tirar da lama
E me fazer troféu, por mérito.
Mas a esperança se esvai
A cada passo
Tendo em mente
Que agora sou gente
E não me embebedo mais
Da fantasia infantil.

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