Capítulo 12: Encruzilhadas

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Nota da Autora: Jasper disse para Alice que ele não pode viver como um vampiro e amar. Esse capítulo explora o motivo. Aviso, Jasper o vampiro é um indivíduo bem assustador.

[Jasper]

Inalei profundamente o aroma inebriante de Alice, e senti mais uma vez a onda de emoções que eu não conseguia nomear. Era muito frustrante sentir uma emoção que eu não podia analisar e categorizar, mas tal era o seu efeito sobre mim. Seus dedos minúsculos encontraram seu caminho ao meu redor, e esperei por seus braços me cercando. Aquele não era seu plano, no entanto, e suas unhas cuidadosamente rasparam no lado de meu corpo, criando um rastro tanto de calor quanto arrepios de gelo. Eu não estava esperando por isso, e me enrijeci. Então suas unhas começaram a cutucar alegremente minhas costelas causando uma intensa sensação de incômodo que fez meus braços se debaterem contra o meu corpo.

Ela sorriu maliciosamente e deu uma risadinha. “Você tem cócegas?”

“Não”, eu respondi com firmeza e um pouco rápido demais. Tecnicamente, eu não sabia se tinha ou não, mas minha reação tinha me assustado, e eu tinha certeza que eu não queria saber a resposta à sua pergunta.

“Alguém já tentou fazer cócegas em você?” ela perguntou com o diabo dançando em seus olhos. A pequena capetinha estava planejando fazer isso, disso eu tinha certeza. Parte de mim amou esse fato, e uma parte de mim estava receoso de que eu realmente tivesse cócegas, isso seria uma sentença de morte nesta casa. Ivan e Vasily adorariam isso.

“Vampiros não fazem cócegas uns nos outros,” levantei minha sobrancelha como aviso. “E nós não temos cócegas”.

“Isso é um fato?” ela perguntou se divertindo, e começou a correr seus dedos pelas minhas laterais. Eu me encontrei debatendo de forma quase incontrolável. A sensação era maravilhosa e hedionda ao mesmo tempo, e quase cambaleei para trás por causa da sensação.

Maldição! Eu tinha cócegas. Como poderia um guerreiro como eu ter uma reação tão infantil à uma sensação física? Como raios eu vivi durante oitenta anos e não sabia disso?

Alice riu em triunfo e me abraçou apertado.

“O que vou fazer com você?” Eu rosnei em frustração.

“Você está com raiva porque tem cócegas?” Ela riu novamente, olhando para mim com inocência fingida.

“É uma fraqueza. Fraquezas vão nos matar.”

“Não vou usar isso em você durante a batalha. Eu prometo”, disse ela com uma seriedade falsa enquanto ela cruzava seu coração.

“Não é com você que estou preocupado. Eu não posso ter um ponto fraco agora. Muita coisa depende da minha força”, eu disse as palavras mais intensamente do que pretendia.

“Jasper, sei que você está sentindo ainda mais pressão do que eu, mas, sinceramente, como cócegas podem ser uma fraqueza no campo de batalha? Você acha que um deles vai tentar te derrubar indo cutucar suas costelas?” Seus braços estavam cruzados e ela parecia que estava prestes a rir.

“Não é com nossos inimigos que estou preocupado,” eu resmunguei, imaginando dois russos e um grande chinês conspirando contra mim.

Alice riu novamente, mas desta vez havia decididamente um tom maligno nisso. Suas mãos correram para atrás dos meus joelhos, e os senti indo para frente por conta própria enquanto eu gritava de surpresa. O movimento forçou Alice contra meu peito, e ela mais uma vez atacou as laterais do meu corpo, mas desta vez eu reagi.

“Pare com isso!” Avisei enquanto tentava, sem sucesso, agarrar as mãos dela, mas ela apenas riu mais forte. Seus dedos começaram um movimento tortuoso em direção de minha barriga, e eu urrei de frustração. Estiquei meus braços para além do meu corpo, e puxei Alice em um abraço apertado de urso. Ela gritou em falso protesto mas continuou a atacar, então enrolei meus braços em todo o redor dela e fui atrás de suas costelas por trás.

CoalescenceWhere stories live. Discover now