Máscaras (Irmandade Rosa 2)

Capítulo 1

 E as férias chegaram! Finalmente estávamos no fim do ano e eu esperava me divertir muito com as rosas. Consegui passar em História, que era a minha única nota baixa do boletim, então consegui passar por média. Todas as rosas passaram por média, o que facilitaria nossos planos em conjunto. Mas apesar de nossa animação para as férias, ainda sentíamos a ausência de Matilde. Talvez aquela dor nunca sumisse. Nós prometemos que apesar disso e dos outros acontecimentos, tentaríamos nos divertir e aproveitar ao máximo.

 Era o primeiro dia de dezembro e eu me arrumava para a festa na piscina da casa da Ana. Mamãe veio ao quarto e me encarou enquanto experimentava o biquíni.

- Não haverá garotos lá, certo?

- Já disse que não, mamãe. – Sorri.

- Só queria ter certeza. Comporte-se filha.

- Está bem, mamãe.

 Escolhemos a casa da Ana porque desde a morte da Carola o lugar tem ficado muito quieto. A mansão parecia triste e o pai de Ana passa quase todo o dia trabalhando. Devia ser difícil para Ana passar tanto tempo sozinha e se lembrando da mãe cuidando da casa.

 O celular tocou e a foto de Léxi apareceu no identificador de chamadas.

- Oi, Léx!

- Só falta você chegar. A Cristina disse que se demorar mais vai pular na piscina.

- Já estou indo. Não deixa ela pular que quero nossa primeira selfie sequinhas.

 Pus um vestido leve com a estampa de laranjas e peguei minha bolsa amarela que uso nos passeios de praia. Mamãe voltou para o quarto.

- Por que você está tão preocupada dessa vez?

- Porque agora você tem um namoradinho.

- Perry não é meu namorado. Ainda. E pode ficar tranquila, mamãe. Esqueceu que sou a Salto?

- Isso só me traz mais preocupações.

- Mamãe!

- Tudo bem, vá, querida. Divirta-se.

 Aproximei-me dela e beijei sua bochecha.

- Tchau, mamãe.

 Marcos me recebeu na porta e me levou. Aproveitei o tempo de passeio para responder algumas mensagens no celular. Uma das mensagens era de Perry me convidando para uma caminhada com uns amigos. Respondi que iria e perguntei se poderia convidar as rosas.

- Chegamos, senhorita. – Marcos estacionou e abriu a porta para mim.

- Obrigada.

 Saí e bati à porta da casa.

- Pê! – Léxi gritou e me puxou para dentro.

- Oi, Léxi. – Ri da animação exagerada.

- As outras estão esperando na piscina.

 Seguimos por alguns cômodos até chegar ao jardim. As flores de lá eram tratadas com muito amor por Carola e Ana decidiu fazer o mesmo em memória da mãe. Havia várias espécies enfeitando o cenário com suas variadas cores e trazendo seus doces cheiros. No meio do lindo cenário ficava a enorme piscina embutida.

- Obrigada por me esperarem, meninas! – Disse enquanto pegava o celular para tirar as fotos.

 Depois de nos abraçarmos, fizemos vários poses juntas enquanto eu tirava as fotos. Olhei para a tela do celular e fiquei contente com os resultados.