Será que hove uma morte de uma bruxa ?

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Lucy narrando
Eu não conseguia respirar direito, só conseguia chorar e gritar no peito de Chris, meus gritos eram fortes e ele fechava os olhos enquanto eu gritava. Eu não acredito que Anne morreu, não posso aceitar. Kalissa apenas olha pra mim tenta me acalmar e diz :
_ Vai ficar tudo bem. - ela diz
_ Tudo bem? O que? Não vai não, a minha melhor amiga morreu tá? E eu não sei o que fazer agora. - eu disse em meio aos soluços. Escuto várias pessoas cochichando e escuto as irmãs vampiras disserem uma para outra, Crystal diz para Anastácia.
_ Eu estaria como ela ou pior se perdesse você Ana, não posso imaginar isso. - disse Crystal
_ Então não imagine, nunca vamos ficar uma sem a outra okay? Somos imortais afinal. - Anastácia dizia para Crystal e não entendi o "somos imortais" mas tudo bem por aí.
Kalissa chamou Lexi e disse para ela hipnotizar todos no quarto para que saíssem e não ficassem assustados com a próxima cena. Eu não entendi aquilo direito então perguntei para Kalissa o que estava acontecendo, ela apenas me disse.
_ Lucy, existem coisas sobrenaturais nesse mundo, não queria que você soubesse dessa forma e nessas circunstâncias mas eu sou uma espécie de bruxa muito poderosa, sua amiga Anne também é, Crystal e Anastácia são duas vampiras, Lexi também é vampira, Joseph, Mia e Valentina são caçadores de criaturas perigosas. E não se preocupe mas depois explicarei isso melhor para você. - Kalissa me disse e eu fiquei mais apavorada que o normal. Ela acendeu as velas de novo apenas com o poder que saia de suas mãos. Colocava a mão na testa de Anne e eu olhei para ela e perguntei.
_ Ei espere, o que você está fazendo? - eu perguntei a Kalissa
_ Um poder de canalização, vou canalizar todo o mal que ouve nela após o feitiço e trazer ela de volta. - Kalissa me disse
_ Trazer ela de volta? Onde que ela está ? - Chris perguntou para Kalissa fazendo carinho no meu cabelo
_ Ela está no outro lado, mas creio que ela está bem. - disse Kalissa. Eu observava ao nosso redor e via que no quarto de Anne só havia eu, Chris, Kalissa, Lexi, Crystal, Anastácia, Valentina, Joseph e Mia. Os únicos sobrenaturais de lá, ainda não sabia se Christopher era algo sobrenatural mas deveria ser só que não havia descoberto ainda. Kalissa prosseguiu o feitiço falando umas palavras. Kalissa dizia :
_ FES MATOS XADRON, EXPECTOR PATRONNO ( referências ), VITAS FASMATIS, VICTAS FASMATIS. - E Kalissa repetia essas palavras, estava me acalmando um pouco na esperança de Anne reviver.
Anne narrando
Me acordei em um lugar escuro e amedrontador, parecia um cemitério, era um cemitério. O que estou fazendo aqui? Perguntei para mim mesma. Me levantei e só aí percebi que estava em cima de um túmulo, sai rápido dali, estava muito assustada. Olhei para os lados e não vi ninguém, olhei para o túmulo outra vez, me aproximei novamente para ver de quem era, eis que me surpreendo com o nome; Selena Clark. Me afastei rápido quando vi que era o mesmo sobrenome que o meu, comecei a me fazer inúmeras perguntas, tais como que eu fui parar ali, e quem era Selena, onde está a Lucy?Pensei.
— LUCYYYY — Gritei — LUCINDAAAAA — Tentei gritar mais alto —. CHRISSSS — Berrei. — JOSEPHHH. MIAAAA. KALISSAAAA — Cheguei ao meu limite. — Onde vocês estão ? — sussurrei desesperada.
— Não adianta gritar, eles não vão te ouvir. — ouvi uma voz feminina atrás de mim. Levei meu olhar ao céu e pedi para que Deus me protegesse naquele momento, pois eu não sei como ainda estava de pé. Me virei e me deixei assustar com a pessoa que vi, era estranho, era como se fosse um espelho, ela era idêntica a mim, tirando os trajes eu poderia até dizer que estava vendo meu próprio reflexo.
— Que-Quem é você? — Gaguejei incrédula.
— Me chamo Selena. E você, deve ser a Anne, muito prazer. — Estendeu sua mão para que eu a cumprimentasse. Foi em vão.
— Por acaso, seu nome é Selena Clark? — Ela entortou o olhar.
— Sim, já nos conhecíamos? Não lembro de terem me apresentado você quando eu estava viva. — ela deu ênfase no 'estava'. Arregalei meus olhos e sem que eu notasse já estava correndo disparada. Como assim ela estava morta? Como ela se parece tanto comigo? Eu só posso estar sonhando. Parei e bati três vezes seguidas na minha cabeça com os olhos fechados, abri devagar na esperança de acordar de um pesadelo. Me assustei quando a vi novamente em minha frente.
— Não corra, não há saída. — ela falava calmamente, porem em uma voz firme e autoritária.
— Como eu cheguei aqui? E por que você se parece tanto comigo? Que trajes são esses, estamos em dois mil e dezoito, não se usam mais vestidos de gala. — Ela riu.
— Você está morta, Anne. — aquilo me soou como uma gozação, só poderia ser brincadeira. Comecei a rir.
— Morta? Hahaha! — sorri sarcásticamente —. Meu amor, a menos de uma hora atrás eu estava em um Motel na divisa da Califórnia, como posso estar morta? Você tá delirando filha! — ela me encarou.
— Eu falo sério. E não me chame de filha, eu sou sua prima. — Arqueei a sobrancelha —. Não precisa me olhar com essa cara. Venha, pegue em minha mão, temos pouco tempo até à bruxa Kalissa tentar reverter o feitiço, você precisa saber mais sobre você. — Fiquei parada a encarado e me neguei segurar sua mão, o que foi em vão, pois ela usou algum tipo de poder e me puxou para ela, grudou minha mão na sua de uma maneira que eu não pudesse me soltar, tentei gritar mas ela calou minha boca também com um tipo de feitiço. Andamos um pouco e paramos em frente à uma parede, Selena disse algumas palavras que eu não entendi de maneira alguma, e a parede se abriu. Eu não acreditava no que estava vendo. Entramos e era meio que uma mansão, cheia de quadros, velas por todos os locais, livros e mais livros organizados em estantes. Paramos em frente à uma mesa gigantesca, onde havia várias pessoas, vestidas com trajes muito parecidos com os da Selena. Ouvi sussurros. Selena reverteu o feitiço que havia lançado em mim e me prendeu em uma das cadeiras que havia ali. Encarei todos e todos me encararam.
— Então é verdade, a última Clark ainda está viva. — Levei meu olhar até a pessoa que disse isso, era um senhor que aparentava ter uns sessenta anos. Fiquei calada. Percorri com meu olhar toda aquela mesa, examinando com o mesmo pessoa por pessoa, até que encontrei uma mulher, que julguei conhecer de algum lugar. Ela sorriu pra mim, e só assim pude ver que se tratava da minha falecida vó, aquela que eu só vi por fotos e sempre quis conhecer. A tão falada senhorita Sara Clark. Lágrimas nasceram em meus olhos e eu as deixei escapar, ela fez o mesmo. Tentei me levantar para ir abraçá-la mas estava presa com o feitiço.
— Vó. — exclamei —. ME TIRA DAQUI, EU QUERO ABRAÇA-LA. — Falei enfurecida e entre lágrimas. Mas foi em vão.
— Não podemos nos abraçar agora meu amor, você precisa ouvir. — ela falava entre o choro. Limpamos as lágrimas.
— Você sabe o que é? — levei meu olhar até a pessoa que fez essa pergunta. Era uma senhora, aparentava ter uns setenta anos.
— Não. — respondi.
— Eu vou começar a falar e você só vai me ouvir. — Assenti —. Você é uma Bruxa, Anne. — arregalei meus olhos —. Você foi a última da nossa família. A família Clark. Somos bruxos e bruxas muito poderosos, somos capazes de fazer coisas que todos duvidam. Até de mandar o pior dos demônios de volta para o inferno. — A olhei curiosa. Ela limpou a garganta e prosseguiu. — A dezessete anos atrás tivemos uma guerra, uma guerra muito feia, de onde não saiu ninguém vivo. Quer dizer, quase ninguém. Essa guerra aconteceu pois um espírito maligno nos ameaçou.  Nós bruxas temos uma lei, cada sobrenatural deve ficar em seu devido lugar, nenhum deve se meter na vida do outro, isso é uma lei e virou também um acordo, entre todos nós sobrenaturais. — Eu estava tentando processar todas aquelas coisas que ela estava falando, uma parte de mim se negava a acreditar enquanto a outra tentava me convencer de que aquilo era real, só podia ser. Não teria como eu estar aqui se não fosse real, já me certifiquei de que não é um pesadelo. — Mas a um demônio, um mal maior, o pior de todos, o dono de todo o mal do mundo dos sobrenaturais, o senhor das trevas, pai das sombras. O Shervieldscool. — arqueei minha sobrancelha, parecia que ela tinha falado um trava línguas. Não contive a risada, mas logo parei e me desculpei. — Não precisa se desculpar. O nome realmente é engraçado mas, ele não é. Não a nada de engraçado no Sher. Ele foi o demônio pelo qual tivemos todos que morrer para poder prendê-lo em um calabouço no inferno, ele e seus soldados. — Acreditei na história, suspirei. — Nós bruxas estamos sentindo que algo de errado está por vir, algo sombrio, assim como o Sher, estamos enfraquecendo e é isso que sua vinda causa a nós bruxas, enfraquecimento. Ele está vindo, Anne, e você e seus amigos são nossa última chance. — Ela me implorava por ajuda com o olhar.
— De mim? Dos meus amigos? Gente nós somos apenas adolescentes tentando ter algum futuro na vida. Perdoe-me mas acho que não poderemos ajudar vocês.
— Pode sim! — Afirmou —. Pode e deve. Você, Lucinda e Kalissa são as mais importantes pois são as mais poderosas. São as raridades do mundo sobrenatural. Você precisa lutar, porque ele vai voltar, ele está voltando, se preparem. — Assim que ela acabou de falar tudo começou a tremer, paredes, chão, mesa, tudo, exatamente tudo.
— NÃO, AGORA NÃO! — Selena gritava.
— O QUE ESTÁ ACONTECENDO? — Gritei desesperada.
— ELA NÃO PODE IR AGORA, AINDA NÃO ACABAMOS! KALISSA PARA POR FAVOR. — A senhora que havia falado comigo, gritava. — DEEM AS MÃOS. — todos pegaram uns nas mãos dos outros. — FES MATOS EX MALON VEROS SIGNOS, FES MATOS EX MALON VEROS SIGNOS — Eles repetiam isso juntos, inúmeras vezes.
— NÓS NÃO VAMOS CONSEGUIR, É MÁGIA NEGRA. — Selena gritou.
— O QUE ESTÁ ACONTECENDO? — Eu perguntava sem entender nada.
— SE PREPARE POIS ELE VIRÁ, NÃO SE ESQUEÇA DISSO ANNE, PEÇA PARA A KALISSA TE ENSINAR MAIS SOBRE SEUS PODERES, SE PREPARE POIS ELE VIRÁ, E NÃO DEMORARÁ MUITO, E LEMBRE-SE QUE O SHER É PAI DA BA...... — Antes que Selena terminasse de falar,  tudo ficou escuro, não via mais nada e também não sentia. Abri meus olhos e vi a Lucy chorando desesperadamente, e a Kalissa sangrando pelo nariz.
Chris narrando
Aquela cena foi surpreendente, sempre quis ver ação com sobrenatural na minha frente, só que Anne volta a desmaiar e nos preocupamos então resolvemos chamar a ambulância, dessa vez ela só desmaiou ao olhar para Kalissa e Lucy desesperadas ao vê-la acordar. Joseph olha para Anne e a pega no colo, ele parecia gostar dela, então deu um beijo na sua testa e a levou para a ambulância, fomos para o hospital também mas em outro carro. Mia e Kalissa estavam atrás de mim e Lucy no banco da frente, Lexi também estava no carro por incrível que pareça. Lucy virou para Kalissa e perguntou.
_ Kalissa qual o seu nome completo mesmo? nunca me falou. - Lucy perguntou a ela
_ É Kalissa Waldorf Lancaster. - disse Kalissa e ela tinha o mesmo sobrenome de Lucy " Lancaster" nos estre olhamos estranhamente, eu e Lucy.
_ Porque Lucy ? - Kalissa a perguntou
_ Só por curiosidade. - disse Lucy tentando disfarçar, não era atoa que as duas se pareciam tanto. Ficamos surpresos com mais uma revelação.

 Ficamos surpresos com mais uma revelação

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O amor quase impossível.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora