CIANNI

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Se deliciem com mais um capítulo da ruivinha italiana com o médico brasileiro.
Bjos

### SEM REVISÃO###

Dias atuais (Brasil)
Cianni

Acordo atrasada pela primeira vez durante todo o tempo que estou aqui e dessa vez tenho que me arrumar em tempo recorde para não chegar atrasada na faculdade.
Droga!
Sempre fui pontual e fazia questão de acordar cedo para ajudar Suzan na cozinha antes de sair. Ela vivia dizendo que não precisava, mas eu preciso pagar de alguma forma a hospedagem que o Pierre estava me dando. Quando Sr. Eduardo perguntou se eu tinha interesse de vim para o Brasil, eu nem pensei nas consequências e respondi logo um sim, mas os dias foram passando e eu vi que precisaria arrumar um local para ficar, até que ele me pegou fazendo umas pesquisas para dividir quarto com outras estudantes e pediu para eu encerrar as pesquisa, pois ficaria na casa de Pierre. Relutei um pouco, mas ele não me deu ouvidos e, por este motivo tento ser útil nessa casa.
Ultimamente Pierre — começou a chama-lo assim, porque fui proibida — pelo mesmo — de chama-lo de Sr. — passava mais tempo em Roma do que aqui no Brasil, Suzan me disse que ele estava sofrendo por causa da Kate, acho que esse é o nome dela. Já ele dizia que era saudade da Sophia, sua sobrinha. Que por sinal, eu sinto muito falta.
Eu dormia em um quarto de empregada que ficava próximo da cozinha. Pierre queria que eu ficasse em algum dos quartos de hóspedes, mas eu neguei. Esse não era meu mundo e não poderia invadir o mundo dos outros, não poderia abusar dá boa vontade. Sr° Eduardo já estava investindo em meus estudos e eu não queria abusar mais. Pietro que ficou com a parte das minhas documentações para morar aqui, enquanto eu estivesse estudando.
— Bom dia Suzan. Tchau Suzan. — passo correndo pela cozinha e vou em direção a porta dos fundos.
— Bom dia. Ei mocinha, volte aqui. — ela vem atrás de mim — Vai sair sem tomar café?
— Estou atrasada. Hoje vou ter aula de idioma.
— Nada disso. Tome pelo menos um copo de suco e leve uma fruta. — Suzan era como uma segunda tia Antonella para mim.
— Obrigada. — dou um beijo em seu rosto e pego uma maçã na fruteira.
Passo correndo pelo jardim e desço a rua do condomínio. Rezo para que a condução não demore, ou vou chegar na metade da aula.
— Bom dia ruiva.
— Bom dia Sr. Antônio. — Adoro o senhor que cuida do jardim do vizinho. Sempre educado quando passo.
Quando estou chegando próximo à entrada do condomínio vejo um ônibus passar.
Merda!
Caminho até o ponto e espero não ter que mofar a espera de outro ônibus.
Um carro passa bem devagar e percebo que alguém de dentro dele olha em direção ao ponto. Disfarço e olho em volta, além de mim tem um casal, o que me tranquiliza, não gosto de ficar sozinha em pontos de ônibus. O carro segue caminho e então para, dando uma ré em seguida. Olho em direção onde os ônibus vem e nenhum sinal de algum próximo.
Júlio aparece assim que o vidro começa a abaixar. Ele professor da faculdade onde estudo e, em um dos meus intervalos enquanto eu escutava áudios em português e tentava repetir, ele me surpreendeu puxando assunto.
— Esta atrasada ruivinha?
— Um pouco.
— Vamos, eu te levo.
— Não precisa Júlio. Daqui a pouco passa um ônibus.
— Você não vai recusar uma carona, vai?
Eu realmente não tinha como negar. Júlio aparenta ser novo, talvez mais velho do que eu. Nunca me importei de saber mais dele nesses dois meses que nos conhecemos,  a única que eu sabia era que, além de professor, ele era médico.
— OK, você venceu.
- Está indo para faculdade?
- Hoje tenho aula no curso de idiomas.
Abro a porta do carro e entro, ele permanece em seu lugar com as mãos no volante e fica me encarando.
— E como anda o curso?
— Vai bem. — respondo e continuo olhando para rua - Ainda confundo alguns significados.
Contei o básico para ele. Falei que morava em Roma e, que a ideia de terminar o estudo aqui no Brasil, era para aprimorar meu português.
— Posso treinar com você se quiser.
— Eu agradeço muito, mas não é necessário. Não quero te atrapalhar.
— Que isso ruiva. Vou pegar plantão de 24 hrs, então só saiu amanhã a noite. Podemos marcar na quarta, se quiser.
— Obrigada. Quarta a noite, pois a tarde vou ajudar a Suzan.
— Fechado. Posso te ligar para confirmar?
- Eu te ligo. Obrigada pela carona. - ele me surpreende com um beijo no rosto.
Apesar de sua correria Júlio vinha sendo uma boa pessoa comigo e, por mais que eu quisesse mantê-lo afastado, ele sempre dava um jeito de aparecer onde eu estava.
- Olha só, veio com o médico gostosão, hem Cianni. - Valéria é uma espanhola chata que gostava se esbanjar, suas jóias, bolsas, tipico de mulher fútil.
- Amigos servem para isso. - dou um sorriso e volto minha atenção ao meu caderno.
Quando eu cheguei ela estava com seu grupinho do lado de fora do prédio.
- E para apresentar as amigas também. O que acha? - respiro fundo.
- Claro. Vou falar com ele da próxima vez que encontra-lo.
- Obrigada italiainha.
O professor começou a aula com 10 minutos de atraso. Pelo visto o dia não estava ruim só para mim. Prestei atenção na aula, apesar das conversas paralelas atrás de mim. Eu tinha apenas 8 colegas de sala no curso.
- Por hoje é só pessoal. Lembre-se treinem bastante, só assim vocês aprenderam mais rápido.
Cada aula uma coisa nova e meu processor era um gay tão extrovertido que deixava o ambiente mais leve e descontraído. Amo ter aula com ele. Eu era umas das alunas mais experiente na língua, isso ajudava muito. Eu poderia ficar sem essas aulas, mas as regras na ortografia do português é complicado para aprender, e eu precisava disso, por causa da faculdade.
Apesar de ouvir as futilidades da Valéria, a aula foi muito produtiva.
****
- Como foi a aula menina?
- Foi boa. O que para fazer Suzan?
- Nada. Sente aí e almoce.  - Suzan sempre dava um jeito para eu não fazer nada.
- Vamos fazer o seguinte. Vou almoçar e depois preciso de alguma coisa para fazer.
- Vai estudar um pouco criança.
- Suzan! - ela rir - Já falei a senhora que preciso fazer algo. Me sinto inútil, só olhando você fazer as coisas.
- É meu trabalho e, eu faço com muito amor.
- Percebe-se
- Ah, tem algo que você pode fazer.
Murmurei um "ufa" e Suzan riu, ela pegou um prato, talheres e uma taça.
- Coloque na mesa. O menino Pierre tem companhia para o almoço. - disse me entregando.
- Ok.
- Volte logo para você almoçar. Está muito magrinha.
- Está bem.
Sigo até a sala de jantar sorrindo. Eu saí de Roma e deixei minha tia com coração partido, por não ter ninguém para cuidar de mim, se ela souber que a Suzan é muito pior do que ela, vai agradecer aos céus por isso.  Arrumo o lugar do convidado e volto até a cozinha. Suzan já estava com meu prato na mão e disse que só me deixaria em paz hoje depois que eu comesse.
Almocei tranquila enquanto ela terminava de colocar a comida do almoço do Pierre em travessas. Ajudei-a com a salada quando terminei.
- Menina Cianni, pode avisar a ele que o almoço está pronto?
- Claro.
Dirijo-me até a sala e encontro Pierre conversando com um homem que está de costas para mim.
- Suzan pediu pra avisar que o almoço já está pronto.
- Obrigada Annie.
O rapaz que estava de costas, vira-se rapidamente e então posso constatar quem é. Demoro um pouco até perceber que é a pessoa que vem invadindo meus sonhos desde o noivado da Luna. Mateus. Jamais esqueceria seu nome e sua fisionomia. Como esquecer, se ele passou a ser uma constante lembrança?
Quero sair correndo da sala, mas não consigo enviar o comando para minhas pernas. Ela, assim como eu, queria ficar ali parada, admirando a beleza daquele sorriso... Safado.
Volto a minha lucidez e me retiro da sala, tentando controlar minha respiração.
Jamais imaginaria reecontra-lo. Isso não era bom, eu sabia que não era, pois eu andei pensando nele nesses últimos doze meses.
- Está tudo bem querida?
- Sim. Lembrei que preciso terminar uma atividade.
- Tudo bem menina. Vá estudar, mas volte para lanchar.

Promessa de Amor - (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora