14

78 19 8
                                    

Música: Til we die - Slipknot

Julian

Depois de falarmos com os irmãos Eckardt, voltamos para o hospital, aquele frio na espinha ainda continua a me acompanhar. Chegamos à recepção e vemos uma agitação Felipe vem correndo em nossa direção.

Saio em disparada para o quarto de Jasmine e não a encontro, meu mundo para, olho para o lado a procura de alguma pista e vejo Enzo morto com um tiro na cabeça.

— Eles a levaram, Jack, a levaram. — Fico desesperado pensando no que eles podem fazer com a minha Jasmine. — Jack, ele vai matá-la, eles vão. Precisamos encontrá-los, não posso perdê-la como perdi a minha mãe.

— Calma, garoto, nós vamos encontrá-la. Se ela estiver com o seu pai Douglas vai nos ajudar, agora se ela estiver com a Elisa à coisa vai ser meio tensa. Merda. Estamos prestes a entrar em uma guerra. Precisamos pensar com calma, estou com tanta raiva quanto você.

— Senhor, Dominic encontrou Margareth e a levou para o galpão.

— Precisamos obter respostas, vamos, Julian. Felipe?

— Sua maleta já está lhe aguardando. Podem ir que resolvo tudo aqui.

Saímos do hospital em silêncio, se Margareth não nos contar onde e quem está com ela, eu mesmo irei até meu pai.

x

— O que iremos fazer com você? Estou com tanta raiva que eu te mataria apenas com um tiro na cabeça, mas você merece uma morte lenta e dolorosa. — Ela solta uma risada, que se eu não estivesse a vendo diria que era a risada de um demônio.

— Vocês são tolos, acham mesmo que vão conseguir salvá-la? Nem mesmo conseguiram salvá-las.

— Onde ela está Margareth?

— Eu não vou dizer podem me matar, me torturar, fazer o que quiserem, mas eu não vou dizer nada.

— Sabe, você vai desejar que eu tenha lhe dado um tiro na cabeça. Julian, ela é toda sua. Divirta-se! — Jack fala em um tom debochado e com um olhar gélido. — Você merece sofrer. Tenha uma morte lenta e dolorosa.

— Pensei que você queria fazer as honras, Jack. — Falo para ele.

— Acredite meu filho, eu adoraria, mas não vou lhe tirar o prazer de colocar todo esse seu ódio para fora. Escute, eu realmente queria fazer isso, preciso de você focado ao meu lado, se eu não deixar você fazer isso, colocar toda essa raiva pra fora estaremos em desvantagem. — Dito isso ele dirige um último olhar a Margareth, mas antes de sair. — A propósito, precisamos que pratique mais as suas habilidades.

— Farei com o maior prazer. Tirem a roupa dela e a coloquem na cadeira.

Coloco minhas luvas, enquanto os caras tiram suas roupas, deixando-a somente de lingerie. Aproximo dela, prendo suas mãos e pernas uma em cada lado da cadeira com silício, quero que ela sinta dor toda vez que tentar se mexer ou tentar se soltar.

— Então, vai me dizer onde ela está?

— Não! Mesmo que eu disser alguma coisa, já deve ter acontecido.

Um medo surreal me atinge, um sentimento de impotência, desespero.

— Onde ela está? Eu não vou perguntar de novo! Quer saber, Margareth? Não quer dizer não diga, mas irá sofrer as consequências.

Pego minha adaga na mão e fico a analisando, passo o dedo por sua lâmina, pra verificar se está bem afiada, a olho com sangue nos olhos e por um breve momento vejo medo neles, mas não sinto nenhum pouco de compaixão por ela.

O Lado Oculto De JasmineOnde as histórias ganham vida. Descobre agora