18 - O castelo de Clad

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Fiquei nesse jogo psicológico por quase uma hora até que fiz uso de uns poucos argumentos e o soldado vermelho desandou a falar todos os detalhes que eu necessitava. Ele foi designado para fazer uma verificação nas redondezas, procurando algum tipo de movimentação inimiga. Parece que esta era uma das operações rotineiras que aconteciam ali, a cada dois dias. Descobri também que ele deveria voltar ao castelo no final do dia então me baseei neste fato para agir.

Esperei que a noite iniciasse, cobrindo tudo com sua escuridão e com o cavalo do soldado me dirigi ao castelo. Fiz o melhor possível para caber dentro das roupas do meu prisioneiro, que por sorte também era grande e alto, mas não tanto quanto eu. Pelas instruções do soldado eu poderia entrar com o cavalo até o local onde eram guardados os animais e assim descer sem chamar tanto a atenção, podendo me misturar aos demais. Foi o que fiz.

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"Agora fiquei curioso" - interrompeu o loiro – "Como foi que você conseguiu persuadir o cladiano a lhe dar tantas informações precisas, pois deve ter sido assim, afinal você está aqui, são e salvo!"

"Foi fácil! Disse a ele que eu era um ladrão e que estava atrás de um objeto específico. Se ele colaborasse, eu voltaria e o mandaria de volta ao seu castelo. Em caso contrário, eu seria preso e diria que o havia matado há vários dias, e ele morreria de fome e sede amarrado de cabeça para baixo na árvore em que eu o deixei..."

"Mas não pense você que eu não tive que ser muito cuidadoso para escapar de lá. Eu havia acabado de entrar e..."

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Até aquele momento tudo havia dado certo. O soldado do portão me acenou e eu respondi levantando a mão direita por sobre a cabeça. Segui reto e parei em frente à porta de uma construção redonda de cimento, que ficava no centro do local. De lá saiu um soldado que deveria ser um tipo de superior, com uma linda armadura vermelha. Repeti o gesto do portão.

O meu prisioneiro havia me informado de que existia uma frase que funcionava como um tipo de código a ser utilizado no portão. Torci para que ele houvesse me fornecido as palavras corretas, pois caso contrário eu estaria numa enrascada tremenda.

"Está tudo em paz entre o céu e a terra!" - eu disse, no que ele respondeu: "Espero que assim continue!"

Virou-se e eu prossegui até o estábulo, onde me vi sozinho. Saltei do cavalo e o amarrei em seu local de costume, saindo após alimentá-lo.

Agora é que vinha o grande problema, precisava subir rapidamente por três lances de escada, sem chamar muito a atenção. Por sorte podia ficar com a roupa completa, por se tratar de uma época de guerra. Creio que Clad, que eu me lembre, nunca teve uma era de paz, mas as suas motivações ficam para outra história.

Sem procurar me esconder fui direto e sem demonstrar pressa até a escadaria embutida na parede. Subi o primeiro lance e descobri que tinha que atravessar todo o salão na diagonal para subir para o próximo elevado. Fui caminhando entre soldados e criados, cumprimentando a todos que me cumprimentavam. Consegui chegar às escadarias e subi, repetindo a operação anterior, agora com bem menos soldados no local. Subi para o meu destino e cheguei num corredor escuro, onde algumas pequenas velas não conseguiam clarear muito bem o ambiente.

"Alto!"

"É o homem da ronda!"

"Siga!"

Até hoje não sei dizer onde este soldado que falou comigo se encontrava, pois não desviei nem um palmo o olhar para os lados. Prossegui em frente até uma fileira de portas à minha esquerda e entrei na quarta delas.

A Saga de Kedl - No Caminho Escuro (Em Andamento)Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz